O ESPAÇO DO COTIDIANO | Grupo 26

Entrega 1

_texto | espaços do cotidiano | o lixo urbano

É sabido que o cotidiano das pessoas que vivem numa grande metrópole pode variar muito de acordo com gênero, idade e classe social. Os espaços do cotidiano não são diferentes: cada espaço possui uma dinâmica que resulta em um cotidiano específico. Assim, o cotidiano de um hospital é diferente de uma instituição de ensino; de um estabelecimento comercial; residencial; etc.
Entretanto, independente de quem você é ou qual espaço que esta se ocupando no cotidiano, a produção de lixo é comum a todas as pessoas da cidade, o que por si só já demonstra sua importância e chama atenção para os seus desafios.

Entende-se por lixo todo e qualquer resíduo solido descartado pelas atividades humanas. Vivemos uma sociedade de produção de massa, industrial e de consumo, na qual o lixo se tornou a outra face da moeda dessa cultura industrial. Dentro dessa lógica, os EUA é o pais que mais produz lixo no mundo. cada americano produz, em media, 2,3kg de lixo por dia, sendo geradas 232 milhões de toneladas de lixo urbano por ano. O Brasil produz aproximadamente 35 milhões de toneladas por ano, com uma média de 0,7 a 0,8 kg per capita por dia. A cidade de São Paulo, com suas 20 150 toneladas diárias, é a terceira cidade que mais produz lixo no mundo, atrás de Tóquio e Nova York.
A composição do lixo varia de acordo com cada pais. No Brasil 52,5% do lixo urbano produzido é matéria orgânica; 24,5% papel; 2,9% plástico; 2,3% metal; 1,6% vidro; 16,2% outros (pneu, ispor, madeira, couro, etc). (DADOS: PHILIPPI JÚNIOR, 1999 E EPA, 2002)

O brasileiro convive com a maioria do lixo que produz. Grande parte do lixo é enviado para os lixões a céu aberto. O lixo, assim descartado, causa problemas à saúde pública pela proliferação de ratos, moscas e baratas. Além disso, o meio ambiente sofre pela contaminação do solo – que pode atingir o lençol freático – e o próprio ar. A decomposição de matéria orgânica nos aterros sanitários ou lixões produz metano (CH4) ou dióxico de carbono (CO2), gases responsáveis pelo efeito estufa.
Para equacionar o problema dos lixões, segundo Projeto “Meio Ambiente, Cidadania e Educação” desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Educacional da UNICAMP e a empresa Tetra Pak Ldta a solução mais adequada é o gerenciamento integrado do lixo, o que envolve o uso racional e associado das seguintes medidas: redução do lixo gerado, aterros sanitários, incineração com recuperação de energia, compostagem e reciclagem.

Diante da grandeza e complexidade que o assunto traz em seu bojo e dos problemas de ordem social e econômica que o lixo do cotidiano já apresenta, , o grupo não tem a pretensão de adentrar no tema de forma geral e sim entender a logística do lixo na escala de um edifício e contribuir, de forma prática, com uma proposta de aplicação de um novo sistema para que a melhor condução e reaproveitamento do lixo.
A Escola da Cidade – espaço do cotidiano de todos os integrantes do grupo – foi escolhida para estudo de caso. Um primeiro olhar sobre a separação do lixo na faculdade já indica que podemos melhorar: nas salas de aula, por exemplo, apesar de haver dois tipos de balde não existe uma separação clara entre o lixo orgânico e inorgânico.

O trabalho visa também interagir com dois outros projetos que estão acontecendo paralelamente na Escola da Cidade: Permacultura na Cidade e Acupuntura Urbana (trabalho do 4 ano para Urbanismo). Enquanto o primeiro está buscando estabelecer novo sistema de captação e tratamento de agua dentro da faculdade, o segundo propõe que o espaço das varandas seja feito o cultivo de plantas para o nosso consumo. Assim, um novo sistema de separação de lixo pode complementar tais projetos e fazer a faculdade como um todo se tornar cada vez mais sustentável.

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Entrega 2

_texto | espaços do cotidiano

É sabido que o cotidiano das pessoas que vivem numa grande metrópole pode variar muito de acordo com gênero, idade e classe social. Os espaços do cotidiano não são diferentes: cada espaço possui uma dinâmica que resulta em um cotidiano específico. Assim, o cotidiano de um hospital é diferente de uma instituição de ensino; de um estabelecimento comercial; residencial; etc.
Porém, independente de quem você é ou qual espaço que está se ocupando no cotidiano, a produção de lixo é comum a todas as pessoas da cidade, o que por si só já demonstra sua importância e chama atenção para os seus desafios.

