G33 | praça kantuta

03 05 

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Banca 1

1. Praça Kantuta

1,5% dos Paulistanos são bolivianos – a segunda maior população imigrante da cidade, atrás apenas dos portugueses. Nas sinuosidades do Pari surge vívida e colorida a afirmação de que sim, São Paulo tem bolivianos, e sim, eles são uma fração irredutível da população. Todo domingo aparecem cerca de 2 mil pessoas para vivenciar um pouco da Bolívia, 90% dessas são bolivianos os quais semanalmente revertem a lógica do espaço para transformá-lo em algo mais parecido com sua “casa”. Do comércio e das fábricas de tecelagem desabrocha a flor Kantuta, assim como nos Andes, com as cores bolivianas. A praça representa uma consolidação do povo boliviano, entender esse espaço como afirmação cultural é necessário e intrigante.

2. Rua Aurora

Primeiramente renegada, então ocupada, porém, sempre teve vida. Rua caracterizada pela forte presença peruana na cidade, suas vivências são suas peculiaridades, com elas vêm diferentes formas de entender o que é São Paulo. São tentativas de trabalhar o espaço, a justaposição que não foi requisitada mas tem que funcionar, a rua que se transforma como um mundo dentro de uma cidade.

3. Glicério

Bairro com presença haitiana. Questão de política e da relação entre venda do que não existe e a realidade do que realmente foi comprado. Sua presença em São Paulo escancara o contraste do discurso e da ação, nenhum governo de nenhum estado irá ajudar os haitianos que estão no Brasil, eles tentam sobreviver e serem aceitos como cidadãos, direito antes prometido. O que acontece é a marginalização de uma comunidade inteira que se reúne, opção de trabalho são escassas, as histórias inúmeras. Desse modo se constrói o bairro que cada dia ganha mais características haitianas.

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