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1ª Etapa

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2ª Etapa

ensaios sobre o público

O tema +- estabelece como algo relacionado a escala da cidade e do espaco público e como nossa história de cidade está atrelada a esta dinâmica da adição e da subtração. Porém, ao se tratar de espaço público, principalmente nas cidades brasileiras (em especial São Paulo), observamos uma certa incompreensão sobre este espaço. Diversas sao as teorias que problematizam a questão do espaço público, no entanto, não dão conta de contemplar, plenamente, especificidades de nossos espaços. Talvez seja por conta do nosso passado colonial, no qual a escravidão era uma realidade e que ao passar por um processo de modernização, e de industrialização, manteve suas relações de desigualdade social e tendo patriarcalismo enraízado, mesmo em sua sociedade contemporânea. A sociedade brasileira estabelece-se no patrimonialismo que, segundo a sociologia, é a prática de tratar assuntos públicos como privados, por conta disso, a esfera pública se entorpece e o espaço público fica incompreendido. Nos é familiar espaços em abandono, gradeados, murados, que fecham, privatizados. Isso ocorre pois o indivíduo não compreende o espaço público como algo pertencente a ele sendo coletivo e depende do zelo de todos. Talvez por isso, a obra de Cildo Meirelles e de Richard Serra sejam tão emblemáticas , pois agem como ativadores do espaço público.

Ao observar uma praia carioca ou a av paulista aos domingos, desmentimos o que foi anteriormente dito. Observamos um lugar onde a mistura e a alteridade se dão, um lugar onde se é dificil estabelecer lógicas de exclusão. Esta exceção seduz. Como se estabelece o caráter de uso dos espaços? Como estes espaços se realizam durante dinâmicas cotidianas? O espaço público e estas perguntas servem de guia do nosso trabalho , que tem como premissa ensaios que aproximam representação dos espaços em arquitetura e suas especificidades, como a cartografia e as dinamicas e sensacoes.

Compreendemos que a cartografia, nos dias atuais, já não possui mais as mesmas utilidades de antes, durante as grandes navegações ,tendo em vista que, com o advindo da internet, podemos navegar em qualquer lugar. Portanto, há, na cartografia, uma possibilidade de não redução do objeto representado, hipóteses que determinam um campo de trabalho. Ou seja, as representações usadas pela internet não atingem as possibilidades do espaço representado.

Justamente por ser uma exceção à regra, a av paulista parece ser um endereço muito promissor para se iniciar ensaios cartográficos. Sua flexibilidade de usos , de fluxo e de alteração de dinâmicas determinam um escopo muito rico e justificam onde este trabalho se focará.

 

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3ª Etapa

ensaios sobre o público – da metrópole ao usuário

­­O tema +- estabelece como algo relacionado a escala da cidade e do espaco público e como nossa história de cidade está atrelada a esta dinâmica da adição e da subtração. Porém, ao se tratar de espaço público, principalmente nas cidades brasileiras (em especial São Paulo), observamos uma certa incompreensão sobre este espaço. Diversas sao as teorias que problematizam a questão do espaço público, no entanto, não dão conta de contemplar, plenamente, especificidades de nossos espaços. Talvez seja por conta do nosso passado colonial, no qual a escravidão era uma realidade e que ao passar por um processo de modernização, e de industrialização, manteve suas relações de desigualdade social e tendo patriarcalismo enraízado, mesmo em sua sociedade contemporânea. A sociedade brasileira estabelece-se no patrimonialismo que, segundo a sociologia, é a prática de tratar assuntos públicos como privados, por conta disso, a esfera pública se entorpece e o espaço público fica incompreendido. Nos é familiar espaços em abandono, gradeados, murados, que fecham, privatizados. Isso ocorre pois o indivíduo não compreende o espaço público como algo pertencente a ele sendo coletivo e depende do zelo de todos. Talvez por isso, a obra de Cildo Meirelles e de Richard Serra sejam tão emblemáticas , pois agem como ativadores do espaço público.

Ao observar uma praia carioca ou a av paulista aos domingos, desmentimos o que foi anteriormente dito. Observamos um lugar onde a mistura e a alteridade se dão, um lugar onde se é dificil estabelecer lógicas de exclusão. Esta exceção seduz. Como se estabelece o caráter de uso dos espaços? Como estes espaços se realizam durante dinâmicas cotidianas? O espaço público e estas perguntas servem de guia do nosso trabalho , que tem como premissa ensaios que aproximam representação dos espaços em arquitetura e suas especificidades, como a cartografia e as dinâmicas e sensações.

Compreendemos que a cartografia, nos dias atuais, já não possui mais as mesmas utilidades de antes, durante as grandes navegações ,tendo em vista que, com o advindo da internet, podemos navegar em qualquer lugar. Portanto, há, na cartografia, uma possibilidade de não redução do objeto representado, hipóteses que determinam um campo de trabalho. Ou seja, as representações usadas pela internet não atingem as possibilidades do espaço representado.

Justamente por ser uma exceção à regra, a av paulista parece ser um endereço muito promissor para se iniciar ensaios cartográficos. Sua flexibilidade de usos , de fluxo e de alteração de dinâmicas determinam um escopo muito rico e justificam onde este trabalho se focará.

A partir de leituras sistemáticas do arquiteto e urbanista italiano Bernardo Secchi ,com foco principal nas representações do plano Grand Paris e o livro Primeira Liçao de Urbanismo. Observamos nestes dois exemplos uma forma de abordagem projetual ,para grandes escalas, muito contemporânea. Uma abordagem que compreende dinâmicas pré-existentes, caráteres dos lugares, identidades e propõem novas formas de usufruir do espaço da cidade. De forma teórica e prática Bernado Secchi parece compreender a cidade de Walter Benjamin , Charles Baudelaire e George Simmels que é impessoal,da massa e,paradoxalmente, da individualidade. Uma cidade na qual o indivíduo se sente a vontade para ser algo que nao se esperaria do mesmo. Neste contexto, o espaço público é palco para a celebração da vida, como na paulista.

Diante deste embasamento teórico, compreendemos que representar ,através de cartografia , apenas aspectos físicos ,materias e tectônicos seria de certo modo prejudicial ao trabalho. A Av.Paulista não é só apenas o concreto, asfalto e luz. O logradouro é muito mais. São as pessoas, suas realidades, suas narrativas, seus cheiros , seus deslocamentos nos espaços, suas rotinas e seus “esbarrões”. Mas a Paulista ,devido sua importância objetiva e afetiva, exerce importantes relações com o resto da cidade, e tendo isso em foco dividimos nossa construção de compreensão do lugar da seguinte forma:

paulista x cidade: nesta chave procuramos compreender as relações que a avenida estabelece com o resto da cidade. Como oque é ,para a cidade , o lugar localizado na cota mais alta. Como é chegar neste lugar.

paulista x paulista: em uma escala mais do local defrontamo-nos com questões mais específicas da avenida . Adentramos em alguns por menores do lugar tendo como objetivo compreender sua espacialidade.

paulista x indivíduo : o que é este lugar para um indivíduo,e como a escala humana interage com o local.

Separando estas três escalas, acreditamos gerar um escopo de mapas capazes de compreender um local. Compreendemos a distinção destas escalas não de forma excludente mas de forma contributiva. A paulista só é a paulista ,pelo o todo que a cerca . Talvez de forma ambiciosa queremos apreender este lugar em sua contemporaneidade, mas explicitamos o caráter de exercício que este trabalho possuí e enxergamos nos erros como grande indicadores. Desta forma caracterizamos o trabalho que segue como uma grande tentativa de representar o que nem sempre é representado( nos dias de hoje) , de formas que são sempre utilizadas(nos dias de hoje) para retratarmos nossa , do grupo, realidade.

