O ESPAÇO DO COTIDIANO | Grupo 22

QUARTA ENTREGA

Para analisar a rotina dos cidadãos em pleno século XXI, percebemos e tomamos como partido que um dos principais componentes que movem tal rotina é o espaço-tempo.  Com isso, é possível entender que as pessoas possam ser movidas por espaços-tempo distintos entre elas, o que torna inviável analisar uma cidade da mesma forma 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Assim, partimos dessas análises, buscando criar um olhar crítico em cima desses cenários que estão em constante transformação, dependendo dos seus horários e, com isso, vimos que a noite poderia levantar uma série de questionamentos que não são percebidos durante o dia ou, pelo menos, que são amenizados.

Definimos como a noite justamente o espaço-tempo em que as dinâmicas da cidade são brutalmente interrompidas, no caso específico da cidade de São Paulo, o período entre 0h00 e 4h40 da manhã. Como criar um espaço que comporte os diversos espaços-tempo, inclusive quando os fluxos estiverem interrompidos?

Enxergamos na Praça da República uma possibilidade de investigarmos e projetarmos essa situação. Fazer dela um espaço que comporte o intenso fluxo diurno, bem como crie um espaço agradável de estar 24 horas por dia.

Para isso, acreditamos na importância de readequar a praça, tanto no seu espaço público, quanto dentro das grades da atual sede da Secretaria da Educação (edifício Caetano de Campos) e do colégio infantil.

Quebrar as barreiras existentes. Interligar os fluxos. Unir distintas camadas sociais. Animar sem destruir.

­Para que tais objetivos sejam possíveis, fizemos desta praça um local de intensa vivencia cultural.

Fazendo uma análise da região central, principalmente nos arredores da Praça da República, e tomando como referência a aula “Teatro e Cidade” da Cibele Forjaz, percebemos que instituições teatrais, desde meados da década de 60 até os dias atuais, tem muita força nessa região, é  possível identificar uma série de pequenos teatros, tais como: Teatro de Arena, Sátyros, SP Escola de Teatro, entre outros.

Além de terem uma grande importância como difusores de cultura, eles também merecem atenção pela forma como estabelecem a relação com o entorno, que podem ocorrer principalmente de duas formas: tratando de temáticas que ocorrem no entorno – travestis na Praça Roosevelt, por exemplo- e também a consolidação de uma série de debates que giram em torno de questões culturais e políticas que acabam ocorrendo em bares próximos.

Além disso, a associação entre teatro e cidade foi ainda mais enriquecida pela lei de fomento, de 2002. Ela tem por objetivo desenvolver diversos espaços públicos desempenhando o importante papel de revitalização de áreas degradadas, inaugurando novos espaços teatrais e levando o teatro às ruas da cidade.

Assim, o objetivo do trabalho é trazer uma vida noturna ligada ao teatro para a Praça da República, para fazer desse grande espaço público no centro da cidade um espaço em que a as dinâmicas não parem.

Fazer do edifício Caetano de Campos um polo de educação e cultura, um prédio que abrigue diversos usos. O térreo é destinado ao uso mais público, com um deck que liga a praça com o interior do edifício, um espaço de estar que abrigue exposições e manifestações culturais diversas. O segundo pavimento será destinado a escola de teatro, com ateliês de pé direito duplo e espaços de atuação. O terceiro pavimento abrigará a creche, mantendo parte das salas de aula que já existem no edifício e abrindo a cobertura do bloco central para um espaço de recreação das crianças.

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APRESENTAÇÃO

TERCEIRA ENTREGA

Para analisar a rotina dos cidadãos em pleno século XXI, percebemos e tomamos como partido que um dos principais componentes que movem tal rotina é o espaço-tempo.  Com isso, é possível entender que as pessoas podem ser movidas por espaços-tempo distintos entre elas, o que torna inviável analisar uma cidade da mesma forma 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Assim, partimos dessas análises, buscando criar um olhar crítico em cima desses cenários que estão em constante transformação, dependendo dos seus horários e, com isso, vimos que a noite poderia levantar uma série de questionamentos que não são percebidos durante o dia ou, pelo menos, que são amenizados.

