G09

ETAPA 04

Consolida-se a pesquisa com um mural que contém um mapa com camadas de transparência que contam as transformações deste espaço com o tempo. Além de uma maquete que mostra o desmonte do Espigão Central da Paulista.

mapa síntese

 

 

 

ETAPA 03

São Paulo se formou a partir da ofensiva transformação de sua paisagem natural. Nada que representasse um empecilho para o crescimento e desenvolvimento da cidade era mantido intacto. Neste processo de formação da metrópole é notório o esquecimento dos rios em virtude de uma lógica viária. Desde a instalação das ferrovias na virada do século XIX até a construção das marginais, as várzeas receberam estes eixos estruturais por serem áreas topograficamente favoráveis. Desta forma, o acesso aos rios foi cada vez mais dificultado, de forma a desfazer os laços que a sociedade paulistana tinha com os cursos d’água quando se utilizava os rios para navegação, pesca e esportes. Os rios, quando não encobertos por grandes avenidas são retificados e canalizados. Assim como no caso dos rios, a topografia da cidade também foi modificada, em geral, por obras de infraestrutura. O espigão central teve sua dimensão longitudinal perfurado por uma linha de metrô, e várias foram as interferências transversais como, túnel da Avenida Nove de Julho e a Avenida Sumaré.

A partir da pesquisa e do mapeamento dessas recorrências, foi possível identificar que no período da Ditadura Militar (1965 – 1985) foi quando a maior parte dos córregos foram encobertos por avenidas como: Av. Sumaré, Salim Farah Maluf, Eng. Caetano Alvares, Av. Eliseu de Almeida, Av. dos Bandeirantes, Av. Edgar Facó, Av. Pompéia, Av. Anhaia Mello, Av. Juscelino Kubitschek e Av. Inajar de Souza.

Localizado em um dos extremos do espigão central, na ligação dos bairros mais a oeste com a Avenida Dr. Arnaldo, o Viaduto da Dr. Arnaldo é uma infraestrutura que une o eixo rodoviário e metroviário. A construção do Viaduto da Dr. Arnaldo e Viaduto da Oscar Freire localizados sob a Av. Sumaré, seguem a lógica de uma interferência agressiva, que as obras de infraestrutura viária representam na construção da cidade de São Paulo. Distante do centro, a região do atual bairro Sumaré foi até a metade do século XIX um espaço retirado com função sanitária.  Em 1902 a Light construiu uma linha de bonde que ligava o vale do Anhangabaú ao largo de Pinheiros, o bonde após subir a consolação seguia pela Estrada dos Araçás (atual Av. Dr. Arnaldo) e descia pela Teodoro Sampaio. Nessa época, acesso acontecia, portanto, apenas até o Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Para incentivar novas vendas de lotes na região, em 1936 a Sociedade Urbanizadora Brasileira cedeu uma área na Av. Dr. Arnaldo para a garagem de uma empresa de ônibus, facilitando o acesso e a ocupação do bairro. No final da década de 1970 uma parte do espigão central foi retirado para possibilitar a ligação da Av. Sumaré com a Av. Henrique Schaumann, e sob a avenida construíram dois viadutos.

A partir de mapas, imagens de arquivo e visitas, o grupo buscou identificar como se deu essa lógica de formação da cidade no recorte dos viadutos da Dr. Arnaldo e Oscar Freire, e nesse processo, foi possível observar como o fator transporte influenciou tanto na ocupação da região quando nas significativas transformações de sua paisagem natural. A sequência do trabalho foi reunir as atuais apropriações que ocorrem no espaço do Viaduto como: Rapel, Feira, vendedor ambulante, entre outros, e a partir destes sugerir novas apropriações.

 

 

 

 

 

 

ETAPA 02

Ao escolhermos o Viaduto Doutor Arnaldo como recorte de estudo [por possuir uma paisagem enquadrada na cidade e pelo fato de essa ocupação ser uma lógica recorrente na história da urbanização da cidade: vale x avenidas] vimos na necessidade de entender territorialmente e espacialmente os acontecimentos desde o surgimento do bairro até os dias de hoje.

Assim, construímos uma linha do tempo que tenta percorrer os assuntos elencados anteriormente afim de nos dar um panorama geral do recorte de paisagem que desejamos trabalhar e entender, após todo esse processo, que é um recorte de paisagem completamente construído.

 

ETAPA 01

1. VIADUTO DOUTOR ARNALDO

A partir de que os integrantes da equipem são de outras cidades: Taubaté (Gabriel), Florianópolis (Lara), Cascais (Giovanna) e Rouen (Sophie), e que respectivamente residem em São Paulo há 10, 5, 3 anos e 2 semanas, entendemos que este fato por si só diz muito sobre a cidade. Tendo isso em vista, percebemos que teríamos que “reconhecer São Paulo” juntos.

Durante uma dinâmica de grupo para entender possíveis recortes da cidade, assim, nos fizemos a pergunta “o que te faz permanecer em São Paulo?” e “ o que te desperta curiosidade?” a fim de instigar algumas discussões e a partir disso cruzar desejos, informações e curiosidades que tentam retratar São Paulo a partir do que encanta na cidade ou não.

Escolhemos o Viaduto Doutor Arnaldo por conta da sua paisagem enquadrada na cidade e pelo fato de essa ocupação ser uma lógica recorrente na história da urbanização da cidade: vale x avenidas.

Afim de debater todos os temas que apareceram nas discussões dentro de um único recorte de paisagem, tais eles: relevo, infraestrutura, heterogeneidade, estilo de vida, rios, cotidiano, escalas, paisagem, cultura, entre outros aspectos. E também por conta das possíveis proximidades que esse recorte pode ter com Rouen, na França. O que nos pareceu pertinente para futuros debates, olhares e propostas.

 

2. PICO DO JARAGUÁ

A partir da discussão de janelas que São Paulo cria e das perspectivas que se tem dentro e fora do contexto urbano escolhemos o pico do Jaraguá como um recorte interessante para uma análise de uma nova perspectiva em relação a cidade de São Paulo.

 

3. NÚCLEO PEDRA GRANDE

A partir da discussão de janelas que São Paulo cria e das perspectivas que se tem dentro e fora do contexto urbano escolhemos o núcleo pedra grande como um recorte interessante para uma análise de uma nova perspectiva em relação a cidade de São Paulo.