 

 

 

 

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Model

 

4ª Etapa

ensaios sobre o público – da metrópole ao usuário

­Fazer uma série de estudos na Paulista com cartografias é o grande resumo do trabalho. Mas na medida que começamos a traçar algumas diretrizes para os mapas sentimos falta de uma estruturação teórica, que nos ajudasse a entender a cidade contemporânea, a cidade em que estamos em que vivemos. Neste escopo encontramos na figura de Bernardo Secchi uma grande referência teórica. Focamos nossa fonte no livro Primeira lição de urbanismo e no projeto Grand Paris. Sentimos uma facilidade de aplicar algumas de suas teorias pois identificamos no urbanista italiano uma falta de desprendimento iconográfico e temporal. Ao ler o livro observamos que o autor apresenta um índice desprendido de uma temporalidade. Secchi faz com que a cidade seja tratada como fenômeno. E ressalta a importância do caráter topológico dos lugares. Olhar para a cidade como uma pluralidade de centros, ou átomos, ou até mesmo fragmentos. A compreensão da atomização dos contextos urbanos- fragmento- assume uma dupla condição: a realidade material em si e a do sujeito que a vivencia. Identificamos na paulista este caráter de fragmento.

A paulista possui diferentes escalas de relação. Uma primeira escala de relação com a metrópole. Ou seja enxergamos a paulista como um grande eixo de conexão na cidade, a facilidade de transporte público, sua posição geográfica na cidade, sua demanda de empregos, influem em uma dinâmica que engloba o funcionamento da cidade como um todo. Sua segunda escala de relação seria a da paulista com ela própria. Nesta escala questões como as meterialidades que a conformam, seus edifícios, sua história são centraias. A terceira escala é a relação da paulista com o indivíduo. Como este espaço se apresenta para o seu usuário e como este interage com o ambiente em que está inserido. Feita esta distinção, dividimos o conteúdos dos mapas em três cadernos, referentes a cada uma destas escalas.

Com isto conceituado, nos lançamos a testar alguns desenhos em um recorte da paulista. O trecho do MASP e parque Trianon foi o selecionado por apresentar uma diversidade de programas e espaços que pareciam ser interessantes desenhá-los. Nossa primeira tentativa foi fazer um Noli deste trecho. O estudo de cheios e vazios parecia ser demais revelador para a área. Porém, ao terminar o desenho vimos que pouco se compreendia dos espaços a partir do Noli, isto se dá ,acreditamos, pelo afastamento histórico de ambas cidades. A Roma de 1748 é muito diferente da São Paulo de 2016. O desdobramento do espaço público em diversos níveis, que observamos no trecho do MASP, parece não ser contemplado pelo método do arquiteto e agrimensor italiano. Neste momento sentimos a necessidade de nos desprender de algumas amarras teóricas e tentar desenvolver mapas que sejam desenvolvidos a partir de necessidades que o grupo levantou sobre o local. Neste movimento de tentar desenvolver problemáticas começamos a compreender relações entre as escalas, por exemplo: no anseio de estudar o movimento de um indivíduo na paulista, percebemos o quanto era significativo sua origem ( paulista<>metrópole x paulista<>indivíduo).

Após fazer 12 famílias de mapas separadas em 3 cadernos e cada caderno referente a uma escala, não compreendemos a paulista em sua totalidade. Nem com mais 12 famílias tal façanha seria possível. As questões da paulista não são respondidas pela simples sobreposição dos mapas produzidos, também não é um ou outro que responde suas especificidades.São o conjunto de fatores e agentes da paulista que a conformam a cada instante e estes estão em constante transformação. Tal conclusão só foi possível após a finalização de todos os desenhos. A imersão que cada mapa propõe, permite uma compreensão de alguns tópicos pontuais que nosso grupo elencou como importante. Além dessses, existem uma infinidade de temas possíveis de serem abordados por um estudo semelhante. Estes temas não são excludentes entre sí, mas, somam-se contribuindo para uma compreensão do objeto de estudo, porém nunca chegando a uma reprodução fidedigna da realidade. Lidamos constantemente com o caráter abstrato do desenho, nunca chegaremos na exata realidade. A intenção dos mapas, é na verdade, indicar uma gama de novos olhares para nossos cotidianos. E a partir disso ressignificar alguns aspectos de nossas concepções dos lugares que habitamos, utilizamos, construímos, usufruímos e desejamos.

 

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