PASSAGENS – G23

1ª ETAPA

A proposta de se discutir uma noção tão ampla quanto as passagens na cidade de São Paulo se torna uma tarefa complexa, uma vez que engloba todo um universo ideário, imagético e conceitual baseado em questões como:

os fluxos: o ato de ir e vir;
os não-fluxos, ou anti-fluxos: as dificuldades no ir e vir – barreiras físicas, sociais, culturais, econômicas;
a qualidade dos fluxos: passeios ou meras ligações burocráticas.

a espacialidade: a passagem como o espaço “entre”, espaço de transição;
a qualidade dos espaços: as idiossincrasias e potencialidades dos espaços que se conectam.

as escalas: escalas do pedestre, do automóvel, do objeto construído, que tantas vezes se esbarram e se interpelam ao longo da cidade.

Tendo como ponto de partida as questões levantadas, fomos em busca de uma região que abarcasse a maioria das mesmas, de modo a apresentar uma real necessidade de intervenção. Se mostrou de interesse comum do grupo estudar mais sobre a localidade da Av. Tiradentes, primeiramente, em função da grande barreira que ela representa para os bairros da Luz e do Brás. Apesar da Avenida ser um importante eixo rodoviário e propor uma ligação fundamental na cidade, ela possui poucas conexões entre seus dois lados, principalmente na escala do pedestre, e quando as possui, as passagens são burocráticas, não convidativas, gerando uma série de situações e dinâmicas particulares, muitas vezes, segregatórias.

Outro ponto que nos chamou a atenção para a Tiradentes é a da existência de inúmeros equipamentos culturais em suas imediações e o modo como eles são (ou deixam de ser) articulados. Além disso, a avenida possui fundamental papel na história da urbanização da cidade de São Paulo, tendo sido “estrada real” no período colonial, e conta ainda com sua topografia plana preservada, tendo um potencial fundamental para a exploração de vistas.

Desse modo, visamos uma intervenção que tivesse por objetivo “costurar” as regiões da Luz e do Brás por meio da ligação dos equipamentos públicos culturais da área, propondo um percurso. Assim, nossa maquete mostra justamente a trama da cidade reconectada, literalmente costurada, propondo novas relações e dinâmicas e por consequência, novos tipos de apropriação.

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Cronograma:

ETAPA 02: DESENVOLVIMENTO
Semana 06     Orientação 1     Atualizar base, finalizar levantamentos, elaborar diagrama de fluxos
Semana 07     Orientação 2     Iniciar projeto
Semana 08     Orientação 3     Trabalhar os produtos, elaboração de maquete de estudos
Semana 09     Avaliação Intermediária
Semana 10     Viagem de estudos
Semana 11     Seminário com orientadores do dia

 

 

ETAPA 03: SÍNTESE
Semana 12     Orientação 1     Reavaliar o projeto
Semana 13     Orientação 2     Desenvolver o projeto
Semana 14     Orientação 3     Detalhar o projeto
Semana 15     Orientação 4     Trabalhar os produtos
Semana 16     SEMANA DO EV
Semana 17     BANCAS FINAIS

 

2ª ETAPA

Após as primeiras investigações acerca do tema mais abrangente das passagens e das primeiras análises do local escolhido para intervenção, a Avenida Tiradentes, partimos para a definição de uma área de trabalho mais pontual.

Desde o início de nossa pesquisa, o “nó” da Avenida Tiradentes, com a Passarela das Noivas e a linha do trem nos chamou muito a atenção por ser um local extremamente problemático. A diferença de níveis e a intermodalidade se articulam de uma forma muito precária e confusa, gerando assim uma violenta barreira na escala do pedestre. A barreira se dá na escala do pedestre em função do evidente privilégio do automóvel na Avenida. Enquanto em muitos momentos o pedestre se encontra “encurralado” entre muros e tendo que utilizar um espaço muito restrito de calçada, o automóvel desfruta de inúmeras pistas.

Buscamos, assim, uma intervenção que requalificasse o trajeto do pedestre, mas que não prejudicasse o automóvel, já que, a Avenida é um importante eixo de ligação Norte/Sul na cidade. A solução se apresentou por meio da apropriação dos dois canteiros da Tiradentes, que atualmente, contam com “respiros” da linha do trem. O canteiro localizado mais próximo à rua Paula Souza é ampliado e ganha uma nova chegada da Passarela das Noivas, dessa vez, mais ampla, “desafogada”, além de um bicicletário, um ponto de ônibus (realocado da própria Tiradentes) e reformulação paisagística.

O canteiro mais próximo à Pinacoteca ganha também um ponto de ônibus, um bicicletário e reformulação paisagística. Desse modo, visamos deixar o entorno da Passarela das Noivas mais convidativo e agradável. A própria passarela também é local de intervenção, sendo ampliada e tendo a incorporação de uma ciclovia, o que justifica a necessidade dos bicicletários nos antigos canteiros. Com a reforma da passarela, visamos a valorização das vistas da Tiradentes, assim como, a criação de um ambiente mais prazeroso ao transeunte.

Outro ponto de intervenção é a praça que fora construída com as obras da linha amarela do metrô. Atualmente, essa praça é extremamente árida e conta com um fluxo baixíssimo. A ideia é incorporar a Passarela das Noivas a uma marquise localizada nessa praça, que conta com uma área comercial e de permanência.

É proposto também o alargamento de calçadas, a construção de novas ciclovias e a incorporação de faixas de pedestres entre a Pinacoteca e a área próxima ao Museu de Arte Sacra, assim, a passarela não é a única conexão entre os dois lados da Avenida, gerando possibilidades de percursos.

Desse modo, visamos melhorar o  caminho do pedestre e por consequência, estabelecer um maior fluxo entre os dois lados da Avenida, conectando os bairros da Luz e do Brás e trazendo uma nova forma de viver essa região tão importante da cidade.

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3ª ETAPA