G24 Edifício Peixoto Gomide

Ocupação Reconhecer São Paulo

Sao Paulo é uma cidade humana. Com 12,04 milhões de habitantes, 2139 km2 urbanizados e dividida em 146 mil quarteirões, se encontram e desencontram diversas culturas e perfis diferentes. Estes se aglomeram em espaços e formam micro cosmos próprios. Dentro deles procuramos estudar outra parte muito humana dessa cidade: suas contradições relacionadas as diferentes maneiras de habitar dentro dos perfis consolidados nos bairros.

O IBGE  classifica os domicílios de SP em 6 categorias: Casa isolada ou de condomínio, Casa de conjunto popular aglomerado, Casa em aglomerado subnormal, Apartamento isolado ou de condomínio, Apartamento em conjunto residencial popular, Apartamento aglomerado subnormal. Nenhuma dessas coabita o mesmo bairro.

Pretendemos traçar um perfil do morador e da habitação predominante em bairros que encontramos uma situação que contradiz o mesmo. A metodologia inicial para fazer o mesmo seria a partir de imagem, texto, desenho, entrevista, etnografia, vivenciar os espaços, e tentar compreender a relação
entre os dois lados.

Foram coletadas algumas novidades sobre o andamento do trabalho em relação a situação atual da ocupação da Oscar Freire com a Peixoto Gomide e sobre a reintegração de posse que presenciamos no dia 22/09.

Estamos em um processo de levantamento do edifício, de sua historia, do processo jurídico e das pessoas que fizeram parte dessa ocupação. O contexto dessa ocupação é muito relevante para entendermos esse fenômeno urbano. Queremos reunir e organizar o máximo de informações possíveis num primeiro momento, já com uma proposição expográfica para na ultima etapa desenvolver a produção desse material.

Durante a orientação discutimos algumas maneiras de representar todo esse material. Algumas ideias iniciais foram colocadas: linha do tempo, historia em quadrinhos, infografia etc.

Para isso, acompanhamos o processo judicial que está em curso para entender o a situação que opõem os moradores, os ocupantes e o proprietário da Santa Alice Hotelaria e Construtora. Além disso mantivemos contato com alguns moradores que estiveram na ocupação do Edifício Peixoto Gomide e se encontram agora em uma escola ocupada no Guarapiranga.

Atualmente há 10 famílias morando na escola abandonada, na Av. Atlântica, 3031.

Fora as pessoas com quem conversamos, outros moradores são: o Piauí, a Cleide, o André com sua esposa e seus dois filhos, e o Fernando com sua esposa e seus nove filhos.

Eles já receberam notificação de reintegração e tem apenas mais 15 dias para ficar lá. Provavelmente vão voltar pra um edifício que já foi ocupado por eles nas redondezas do Aeroporto de Congonhas.


Etapa Final
Em São Paulo se encontram diversas situações que refletem a questão da moradia e suas organizações. Dentro delas procuramos estudar uma parte muito humana dessa cidade: suas contradições relacionadas as diferentes maneiras de habitar dentro dos perfis consolidados nos bairros.
Observando a contradição social estabelecida entre diferentes moradores de uma região devido a situação de sua habitação, nos aproximamos de uma ocupação contextualizada num bairro central da cidade. Traçamos um perfil dos moradores e da relação cotidiana entre eles e outros que convivem e cohabitam a rua Oscar Freire.
Fizemos o levantamento do edifício, de sua historia, do processo jurídico e das pessoas que fizeram parte dessa ocupação. O contexto dessa ocupação é muito relevante para entendermos esse fenômeno urbano que pouco foi discutido devido sua contemporaneidade.
Ao longo do desenvolvimento do trabalho ocorreu a reintegração de posse da ocupação e devido à isso utilizamos como principal metodologia acompanhar as pessoas e investigar sua trajetória de vida, reunindo e organizando o máximo de informações. Ficou muito evidente que a proximidade com o centro é de grande relevância para essas pessoas uma vez que dizem que a ocupação é sua melhor escolha dentro das opções.