G14_ MODOS DE PENSAR MODOS DE FAZER

   Ana Candida Perrone, Julia Daher, Juliana Ricci, Natália Andrade, Paloma Neves

Partimos da interferência simultânea entre os modos de pensar e os modos de fazer. Significando, os primeiros como produção intelectual, racional dependente, delimitante dos segundos como produção física, de algo material, e vice-versa. Seja essa interferência consciente e proposital ou resultado de desconhecimento, olhando tanto para a reprodução de tipologias arquitetônicas, que vão das neoclássicas às modernistas, como para as inovações tecnológicas, que possibilitam, por exemplo, a geração de energia a partir do movimento dançante em casas noturnas.

 

Seguimos pelas potencialidades dos modos de fazer e na consequente possibilidade de alteração dos modos de pensar. Vislumbramos esses rumos na investigação de materiais, suas características e possíveis utilizações, e na arte, como o deslocamento de espaço e materialidade como forma de crítica, rumo às questões da forma e função.

      

Iniciamos pelas características do material de alta disponibilidade, baixo custo, de amplas possibilidades de utilização e de imagem, valor atribuído não-nobre, comercial, barato que nos veio primeiro a mente, o plástico. Sem descartar outros que nos venha em algum momento parecer mais interessante a essas proposições.

Caminhamos, possivelmente, rumo a uma catalogação desses materiais e suas propriedades elencando potencialidades de uso identificadas, na próxima etapa de trabalho.

 


03/04/2017

ETAPA 02

MEMÓRIAS (I)MATERIAIS

Encaminhamento do trabalho

Interferir na forma convencional de metodologia projetual subvertendo o tradicional/óbvio/comum, levando em conta e entendendo que o espaço é muito mais que a parte visual.

 

RCR architects

Referencias_ arquitetura fenomenológica         /Steven Holl

/Pether Zumthor

/Jean Nouvel

/Pallasma

 

Recorte _ EC _ térreo

 

 

 

 

Analises pessoais e coletivas_

/repetições /singularidades /incomuns /comuns /pessoais /coletivos /expressivos /incertos /sintéticos

           

          

 

 

 

PROPOSTA_

Através das Memórias Coletivas e a partir dos estudos multissensoriais executados ao longo dessa primeira etapa será realizado um Caderno Ilustrado em formato de Diário que será composto por propostas de intervenção para um melhor uso espacial e sensorial do “Térreo”.

A metodologia de projeto será a realização de atividades coletivas que contará com alunos, ex- alunos, frequentadores, professores e funcionários da Escola da Cidade. O objetivo é Integrar as diversas memórias com as sensações através de um projeto de intervenção. No final haverá projetos de intervenção diferentes, onde cada um poderá se apropriar do “Térreo” e das “Memórias” adquiridas ao longo do semestre e compondo o  Diário Ilustrado.


09/05/2017

ETAPA 03

 

 

 


24/07/17     |     etapa final

Memórias (i) Materiais

 

         Memória (sf) – é a capacidade de adquirir, evocar, armazenar e recuperar, informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas, seja internamente, ou externamente, em dispositivos artificiais.

          Através do tema apresentado “Modos de Pensar, Modos de Fazer” foi elaborado o trabalho que consistiu em uma investigação sobre a implantação da Escola da Cidade na rua General Jardim e como isso repercutiu em seu entorno através dos anos. Levando em consideração que a Escola da Cidade está no centro de São Paulo, ou seja, uma localização densa, que possui pluralidades, inconstâncias, diversidades e várias questões urbanísticas. A intenção final do grupo foi possibilitar o acesso a informações importantes sobre a trajetória da Escola da Cidade, mantendo as memórias vivas e permitindo a reflexão sobre o que foi e o que é o espaço da universidade.

          Conforme Braga (2000), a memória humana é concebida como um processo elaborado no movimento coletivo que emerge nas inter-ações, e é constituído na cultura. Tanto os signos simbólicos (palavras orais e escritas), quanto os signos icônicos (imagens desenhadas ou esculpidas), podem servir de suporte para a construção da memória. Assim, ela pode ancorar-se em diversos suportes: no texto, na comunicação oral, nos sons, na imagem, etc. (GONDAR, 2005).

    

A etapa final do trabalho consiste no fechamento de dados fotográficos, entrevistas, na diagramação da linha do tempo e criação de site com todo o acervo de material coletado. 

https://memoriasimateriais.wixsite.com/grupo14

 

          A metodologia empregada para o recolhimento de informações foi através da realização de vinte e nove entrevistas com pessoas envolvidas direta e indiretamente com a Escola da Cidade como associados, professores, ex- alunos, alunos, funcionários, secretaria da Escola da Cidade, núcleos da escola como, Centro Acadêmico, Coletivo feminista Carmem Portinho, Maracatu Baque Cidade, Baú e donos de estabelecimentos próximos como, Secretaria da Saúde, IAB, Casa do Porco, JazzB, Lanchonete da Cidade, Bar JK e estacionamento MED, entre outros e a catalogação das memórias e fatos históricos marcantes de cada entrevistado.

                                

 

          Os dados das entrevistas consistem em fatos do surgimento da instituição Escola da Cidade  como aconteceu a sua inserção na rua General Jardim, além das mudanças e reformas que ocorreram no edifício e nos arredores através dos anos.

          Também houve um recolhimento de fotos e arquivos sobre a Escola da Cidade para compor a trajetória da história.

          E com esse material, o grupo busca construir um produto físico, uma linha do tempo em formato de livro, para registrar e catalogar a memória coletiva de um espaço, a Escola da Cidade e suas redondezas.

 

    

 

Bibliografia:

GONDAR, Jô; DODEBEI, Vera (orgs.). O que é Memória Social? Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vertice, 1990

MECOZZI, Paloma, Aqui te escuto: a supressão da visão, São Paulo
TANIZAKI,Junichiro. Em louvor da Sombra. São Paulo. Companhia da Letras, 2007
PALLASMAA, Juhani, Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos, Editora Bookman, 2011.  

TUAN, Yi-FU,Espaço e lugar: a perspectiva da experiência, Editora Difel, São Paulo 1983.
http://www2.eca.usp.br/prof/iazzetta/papers/anppom_2006.pdf

http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2012/edicao_6/6-arte_sonora-sons_integrados_no_espa%E7o-dudu_tsuda.pdf

http://www.archdaily.com/168979/bernhard-leitner-sound-spaces

revistas.unisinos.br/index.php/arquitetura/article/view/5586/2790 

http://www4.unirio.br/morpheusonline/numero14-2012/artigos/waldir_pt.pdf