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  • 4ª ETAPA: O vereador Gilberto Natalini (PV) deu entrada no Projeto de Lei n° 805/2017 que pretende criar o parque do Bixiga. O projeto prevê a criação de um parque público, no terreno entre as ruas Jaceguay, Abolição, Japurá e Santo Amaro, o terreno ao lado do Teatro Oficina. O terreno, de quase 11 mil m², seria transformado em uma área pública de cultura para lazer, práticas artísticas e ecológicas e hortas comunitárias. O parque tem o potencial de reverter criticamente o processo de urbanização em andamento na cidade de São Paulo, resgatando a relação entre cidade e natureza e ampliando as áreas com equipamentos culturais voltadas para o Bixiga. Além disso, Natalini argumenta que “o Parque do Bixiga é uma questão de saúde pública neste bairro mais adensado da cidade”, uma vez que possui uma alta densidade e apenas uma área pública verde, a Praça Dom Orione. Além de amenizar os ruídos, o parque traria melhoras acústicas e climáticas para a população do bairro.O Parque do Bixiga, que seria concebido no terreno onde hoje o Grupo Silvio Santos tenta aprovar a construção de três torres residenciais, seria, para o Teatro Oficina, uma continuação do projeto da Lina Bo Bardi do Anhangabaú da FelizCidade. O projeto de lei, portanto, prevê que no futuro o Parque do Bixiga poderia se conectar a outras áreas verdes e equipamentos culturais, como a Casa da Dona Yayá, a Vila Itororó, o Teatro Brasileiro de Comédia, através da projeção dos baixios do viaduto Júlio de Mesquita Filho.

  • ATO -26 DE NOVEMBRO DE 2017O ato Domingo no Parque foi uma contrapartida após o Condephaat reverter a decisão de 2016, que proibia a contruçao de torres, pelo grupo de Silvio Santos, no terreno ao lado.
    Junto ao Teatro Oficina, o evento também foi convocado pela comissão Salvar o TBC, Casa Dona Yayá e outros grupos culturais do bairro. Durante o evento , que seguia ressantando a ameaça imobiliária em meio a um bairro de tamanha relevância historia e cultural, foi proposto um abraço em volta do quarteirao do Oficina e o terreno vizinho.

 

  • 3ª ETAPA:   
    A composição do bairro do Bixiga destaca-se  por uma diversidade étnica e cultural muito rica. Sua primeira ocupação registrada ocorreu durante século XIX, originando um ponto de refugio de escravos denominado de quilombo de Saracura.
    O segundo fluxo migratório proporcionou a  reconfiguração dessa região, tanto urbanisticamente e culturalmente. Na passagem para o século XX, o Brasil recebeu um grande contingente populacional de italianos, atraídos pela promessa de trabalho e melhoria de vida. Contudo, a situação econômica dos imigrantes ao chegar no Brasil mostrou-se distinta do imaginado, gerando uma procura por locações de baixo custo e grande disponibilidade de acomodações. O Bixiga foi uma das regiões de concentração italiana, recebendo marcas da arquitetura calabresa  nas construções de casas, cortiços , igrejas. Além de incorporar diversos eventos culturais nos hábitos locais, como a festa da padroeira Achiropita, existente ainda nos dias de hoje.Por fim, no inicio da década de 80, ocorreu outra onda migratória, por nordestinos. A seca e a baixa demanda de trabalho levou parte dessa populacao á procura de melhoria de vida em Sao Paulo, e, novamente, o Bixiga enquadrou-se sob esse antro acolhedor, acessível e próximo ao centro.Atualmente essa extensa miscigenação transformou o bairro em um polo de diversidade, capaz de unir e reconectar a cultura afro-italo-nordestina de um bairro, mas que espelha em um dialogo vivido por grande parte da cidade de São Paulo.– Mapa de Bens Tombados no Bexiga:

 

  • 23/10 : Reunião no Condephaat – Liberam construção de Torres do Silvio Santos no terreno ao lado do teatro Oficina.
    15 votos dos conselheiros do Condephaat reverteram a decisão anterior, de 2006, que haviam vetado o projeto.