Entretanto, o que é lixo?

Segundo a arquiteta norte-americana Asa Berggren, cujo mestrado abordou a ressignificação do lixo na arquitetura, “nada é intrinsicamente lixo”. Segundo ela, o conceito de lixo é produto de um sistema de classificações social. Assim, por estar diretamente relacionado e definido como o oposto daquilo que se acha limpo ou produtivo, o conceito de lixo muda conforme esse sistema de classificação muda, fazendo com que o que é lixo para uma sociedade para não ser para outra.

Apesar então de sabermos que o lixo e a sujeira são partes inevitáveis do nosso cotidiano, nosso esforço de escondê-lo e reprimi-lo se expressa de muitas maneiras. A começar pelo próprio cesto ou saco de lixo que raramente nos permite ver o seu conteúdo; projetos cada vez mais sofisticados para termos cada vez menos contato com o lixo; e até mesmo a distância que se estabelece entre os principais aterros e o centro da cidade.

Ao nos separarmos do que consideramos lixo, é como se estivéssemos reafirmando nossa condição de não-lixo e, portanto, de seres produtivos e limpos. A antropóloga Mary Douglas diz “dirtismatter out ofplace”, sugerindo que o rótulo de sujeira não descreve a natureza de algo, mas implica em uma violação de limites de ordem social. O urbanista Kevin Linch complementa tal pensamento ao dizer “filthisdirt too close”, apontando a diferença entre a nossa relação com o lixo de casa e o lixo da rua; o lixo em cima da mesa e o lixo no chão.

Assim, é possível concluir que lixo é uma questão de lugar. Se um papel está em cima da mesa, ele é só um papel. Se o mesmo papel está no chão, ele é considerado lixo. E da mesma maneira que não gostamos de lixo por perto, existem pessoas e atividades que são consideradas “fora de local” – não que elas representem algum tipo de perigo, mas não estão em local apropriado. Assim, se colocarmos um objeto, pessoa ou atividade indesejável em ordem, ela passa a não ser mais lixo.

O local escolhido para intervenção foi o quarteirão da Escola da Cidade. Além de fazer parte do cotidiano de todos os integrantes do grupo, o quarteirão apresenta todas as formas de “lixo” apresentado: há a presença de objetos, atividades e pessoas socialmente indesejáveis. Complementar a isso, o quarteirão em questão possui estacionamentos (que também podem ser considerados lixo, uma vez que só são estacionamentos por conta da especulação imobiliária e, portanto, se localizado na periferia seria muito provavelmente um terreno baldio) que atravessam o miolo de quadra, criando a oportunidade de projeto para resignificar o lixo encontrado na quadra dentro dessa rua que se forma.

pessoa  objeto

atividade

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Entrega 3

_texto | espaços do cotidiano | o lixo urbano

É sabido que o cotidiano das pessoas que vivem numa grande metrópole pode variar muito de acordo com gênero, idade e classe social. Os espaços do cotidiano não são diferentes: cada espaço possui uma dinâmica que resulta em um cotidiano específico. Assim, o cotidiano de um hospital é diferente de uma instituição de ensino; de um estabelecimento comercial; residencial; etc.
Porém, independente de quem você é ou qual espaço que está se ocupando no cotidiano, a produção de lixo é comum a todas as pessoas da cidade, o que por si só já demonstra sua importância e chama atenção para os seus desafios.
Entretanto, o que é lixo?
Segundo a arquiteta norte-americana Asa Berggren, cujo mestrado abordou a ressignificação do lixo na arquitetura, “nada é intrinsicamente lixo”. Segundo ela, o conceito de lixo é produto de um sistema de classificações social. Assim, por estar diretamente relacionado e definido como o oposto daquilo que se acha limpo ou produtivo, o conceito de lixo muda conforme esse sistema de classificação muda, fazendo com que o que é lixo para uma sociedade passa a não ser para outra.
Apesar então de sabermos que o lixo e a sujeira são partes inevitáveis do nosso cotidiano, nosso esforço de escondê-lo e reprimi-lo se expressa de muitas maneiras. A começar pelo próprio cesto ou saco de lixo que raramente nos permite ver o seu conteúdo; projetos cada vez mais sofisticados para termos cada vez menos contato com o lixo; e até mesmo a distância que se estabelece entre os principais aterros e o centro da cidade.
Ao nos separarmos do que consideramos lixo, é como se estivéssemos reafirmando nossa condição de não-lixo e, portanto, de seres produtivos e limpos. A antropóloga Mary Douglas diz “dirtismatter out ofplace”, sugerindo que o rótulo de sujeira não descreve a natureza de algo, mas implica em uma violação de limites de ordem social. O urbanista Kevin Linch complementa tal pensamento ao dizer “filthisdirt too close”, apontando a diferença entre a nossa relação com o lixo de casa e o lixo da rua; o lixo em cima da mesa e o lixo no chão.
Assim, é possível concluir que lixo é uma questão de lugar. Se um papel está em cima da mesa, ele é só um papel. Se o mesmo papel está no chão, ele é considerado lixo. E da mesma maneira que não gostamos de lixo por perto, existem pessoas e atividades que são consideradas “fora de local” – não que elas representem algum tipo de perigo, mas não estão em local apropriado. Assim, se colocarmos um objeto, pessoa ou atividade indesejável em ordem, ela passa a não ser mais lixo.
O local escolhido para intervenção foi os sete quarteirões que rodeiam a Rua General Jardim. Além de fazer parte do cotidiano de todos os integrantes do grupo, o quarteirão apresenta todas as formas de “lixo” apresentado.
Nossa proposta visa criar a oportunidade de trabalhar com o lixo produzido na quadra dentro dessa rua que se forma. Escolhemos o terreno de dentro da quadra da Escola da Cidade que é formado por estacionamentos para criar um espaço onde o lixo é reciclado, processado e resignificado. Percebemos que as 7 quadras têm +/- 1500 pessoas e elas produzem 2100 kg de lixo, ou seja, 10,5 m3 diários. A partir disso, baseamos o nosso projeto em uma ideologia de unir programas com ambientes que variam entre o processo de reciclagem do lixo e oficinas que trabalham em cima do mesmo reutilizado. Sendo assim, separamos o terreno em três áreas: O terreno como receptor e separador – seria onde todo o lixo é recebido pelas pessoas que habitam as quadras vizinhas. Projetamos tubos onde as pessoas possam depositar o lixo separado pela sua matéria; orgânico, plástico, papel, metal e vidro. Cada tubo tem sua função específica; o do papel, por exemplo, contém um triturador no meio onde o papel, ao descer, já inicia seu processo de reciclagem chegando ao seu destino picotado. A segunda área seria o terreno como educador – ou seja, depois de separado e limpo o lixo reciclado é reutilizado e transformado nas oficinas. Sendo assim, o oficina propõem educar as pessoas mostrando qual o seu processo de reciclagem e o que pode ser feito depois. A terceira área é o terreno comercial – depois de serem reutilizados e reproduzidos, os artigos produzidos serão vendidos ou doados.
Para incentivar a todos a fazer parte de todo o processo criado, pensamos em um esquema que a pessoa que recicla o lixo e deposita-o em nosso terreno receba um crédito no qual ela possa gastar para receber o mesmo lixo e reutiliza-lo. Assim, isso diminuirá significamente a quantidade de lixo produzida e ao mesmo tempo conscientizará todas as pessoas da nossa área, consequentemente da cidade.

 

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Entrega 4 – Final

_texto | espaços do cotidiano | o lixo urbano

É sabido que o cotidiano das pessoas que vivem numa grande metrópole pode variar muito de acordo com gênero, idade e classe social. Os espaços do cotidiano não são diferentes: cada espaço possui uma dinâmica que resulta em um cotidiano específico. Assim, o cotidiano de um hospital é diferente de uma instituição de ensino; de um estabelecimento comercial; residencial; etc.

Porém, independente de quem você é ou qual espaço que está se ocupando no cotidiano, a produção de lixo é comum a todas as pessoas da cidade, o que por si só já demonstra sua importância e chama atenção para os seus desafios.

Mas olhando mais atentamente, o que é lixo?

