EV17_G15_Campo de Marte

Etapa 01

A lógica do sistema viário que define a circulação radial de São Paulo é a consolidação da visão de Prestes Maia. As décadas anteriores à sua gestão foram marcadas por melhorias na condição sanitária, abertura de parques, redesenho de espaços públicos, retificação de vias e a consolidação urbana por meio de conectividades propostas por infra-estruturas, como o viaduto Sta. Efigênia, que mudaria drasticamente a paisagem de desníveis do planalto paulista. Prestes Maia, entretanto, havia sido capaz de organizar essa justaposição de elementos em uma malha viária coerente, um movimento que mostra uma preocupação além do desenho e que já vislumbrava a iminência de São Paulo como metrópole.

O sistema é baseado na reafirmação do eixo estrutural norte – sul, equivalente à av. Tiradentes, uma via antiga utilizada por jesuítas para transitar entre o Pátio do Colégio e suas fazendas em Santana. A avenida se estabeleceria como um eixo até o Anhangabaú, onde se ramificaria entre a av. 9 de Julho e a av. 23 de Maio, formando um sistema em “Y”. Vias perimetrais garantiriam o escoamento do trânsito no sentido perpendicular, formando um conjunto de vias radiais e anéis periféricos, como observado em Paris, Berlim e Moscou.

_Campo de Marte

Ao tentar implantar o sistema em “Y” e as perimetrais, Prestes Maia havia constatado como a malha urbana irregular de São Paulo bloqueava a circulação. Tal morfologia também seria responsável pelo futuro estrangulamento da ferrovia Sorocabana. Assim, ele propõe a extensão do eixo norte – sul por meio da av. Tiradentes além do Tietê. A travessia seria marcada por uma ponte monumental, a mais ostensiva de São Paulo. Na outra margem, estaria o Campo de Marte, que formaria um complexo com obras de infra-estrutura em escala regional e também compreendendo a expansão da cidade numa escala metropolitana. O complexo constituiria de: aeroporto, porto fluvial, instalações esportivas, clube de regatas, bairros industriais e estação de trem.

_Anhangabaú

No começo do século XX,  São Paulo está se encaminhando à uma renovação urbana no centro da cidade resultante ao processo da industrialização. A região já havia um problema habitacional e é em 1906, na tribuna da Câmara Municipal, apresenta-se uma proposta de desapropriação de casas que davam fundo para o Vale do Anhangabaú, tanto da Rua Formosa quanto da Rua Líbero Badaró. Assim, propunha-se que houvesse um melhoramento do Vale, os jardins das casas seriam integrados assim como o Teatro Municipal que teria uma nova fachada a ser vista do Anhangabaú. O plano é aceito e o Governo Do Estado encomendou um projeto ao arquiteto Samuel das Neves. O projeto viário que ocuparia o vale tinha diretrizes e desejos extremamente Haussmanianas, e que pretendiam ser um “boulevard” destinado à integração do eixo Norte-Sul. O Vale agora se tornaria uma entrada triunfal no centro de São Paulo.

Assim criava-se o Sistema Y onde o Vale do Anhangabaú seria o ponto de divergência da Avenida 9 de Julho e Avenida 23 de Maio e assim faria a conexão com o eixo norte, Avenida São João. O parque Anhangabaú, agora, colocava os dois rios da cidade em contato no momento que se junta a Avenida Tiradente. Essas novas vias – 9 de Julho e 23 de Maio – iriam se utilizar de fundos de vale percorrendo distâncias extensas pela cidade, uma resolução que Preste Maia justificou como orgânica e coerente com a configuração da Cidade de São Paulo.

_Trianon

O Trianon enfatiza a importância do sistema em “Y”, demarcando a continuidade ininterrupta da 9 de julho ate o rio Pinheiros. O túnel exigido para tal traçado não é apenas uma solução pragmática, mas uma composição monumental realizada por Ramos de Azevedo. A ênfase simbólica do conjunto é garantida pelo parque Trianon na encosta oposta e, posteriormente, com o enquadramento do fundo de vale através do vao do MASP.

 

Etapa 02

 

Nesse semestre decidimos dar continuidade ao estudo sobre o Campo de Marte, analisando com maior profundidade o espaço interno, seu funcionamento e sua relação com a cidade. Para essa etapa, foram produzidos diagramas de análise, mapas, fotos, videos e uma entrevista com o diretor do aeroclube de São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

_ZEIS

_ cheios e vazios
_equipamentos

_áreas verdes

_usos internos

_principais vias

_fotomontagens

 

Etapa 03

Dando continuidade ao estudo sobre o Campo de Marte, analisamos sua relação com o entorno, a partir do estudo dos edifícios e suas alturas, e uma análise mais aprofundada dos mapas e fotos do local, obtendo maior entendimento da sua dinâmica interna.  Para essa etapa, foram produzidos diagramas de análise, mapas, fotos e vídeos, e mapas anteriores foram ajustados graficamente.

_Mapa de Usos_1

_Mapa de Usos_2

 

_Mapa Áreas Verdes

_Mapa de Equipamentos

_Diagrama de Fluxos

_Ortofoto

_Isométrica do Campo de Marte