Definimos como a noite justamente o espaço-tempo em que as dinâmicas da cidade são brutalmente interrompidas, no caso específico da cidade de São Paulo, o período entre 0h00 e 4h40 da manhã. Como criar um espaço que comporte os diversos espaços-tempo, inclusive quando os fluxos estiverem interrompidos?

Enxergamos na Praça da República uma possibilidade de investigarmos e projetarmos essa situação. Fazer dela um espaço que comporte o intenso fluxo diurno, bem como crie um espaço agradável de estar 24 horas por dia.

Para isso, acreditamos na importância de readequar a praça, tanto no seu espaço público, quanto dentro das grades da atual sede da Secretaria da Educação (edifício Caetano de Campos) e do colégio infantil.

Quebrar as barreiras existentes. Interligar os fluxos. Unir distintas camadas sociais. Animar sem destruir.

­Para que tais objetivos sejam possíveis, vamos fazer dessa praça um local de intensa vida cultural.

Fazendo uma análise da região central, principalmente nos arredores da Praça da República, e tomando como referência a aula “Teatro e Cidade” da Cibele Forjaz, percebemos que instituições teatrais, desde meados da década de 60 até os dias atuais, tem muita força nessa região.

Assim, é possível identificar uma série de pequenos teatros, tais como: Teatro de Arena, Sátyros, SP Escola de Teatro, entre outros. Além de terem uma grande importância como difusores de cultura, eles também merecem atenção pela forma como estabelecem a relação com o entorno, que podem ocorrer principalmente de duas formas: tratando de temáticas que ocorrem no entorno – travestis na Praça Roosevelt, por exemplo- e também a consolidação de uma série de debates que giram em torno de questões culturais e políticas que acabam ocorrendo em bares próximos.

Além disso, a associação entre teatro e cidade foi ainda mais enriquecida pela lei de fomento, de 2002. Ela tem por objetivo desenvolver diversos espaços públicos desempenhando o importante papel de revitalização de áreas degradadas, inaugurando novos espaços teatrais e levando o teatro às ruas da cidade.

Assim, o objetivo do trabalho é trazer uma vida noturna ligada ao teatro para a Praça da República, para fazer desse grande espaço público no centro da cidade um espaço em que a as dinâmicas não parem.

Fazer do edifício Caetano de Campos um polo de educação e cultura, um prédio que abrigue diversos usos. O térreo é destinado ao uso mais público, com um deck que liga a praça com o interior do edifício, um espaço de estar que abrigue exposições e manifestações culturais diversas. O segundo pavimento será destinado a escola de teatro, com ateliês de pé direito duplo e espaços de atuação. O terceiro pavimento abrigará a creche, mantendo parte das salas de aula que já existem no edifício e abrindo a cobertura do bloco central para um espaço de recreação das crianças.

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SEGUNDA ENTREGA

Para analisar a rotina dos cidadãos em pleno século XXI, percebemos e tomamos como partido que um dos principais componentes que movem tal rotina é o espaço-tempo.  Com isso, é possível entender que as pessoas podem ser movidas por espaços-tempo distintos entre elas, o que torna inviável analisar uma cidade da mesma forma 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Assim, partimos dessas análises, buscando criar um olhar crítico em cima desses cenários que estão em constante transformação, dependendo dos seus horários e, com isso, vimos que a noite poderia levantar uma série de questionamentos que não são percebidos durante o dia ou, pelo menos, que são amenizados.

Definimos como a noite justamente o espaço-tempo em que as dinâmicas da cidade são brutalmente interrompidas, no caso específico da cidade de São Paulo, o período entre 0h00 e 4h40 da manhã. Como criar um espaço que comporte os diversos espaços-tempo, inclusive quando os fluxos estiverem interrompidos?