 

 

  • Croqui da Exposição final do EV
    Produtos Finais:
    . Livro-Dossiê  “Teatro Oficina e o Bexiga” – (Precisa de uma mesa/apoio p/ expor)
    . Video final – compilado de videos sobre o Teatro Oficina – (projeção/tela + caixa de som)
    . Cartaz do trabalho – (Colar na parede)

 

 

 

 

  • 2ª ETAPA:

Na primeira etapa desse trabalho, foi escolhido o Teatro Oficina como objeto de estudo para figurar representativamente a metrópole. Pensando no teatro como um testemunho dos acontecimentos da cidade, o objetivo desse trabalho é entender o Bixiga a partir do Teatro Oficina. Sempre pensando nessa relação dupla entre cidade e teatro, essa etapa se concentrou em uma pesquisa sobre a trajetória política e social e as disputas de território e poder nessa região.

O grupo Uzyna Uzona nasce em 1958 por um grupo de estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco com o intuito de fazer um novo teatro, diferente do aburguesamento do TBC – Teatro de Comédia Brasileira – e o nacionalismo do Teatro de Arena. Em 1961 se instalam na rua Jaceguai, no Bixiga, onde permanecem até hoje. Após o edifício pegar fogo 1966 e sua reabertura com a peça “O Rei da Vela”, o teatro e as peças ganham um caráter mais político, sendo esta a primeira peça a tratar das questões do Brasil. Outro momento importante foi a montagem da peça “Na Selva das Cidades” de Bertold Brecht, em 1969. Inaugurada em dos momentos mais repressivos da ditadura militar e paralelo à construção do Minhocão, a cenografia feita por Lina Bo Bardi utiliza os materiais restantes da demolição das casas para a construção do elevado. No início da década de 80, Zé Celso chama a arquiteta Lina Bo Bardi para fazer o novo projeto para o Oficina.

Na mesma década de 80, inicia-se o conflito com o grupo Silvio Santos, que pretendia comprar o terreno para demoli-lo. Em uma disputa de quase 40 anos, na qual o Teatro Oficina foi tombado pelo Condephaat, Iphan e Conpresp, houveram inúmeras propostas de shoppings e centros comerciais no terreno ao lado. Hoje em dia, o grupo Silvio Santos busca autorização da prefeitura para construir duas torres residenciais.

Desde o início, o Oficina estabelece profundas relações com a região, não só com o Terreyro Coreografico, criado em 2015 com a ideia de se articular com os moradores do baixio, mas com as próprias peças, como a “Macumba Antropófaga”, cujo primeiro ato é um cortejo pelo bairro. Esse ano, com a remontagem da Macumba, o cortejo pelo Bixiga e a peça como um todo ressaltam a importância histórica e cultural do bairro, que além de ser um dos mais antigos da cidade, concentra em torno de 70% dos bens tombados da cidade de São Paulo. Com o fogo na maloca da Jaceguai e a iminência da aprovação do projeto do grupo SS, o bairro do Bixiga está ameaçado a sofrer um processo de gentrificação. Nesse sentido, esse trabalho tem o intuito de realizar um projeto que seja um aglutinador e que jogue luz das questões e desejos levantados do bairro.

Por isso, o grupo se reuniu com duas arquitetas do teatro oficina, Marilia Gallmeister e Clarissa Morgenrorth, para discutir a situação atual do Oficina e como contribuir nessa disputa. O projeto do Anhagabaú da FelizCidade, idealizado pela primeira vez por Lina Bo Bardi e Edson Elito na década de 80, contaria com a construção de um Teatro de Estádio no terreno vizinho, fazendo a conexão do oficina com o Anhangabaú. O projeto inicial já sofreu inúmeras alterações durante os anos, sendo a versão mais recente e 2013, desenvolvida durante a X Bienal de Arquitetura. A ideia é pensar como este projeto poderia ser de feto concretizado, levando em consideração as questões da área envoltória e um bem tombado, os moradores da maloca e todas as questões envolvendo o grupo SS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • 1 ETAPA: