MPMF_G31_MODOS DE HABITAR: ILHA MONTÃO DE TRIGO

ENTREGA 04

ALEXANDRE KOK | BRUNO RISSARDO | GIOVANNA TOZZI | JOÃO MARCELO DE OLIVEIRA | PEDRO RASELLO

Após a realização do primeiro catálogo que buscava uma aproximação com a ilha, o grupo sentiu a necessidade de se debruçar sobre algum assunto específico que estivesse presente na ilha. Foi decidido, portanto, que as técnicas e materiais construtivos utilizados pelos moradores seria o tema mais pertinente ao estudo do grupo – tendo sempre como desejo dar algum retorno aos habitantes, que colaboraram a todo o momento com o trabalho.

ENTREGA 03

ALEXANDRE KOK | BRUNO RISSARDO | GIOVANNA TOZZI | JOÃO MARCELO DE OLIVEIRA | PEDRO RASELLO

 

Este catálogo é produto de um estudo feito para o Trabalho de Conclusão de Curso em conjunto com a disciplina Estúdio Vertical, da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. O trabalho teve como objetivo estudar a comunidade que habita a Ilha Montão de Trigo, localizada próximo de Barra do Una, São Sebastião – SP. Para isso, foram realizadas diversas visitas ao local, além de pesquisas, registros e conversas com os moradores.

Durante a chegada dos europeus no Brasil, a ilha, por ser o ponto mais alto da região (289 metros), servia como referencial para os navegantes. Há cerca de 400 anos, uma família habita esse território, localizado a aproximadamente 12 km do continente. Só em 2010, depois diversos ataques imobiliários, inclusive para a construção de um cassino no local, os habitantes conseguiram a posse do Montão de Trigo, o que lhes assegurou a permanência na ilha.

Os residentes – aproximadamente 60 divididos em menos de 20 casas – sobrevivem majoritariamente da pesca, através de linha e anzol ou da rede, feitas pelos homens, enquanto a grande parte das mulheres cuida da casa e dos filhos. Algumas poucas casas possuem energia elétrica – algumas através de geradores a base de diesel e outras a partir de placas solares doadas por terceiros. A maioria dos banheiros não tem a qualidade devida, com risco, inclusive, de proliferação de doenças. Porém, um projeto externo, buscando melhorar o saneamento das casas, vem implantando fossas sépticas em cada residência. Por outro lado, a ilha proporciona água advinda de uma nascente do topo do morro. Porém, por excesso de minérios, a água gera incômodo a alguns moradores.

Os moradores ainda construíram uma igreja – com ajuda de uma ONG externa – onde ocorrem as missas três vezes por semana, e uma escola de Ensino Básico e Fundamental, na qual uma professora, contratada pela Prefeitura de São Sebastião, dá aula para todas as crianças. O outro auxílio municipal é para o recolhimento de lixos inorgânicos, que ocorre através de um barco que passa na ilha semanalmente. A principal demanda dos habitantes é a construção e financiamento de um Posto de Saúde. Atualmente sempre que necessitam de auxílio médico, eles precisam se deslocar para o continente.

Com o propósito de apresentar esse cenário às pessoas de fora e incentivar o exercício de conhecimento coletivo dos moradores da ilha, o grupo criou este catálogo que se baseia em fotos, depoimentos e desenhos. Com o curto tempo para a realização do trabalho diante da complexidade existente no local, foi impossível registrar todas as casas e conversar com todas as pessoas como seria o ideal. O fato, porém, não deslegitima em nada os objetivos cumpridos com a realização desse catálogo.

Por fim, este produto é um agradecimento pela forma receptiva como fomos recebidos por todos os habitantes da ilha.

 

 

ENTREGA 02

ALEXANDRE KOK | BRUNO RISSARDO | GIOVANNA TOZZI | JOÃO MARCELO DE OLIVEIRA | PEDRO RASELLO

O TC-EV tem como objetivo estudar a comunidade presente na Ilha Monte de Trigo, localizada próximo de Barra do Una, São Paulo. Durante a chegada dos europeus no Brasil, a ilha, por ser o ponto mais alto da região (289 metros), servia como referencial para os navegantes. Há cerca de 400 anos, uma família habita esse território, localizado a aproximadamente 12 Km do continente. Só recentemente, depois diversos ataques imobiliários, os habitantes conseguiram a posse do Monte de Trigo, o que lhes assegurou a permanência na ilha. Ocorreram inclusive especulações sobre a construção de um cassino no local.

Atualmente, são entre 60 e 70 pessoas, divididas em menos de 20 casas, que sobrevivem majoritariamente da pesca através de linha e anzol ou da rede. Poucas casas possuem energia elétrica – algumas através de bateria a base de diesel e outras a partir de placas solares doadas por terceiros. A maioria dos banheiros não tem qualidade devida, com risco, inclusive, de proliferação de doenças. Porém, um projeto externo, buscando melhorar o saneamento dos moradores, vem implantando fossas sépticas em cada casa. Por outro lado, há ilha proporciona água advinda de uma nascente do topo do morro. Porém, por excesso de minérios, a água gera incômodo a alguns moradores. Os moradores ainda construíram uma igreja, onde ocorre as missas três vezes por semana, e uma escola, na qual uma professora, bancada pela Prefeitura de São Sebastião, dá aula para todas as crianças. O outro auxílio municipal é para o recolhimento de lixos inorgânicos, que ocorre através de um barco que passa na ilha semanalmente.

Com base nesse cenário, o grupo se propôs a, junto da comunidade, levantar as principais carências coletivas e, se possível, solucioná-las. Para isso, o grupo fará diversas visitas a ilha, buscando captar o máximo de depoimentos e registros possíveis. Algumas problemáticas já foram esboçadas, como a falta de um freezer no porto para armazenar os peixes, a falta de um posto de saúde que faça os primeiros atendimento e um píer para o desembarque mais cômodo de pessoas e cargas. É necessário avaliarmos quais dessas questões possuem mais relevância e estão ao nosso alcance resolvermos.

Essa etapa do trabalho finaliza o processo de pesquisa geral histórico, geográfico e social já foi executado. Até a próxima banca, desejamos nos aprofundarmos em algumas questões pontuais e decidirmos nossa intervenção na ilha, a partir de uma nova visita, para no final do trabalho, conseguirmos realizá-la em conjunto com os habitantes do Monte de Trigo.

ENTREGA 01

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