TEMPO LIVRE – G11

ETAPA 3

O Campo Limpo apresenta uma vasta rede hidrográfica apesar de ser invisível, inacessível e insalubre. A ocupação das várzeas dos córregos a partir dos anos 1970 acabaram mudando a relação das pessoas com a água, o que antes era de lazer se torna um esgoto. Essa ocupação também causou a impermeabilização do solo, gerando o problema das enchentes para a região. Na tentativa de sanar essa problemática, a partir dos anos 1980 são realizadas obras de infraestrutura, que atualmente se mostram monofuncionais e ineficientes.

Dessa forma, o projeto tem a intenção de criar uma rede difusa de drenagem, tratamento de água e esgoto pelo trecho eleito, ao longo dos córregos Pirajuçara e Diniz. A implantação das estações se dá terrenos residuais do trecho, que atuam como mini filtros urbanos aliados á espaços públicos de lazer.

Um deles é o terreno de uma antiga fábrica de tintas que apresenta: solo contaminado, água contaminada, terreno acidentado, pouca relação com o entorno e além de ser subutilizado. A fim de transformar essas problemáticas em potencialidades, propõe-se, ao longo de 4 etapas, constituir um espaço de lazer e educação vinculado ao tratamento do solo e da água por meio da própria natureza, utilizando o método da fitorremediação.

A fim de conectar esse local com o entorno são propostas passarelas que ligam centralidades, além de permitir o acesso das cotas mais altas com o próprio terreno. Sua altura varia de acordo com a etapa de tratamento, somente na última fase é que ela toca o chão. A intervenção arquitetônica se dá de maneira sutil, para que a natureza e a água retomem o espaço.

Há três edifícios industriais remanescentes no local, que também adquirem usos de acordo com as etapas, servindo de laboratórios e estufas, usos esportivos e educativo para que conscientização de população local sobre tratamento de água e solo.

Portanto, depois de três etapas, o terreno e suas águas estarão completamente limpos tornando-se um grande parque de lazer e de águas balneáveis.

ETAPA 1