G06 – Plano Estratégico para Aparecida do Rio Doce

 

Este trabalho propõem-se estudar o município de Aparecida do Rio Doce, localizado na microrregião sudoeste do estado de Goiás, buscando elaborar diretrizes estratégicas a serem entregues à prefeitura da cidade.

ENTREGA 01

 

Aparecida do Rio doce

Primeiro Semestre
Mapemanetos, levantamentos, viagem de campo e contatos: na primira etapa deste trabalho fundamentamos a análise  sobre o território e o contato tanto com a prefeitura quanto com a população. 

Princípios
Este trabalho não pode ser simplificado à atitude projetual em Aparecida do Rio Doce. Ele diz respeito a uma atitude simbólica perante problemáticas maiores e inviáveis de serem abordadas em sua totalidade em um Trabalho de Conclusão de Curso. Dentre as nossas discussões, a produção de conhecimento acadêmico, o papel do arquiteto e urbanista, a elaboração de um projeto, dentre outras coisas, foram pautas principais.

 

Os questionamentos começaram ao pensarmos no que significa e no que pode significar um TCC. Por exemplo, em São Paulo, não há dúvidas de que academia produz um considerável conhecimento, porém, as propostas que poderiam ser inovadoras para o meio urbano, não o são.  Sem a pretensão de menosprezar trabalhos essencialmente teóricos, por que não aproveitar a capacidade intelectual da academia para tentar mesclá-la com as demandas da sociedade, para então, fazer algo e não apenas pensar algo.

Esta discussão ampliou-se para o papel do arquiteto e urbanista na sociedade. Por mais que dentro do âmbito acadêmico desenvolvemos a nossa capacidade em perceber as necessidades, deficiências e virtudes do território; não necessariamente transpomos este conhecimento para a prática. O arquiteto e urbanista, em muito, obedece a demandas pré-estabelecidas mesmo que não concorde com elas. Tendo esta discussão em mente, o nosso ponto de partida tornou-se o fazer. Queríamos, além de pensar o território, também projetar algo que pudesse ser usufruído por outros e não aceitar uma demanda pré-estabelecida.

A princípio, por questões práticas, surgiu Aparecida do Rio Doce: uma cidade de 2500 habitantes no interior do Sudoeste de Goiás. Continuando as nossas digressões esta cidade pareceu-nos simbólica, por um simples motivo: parecia que, por ela, havia pouco interesse. Contudo uma cidade desta escala representa 75% das cidades brasileiras. De que adianta pensarmos tanto nos “grandes” problemas estruturais urbanos se estes limitam-se a vivência de poucos. Quantas pessoas são beneficiadas ao resolvermos os problemas das grandes metrópoles? Quantas pessoas não são beneficiadas, arquitetonicamente e urbanisticamente falando, por desinteresse e menosprezo?

Esta questão pertence à discussão criada por Aziz Ab Saber sobre as “cidades locais”. Este conceito, criado pelo geógrafo, tem a pretensão de valorar as pequenas cidades perante as cidades globais. Esta leitura nos desprende do desejo frequente em ser uma “cidade global” para ser boa. Não necessariamente uma cidade precisa ser demasiadamente rica e, por consequência densa, para propiciar qualidade de vida. Aliás muitos dos grandes problemas estruturais urbanos vinculam-se ao caos provenientes da condição de grande cidade. Será que, então, não podemos aprender a qualificar as cidades locais?

O Plano Estratégico em Aparecida do Rio Doce trata-se, então, de uma atitude simbólica; uma atitude projetual que vai no sentido oposto às problemática por nós levantadas ao pensarmos o que se pensa, o que se faz e qual é a relação entre esses dois polos.

ENTREGA 02

Diretrizes do Plano Diretor

As diretrizes da cidade foram organizadas por meio de quatro tópicos: Morfologia Urbana, Lazer, Economia e Identidade. Fora essencial para esta etapa compreender a cidade em sua escala e as virtudes disso. Trata-se de uma cidade com cerca de 2500 habitantes cuja simplicidade surge como uma das principais virtudes e, portanto, base indentitária para o território.

Com isso, ao pensarmos em um possível crescimento urbano, buscou-se compreender uma qualificação desvinculada de um desenho de cidade global, explora-se a forma de ocupação tradicional do território ao mesmo tempo que se limita o crescimento. A identidade também é explorada por meio do lazer que é dado como insuficiente pela própria prefeitura. Com isso, buscou-se descobrir estímulos econômicos vinculados a esta escala de cidade que ao invés de desassociarem-se da identidade local, fortaleçam-na.

ENTREGA 03

Audiência Publica
Este momento surge como validação de idéias e qualificação de propostas. Entendemos que a partir do momento em que estamos em busca de qualidade de vida para pessoas, não há como encontra-la sem compreender os gostos, inquietacoes e anseios da população.

ENTREGA 04

Audiência Publica

A participação popular é um elemento essencial para a elaboração de um plano diretor. Dessa forma, foram organizados eventos e plataformas de trocas com a população local. O primeiro evento foi um cinema a céu aberto. A segunda dinâmica, voltada para a discussão das possíveis diretrizes de desenvolvimento, foi uma audiência pública, que aconteceu no dia 06 de novembro de 2017, segunda-feira, as 9h, na Câmara Municipal de Aparecida do Rio Doce.

Todavia, como próprio das instituições públicas brasileiras, a desorganização foi um fator que nos surpreendeu. No caso do cinema ao ar livre e da audiência pública ambos os eventos não estavam prontos no horário programado, causando atrasos na programação, e mostrando que essa cooperação nem sempre é plena.

Contudo avançamos com a audiência com as poucas pessoas que estavam presentes e seguimos com todos os passos propostos.

AUDIÊNCIA:

TEMPO 1 – DINÂMICA PARTICIPATIVA

Convidamos as pessoas presentes a escolher um ou mais pontos da cidade que eles gostassem e outro(s) que eles desgostassem, e marcasse-los na planta da cidade de que nós levamos impressa. Em cada post-it deveria ser escrito uma palavra que simbolizasse o motivo desta opinião sobre o lugar

TEMPO 2 – EXPLICAÇÕES GERAIS

A apresentação durou cerca 1h. Buscou-se contextualizar o trabalho apresentado, explicando que se tratava de um estudo acadêmico, mas que poderia ser aproveitado pelo município para o desenvolvimento do plano diretor. Enfatizamos também o que é o plano diretor, e qual a sua importância para o planejamento do município.

TEMPO 3 – EXPOSIÇÃO DA NOSSA LEITURA

Apresentamos a nossa leitura do território, mostrando as imagens elaboradas que ilustravam ideias de como essas possíveis diretrizes poderiam se concretizar na forma de projeto.

TEMPO 4 – DISCUSSÃO