Segundo a arquiteta norte-americana Asa Berggren, cujo mestrado abordou a ressignificação do lixo na arquitetura, “nada é intrinsicamente lixo”. Segundo ela, o conceito de lixo é produto de um sistema de classificações social. Assim, por estar diretamente relacionado e definido como o oposto daquilo que se acha limpo ou produtivo, o conceito de lixo muda conforme esse sistema de classificação muda, fazendo com que o que é lixo para uma sociedade passa a não ser para outra.

Apesar então de sabermos que o lixo e a sujeira são partes inevitáveis do nosso cotidiano, nosso esforço de escondê-lo e reprimi-lo se expressa de muitas maneiras. A começar pelo próprio cesto ou saco de lixo que raramente nos permite ver o seu conteúdo; projetos cada vez mais sofisticados para termos cada vez menos contato com o lixo; e até mesmo a distância que se estabelece entre os principais aterros e o centro da cidade.

Ao nos separarmos do que consideramos lixo, é como se estivéssemos reafirmando nossa condição de não-lixo e, portanto, de seres produtivos e limpos. A antropóloga Mary Douglas diz “dirtismatter out ofplace”, sugerindo que o rótulo de sujeira não descreve a natureza de algo, mas implica em uma violação de limites de ordem social. O urbanista Kevin Linch complementa tal pensamento ao dizer “filthisdirt too close”, apontando a diferença entre a nossa relação com o lixo de casa e o lixo da rua; o lixo em cima da mesa e o lixo no chão.

Assim, é possível concluir que lixo é uma questão de lugar. Se um papel está em cima da mesa, ele é só um papel. Se o mesmo papel está no chão, ele é considerado lixo. E da mesma maneira que não gostamos de lixo por perto, existem pessoas e atividades que são consideradas “fora de local” – não que elas representem algum tipo de perigo, mas não estão em local apropriado. Assim, se colocarmos um objeto, pessoa ou atividade indesejável em ordem, ela passa a não ser mais lixo.

O local escolhido para intervenção foram os sete quarteirões que rodeiam a Rua General Jardim. Além de fazer parte do cotidiano de todos os integrantes do grupo, o quarteirão apresenta todas as formas de “lixo” apresentado. Após estudar os espaços residuais que existem nessa área, optamos pelo que nos possibilitaria criar uma espacialidade mais interessante, uma rua que corta a quatra, logo atrás da escola da cidade.

Nossa proposta visa criar a oportunidade de trabalhar com o lixo produzido por estas sete quadras dentro dessa rua que se forma. Escolhemos o terreno de dentro da quadra da Escola da Cidade que é formado por estacionamentos para criar um espaço onde o lixo é reciclado, processado e resignificado. Percebemos que as 7 quadras têm +/- 1500 pessoas e elas produzem 2100 kg de lixo, ou seja, 10,5 m3 diários. Verificamos qual é a tipologia desses 10,5m3 de lixo, e qual era o espaço que cada material necessita para ser reciclado, e transformado em oficina, pré dimensionamos a área que seria necessária. O segundo paço foi verificar as condicionantes do entorno, desde suas empenas aos usos. Criamos então o desenho de cheios e vazios, onde as oficinas – que são o local de depósito do material a ser reciclado – ficam no centro da quadra, instigando o transeunte a explorar o lugar. os vazios são área de convívio, para que este também seja um local de permanência e convivência. O lixo orgânico tem um processo de transformação diferente dos outros materiais, pois uma vez na composteira, é o tempo e não o homem que pode transforma-lo. Para evidenciar esse processo, criamos as paredes de compostagem, logo no acesso pela rua Araujo. Elas fazem com que o transeunte tenha que contorna-las, percebendo o processo realizado pelo tempo, transformando tudo em terra fértil. na outra ponta da nossa rua aberta, no acesso pela própria general jardim, temos um auditório, para que esteja seja também um local de aprendizado e troca de conhecimento.

Pensando no impacto construtivo desse edifício-praça, nossa estrutura é feita de madeira, de forma modular; os fechamentos são feitos a partir dos materiais reciclados nas oficinas. Geramos energia com placas solares na cobertura e a água da chuva é captada e reutilizada.

Para incentivar a todos a fazer parte de todo o processo criado, pensamos na retribuição do lixo depositado com créditos, que ela pode usar para recarregar o bilhete único, pagar contas, comprar comida na nossa lanchonete. Assim, isso diminuirá significamente a quantidade de lixo produzida e ao mesmo tempo conscientizará todas as pessoas da nossa área, consequentemente da cidade.

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ENTREGA 04