Enxergamos na Praça da República uma possibilidade de investigarmos e projetarmos essa situação. Fazer dela um espaço que comporte o intenso fluxo diurno, bem como crie um espaço agradável de estar 24 horas por dia.

Para isso, acreditamos na importância de readequar a praça, tanto no seu espaço público, quanto dentro das grades da atual sede da Secretaria da Educação (edifício Caetano de Campos) e do colégio infantil.

Quebrar as barreiras existentes. Interligar os fluxos. Unir distintas camadas sociais. Animar sem destruir.

­Para que tais objetivos sejam possíveis, vamos fazer dessa praça um local de intensa vida cultural.

Fazendo uma análise da região central, principalmente nos arredores da Praça da República, e tomando como referência a aula “Teatro e Cidade” da Cibele Forjaz, percebemos que instituições teatrais, desde meados da década de 60 até os dias atuais, tem muita força nessa região.

Assim, é possível identificar uma série de pequenos teatros, tais como: Teatro de Arena, Sátyros, SP Escola de Teatro, entre outros. Além de terem uma grande importância como difusores de cultura, eles também merecem atenção pela forma como estabelecem a relação com o entorno, que podem ocorrer principalmente de duas formas: tratando de temáticas que ocorrem no entorno – travestis na Praça Roosevelt, por exemplo- e também a consolidação de uma série de debates que giram em torno de questões culturais e políticas que acabam ocorrendo em bares próximos.

Além disso, a associação entre teatro e cidade foi ainda mais enriquecida pela lei de fomento, de 2002. Ela tem por objetivo desenvolver diversos espaços públicos desempenhando o importante papel de revitalização de áreas degradadas, inaugurando novos espaços teatrais e levando o teatro às ruas da cidade.

Assim, o objetivo do trabalho é trazer uma vida noturna ligada ao teatro para a Praça da República, para fazer desse grande espaço público no centro da cidade um espaço em que a as dinâmicas não parem.

Fazer do edifício Caetano de Campos um polo de educação e cultura, um prédio que abrigue diversos usos, entre eles uma escola de teatro, banheiros públicos, exposições, e um centro de apoio aos moradores de rua. Projetar a praça como um palco de manifestações artísticas, culturais, teatrais para a cidade.

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PRIMEIRA ENTREGA

Acordar. Levantar. Comer. Vestir. Sair. Dirigir. Chegar. Andar. Sentar. Levantar. Desenhar. Escrever. Mandar. Falar. Comer. Rir. Voltar. Deitar.

Quarto. Banheiro. Sala. Casa. Hall. Elevador. Escada. Portaria. Calçada. Rua. Avenida. Ônibus. Metrô. Trem. Vagão. Banco. Escada Rolante. Faculdade. Escritório. Estúdio.

Pertencer. Intimidade. Afastamento. Existência. Segurança. Privacidade. Coletivo. Inspiração.

A rotina pode ser pensada em diversas escalas e de acordo com diversos componentes. Pode ser vista como uma sucessão de eventos e ações em determinados espaços que, quando repetidas diversas vezes, acabam por formar uma rotina e que, por sua vez, compõem cotidianos.

Afinal, o que faz com que as pessoas se imponham uma série de “regras de comportamento” para o cotidiano? O que faz com que as pessoas se sintam confortáveis em um espaço para torná-los da rotina? Praticidade? Segurança? Iluminação? Transporte?

O comportamento das pessoas é moldado tanto por componentes externos, ligados às dinâmicas sociais, quanto a componentes internos, como as sensações e, consequentemente, a combinação desses componentes internos e externos.

Um dos principais componentes externos que compõem a rotina de uma pessoa é o espaço-tempo. Em pleno século XXI, esse espaço-tempo pode estar se referindo a inúmeras “fórmulas”, considerando todas as dinâmicas de tempos, espaços e ritmos que cercam a sociedade globalizada.

