– + | Grupo 05

 1ª Etapa

 

Localizada na parte alta da Bela Vista, nossa área de interesse encontra-se entre as escadarias do Bixiga e a Avenida Paulista, região essa conhecida como Morro dos Ingleses, decorrente da sua ocupação anglo-saxônica no início do século XX.

Identificamos uma área residual fruto do parcelamento dessas glebas, que se divide em dois terrenos, com características bem opostas.

A primeira parte do terreno é uma íngreme e estreita faixa de terra enclausurada entre um paredão de 20m de altura e a rua. A outra parte, mais adiante, é tomada por uma mata densa onde existe uma das nascentes do Rio Saracura.

Pensando no tema do EV, vimos que esse terreno nos permitia trabalhar com uma série de preexistências contundentes: o paredão da garagem e a nascente do rio. Hora pensando na adição, hora na subtração, é nossa intenção dar uma resposta projetual que confira a esses espaços alguma unidade entre si, revelando toda sua potencialidade.G05_ENTREGA01_IMG02 (1)g05_entrega02_img01.jpg

 

 

2ª Etapa

 

Ao ampliar o olhar sobre a área de interesse inicial do grupo, percebemos sua inserção dentro de um contexto topográfico maior e de grande força, sua localização em uma das bordas da Grota do Bixiga. A identificação de uma área de potencialidades similares do lado oposto da Grota, como a presença de mata atlântica e a incoerente ocupação do solo despertaram no grupo o impulso de tratá-las de maneira similar e, ainda, conectá-las fisicamente. No entanto, a opção por uma conexão (apenas) visual foi tomada com o intuito de evitar uma construção agressiva à paisagem e criar assim uma ligação entre os dois terrenos mais sensível e sensorial, onde a percepção da Grota se concretiza apenas pela consciência de sua existência topográfica.

Assim, tornou-se necessária a elaboração de um projeto no terreno inicial capaz de atrair público para a região, dar valor ao terreno, e permitir dessa forma a visual da Grota. A visitação do edifício preexistente na área abordada deixou evidente a subtilização de seus dois últimos subsolos, equipados de aparelhos esportivos vazios na maior parte tempo. A proposta do grupo de criar um teatro levou em conta a espacialidade do local e o contexto do terreno, marcado por aparelhos de entretenimento, mas que se ausentam especificamente na rua abordada. O teatro e seus espaços de apoio se conectam ao terreno ao lado dominado pela mata atlântica por uma extensa passarela e uma torre de circulação. Este terreno abrigará, assim como o seu similar do lado oposto da Grota, espaços de estar dispersos, que conversem com a paisagem e que permitam assim essa visão total da Grota do Bixiga

 

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3ª Etapa

 

O desenvolvimento de um projeto estabelecido nas bordas da Grota do Bixiga levou o grupo a uma busca pela percepção dessa topografia, tão significativa no local, e ao mesmo tempo pouco exaltada pela cidade. A presença de um edifício-barreira marca um dos pontos dessa paisagem, bloqueando tal percepção. O grupo sugere assim a apropriação desse espaço como um ambiente de uso cultural e artístico, dedicado especificamente a grupos de ensaio de teatro, atividade também marcante nos arredores dos bairros do Bixiga e Bela Vista. A partir de conversas com atores e estudantes artes cênicas, foram desenvolvidos espaços flexíveis de ensaio e convivência, conectados por uma passarela. A produção deste espaço se complementa pelo trabalho paisagístico no terreno ao lado do edifício, antes ocupado pela mata atlântica e subutilizado. Foram criados pequenos espaços de convivência encrostados nessa topografia, além do trabalho na chegada desse terreno à rua, a partir da criação de muros de contenção-jardim e bancos de estar. Este terreno espelha-se no outro lado da grota, num local de características muito semelhantes ao descrito, o qual também leva tratamento paisagístico. A conexão visual da Grota estabelece-se, portanto, nesse eixo visual entre os dois terrenos. Além disso, a produção de uma conexão física é feita pelo trabalho em ruas locais também subutilizadas. Neste espaço é proposto um caminho para ser percorrido pelo pedestre, no vale da Grota, caminho este de linguagem semelhante aos terrenos e construído de forma a captar as águas da chuva e escorre-las diretamente ao córrego do Saracura, rio que se forma e percorre a Grota. O caminho completa assim a conexão proposta, marcada por um eixo físico-terrestre e um eixo perceptivo-visual.   g05_siteg05_site2g05_site3g05_site4g05_site5

4ª Etapa

       Localizada na parte alta da Bela Vista, nossa área de interesse encontra-se entre as escadarias do Bixiga e a Avenida Paulista, região essa conhecida como Morro dos Ingleses, decorrente da sua ocupação anglo-saxônica no início do século XX. Nas primieras aproximações, o que chamou atenção do grupo foi o grande paredão de 30 metros de altura que dava costas à Rua Almirante Marquês Leão: o embasamento do Conjunto Residencial Praça dos Franceses. A princípio, tudo indicava que o nosso projeto iria se seguir na escala do edifício. No entanto, com o desenrolar do projeto foram surgindo novos desafios que pediam respostas numa escala mais mais distante.  A comunicãção dos dois lados da grota não se dava de forma visual e, muito menos, de forma física. Não se dava de forma alguma. A conexão da grota passou a ser, portanto, o grande objetivo do projeto. O desenvolvimento de um projeto estabelecido nas bordas da Grota do Bixiga levou o grupo a uma busca pela percepção dessa topografia, tão significativa no local, e ao mesmo tempo pouco exaltada pela cidade. A presença de um edifício-barreira marca um dos pontos dessa paisagem, bloqueando tal percepção. O grupo sugere assim a apropriação desse espaço como um ambiente de uso cultural e artístico, dedicado especificamente a grupos de ensaio de teatro, atividade também marcante nos arredores dos bairros do Bixiga e Bela Vista. A produção deste espaço se complementa pelo trabalho paisagístico no terreno ao lado do edifício, antes ocupado por mata e subutilizado. Foram criadas passarelas e espaços de parada ao longo dessa topografia, além de ser desenvolvido um trabalho na chegada desse terreno à rua, a partir da criação de muros de contenção-jardim e bancos de estar. Este terreno espelha-se no outro lado da grota, num local de características muito semelhantes ao descrito, o qual também leva tratamento paisagístico. A conexão visual da Grota estabelece-se, portanto, nesse eixo visual entre os dois terrenos. Além disso, a produção de uma conexão física é feita pelo trabalho em ruas locais também subutilizadas. Neste espaço é proposto um caminho para ser percorrido pelo pedestre, no vale da Grota, caminho este de linguagem semelhante aos terrenos e construído de forma a captar as águas da chuva e escorre-las .diretamente ao córrego do Saracura, rio que se forma e percorre a Grota. O caminho completa assim a conexão proposta, marcada por um eixo físico-terrestre e um eixo perceptivo-visual.

maquete

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Apresentação