Nesse sentido, vivemos em uma época muito rica, em que não existe um único ritmo que organiza a sociedade. Ao longo da humanidade, alguns ritmos predominaram e castraram as pessoas de seus respectivos tempos, como o sol, os sinos das igrejas e as sirenes das fábricas. Hoje vivemos ritmos dessincronizados. É necessário tornar a cidade viável para todos esses ritmos.

Entendendo a importância dessa noção de espaço-tempo podemos entender as dinâmicas que compõem a vida nas cidades. É impossível pensá-las desvinculando a questão espacial com a questão temporal.

A cidade não pode ser analisada da mesma forma 24 horas por dia, 7 dias por semana. Apesar do cenário permanecer o mesmo, os personagens se alteram, as demandas mudam e os fluxos são outros.

“Uma outra cidade entra em cena com suas luzes, sua decoração, seus novos atores. A mesma, no entanto, uma outra. ”

Assim, como pensar um espaço que seja viável para um pleno funcionamento? Uma cidade que abrigue tanto o dia quanto a noite? Pensar o direito à cidade é pensar o direito de poder usufruí-la 24 horas por dia.

“(…) a partir da noite podemos pensar o dia (…) a noite é uma espécie de caricatura do dia.”

Ao olhar para noite, deve-se analisar uma série de signos que estão intrínsecos à ela. É necessário iluminar sem destruir. Animar, respeitando os ritmos biológicos. Pensar em seguranças públicas para substituir o toque de recolher. Criar uma continuidade entre centro e periferia. Regular ao mesmo tempo que mantém o caráter transgressivo. Não deixar ao acaso do mercado imobiliário. É preservar o mistério. É cuidar do espaço público sem esquecer do privado.

Além disso, deve-se entender que a noite ficou reduzida. A princípio era considerada as oito horas improdutivas, em negação as oito horas de trabalho (noite – não oito | night – no eight). Atualmente, no contexto específico da cidade de São Paulo, as horas de “negação da cidade” são justamente as horas em que seu fluxo é interrompido, em que as catracas do metro param de girar. É o período entre meia-noite e 4h40 da manhã.

Os fluxos param, mas a vida continua. O que sobra dos espaços que cercam o metrô? Quais as atividades que continuam animando a cidade? O que os cidadãos fazem enquanto esperam a abertura do metro?

“Há em São Paulo vários espaços abertos sem uso. (…) Ao usar esses espaços ou entregá-los aos grupos da cidade, abre-se a perspectiva de uma futura e crescente indústria criativa na cidade. ”

Dessa forma, acreditamos na importância de trabalhar o fluxo interrompido do metrô durante a noite em conjunto com os grandes espaços abertos da cidade.

Animar espaços sem segurança e sem iluminação, tornando-os convidativos para quebrar as barreiras que existem nas grandes cidades. Povoar ao invés de controlar.

Assim como afirma Mirik Milan, prefeito noturno de Amsterdã: “Para realmente construir um sistema econômico em Amsterdã que funcione 24 horas por dia, sete dias por semana, precisamos nos concentrar em criar uma região 24 horas dentro da cidade. ”

Não poderia ser diferente em uma cidade como São Paulo. Para entender a dinâmica dessa grande metrópole é precisar olhar com mais cuidado para uma pequena área da cidade.

Com isso, enxergamos na Praça da República um potencial muito forte. A união entre uma grande área pública, localizada no centro da cidade, e o fluxo de cerca de 4 milhões de passageiros por dia interrompido.

A possibilidade de fazer dessa grande praça um lugar que seja convidativo 24 horas por dia, seja com eventos mais simples do cotidiano, seja estendendo eventos culturais que já acontecem, como o maracatu baque cidade e a feira de comida e de artesanatos. Fazer com que as pessoas possam usufruir da praça mesmo enquanto a estação estiver fechada.

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