Etapa destinada à aproximação conceitual e intenções de trabalho em relação ao entendimento do tema do semestre. É necessária a indicação de modos e ferramentas de investigação, análise, compreensão e ação no território, como objetivo geral do trabalho.
G01 – Demarcações dos Espaços Judaicos em São Paulo – o Eruv Como Espaço de Confluência
INTEGRANTES: BeatrizIsabel Seber, Lilla Lescher, Tamara Crespin, Victoria Liz Cohen
PROFESSORES: Vinicius Spira | ASSISTENTE: Sheroll Martins | INTERESSE: História, cultura, identidade, território; Meios: Análise bibliográfica, análise cartográfica e análise de imagens
O eruv, proveniente da palavra em hebraico arab (em português; mistura), significa em funções gramaticais a ideia de mistura de pátios – ou seja, uma suposta apropriação do espaço público como meio de expansão do espaço privado da casa (SANTOS, 2020) para assim torná-lo ideologicamente privado, sendo assim, se cria um território onde as premissas do shabat (dia sagrado) podem ser cumpridas mesmo fora do espaço doméstico – como por exemplo, o carregamento de objetos pela cidade.
Como entender esse fenômeno judaico? A proposta de análise do grupo, nesse momento, gira em torno de questionar essa constante procura, de certos grupos ortodoxos, da criação de um lugar judaico, a demarcação territorial de um espaço na diáspora, enquanto espaço sagrado e cultural?. O enfoque deste trabalho se dará ao redor dos eruvim e como eles criam fisicamente e imageticamente espaços judaicos por excelência. Como eles constituem o imaginário da comunidade judaica e regulam os acontecimentos que ali ocorrem, transformando os territórios onde estão inseridos e também sendo influenciados pelo meio urbano não judaico.
G02 – Como os rituais se mantêm e se transformam no espaço da cidade?
INTEGRANTES: Beatriz Hinkelmann, Clara Borges, Carolina Moraes, Daniel Colaviti, Juliana Tegoshi, Maria Piedade
PROFESSORES: Luís Felipe Abbud | ASSISTENTE: Lucas Zabeu | INTERESSE: Cultura
Ao nos depararmos com a situação da etnia Pankararu no contexto da favela do Real Parque em São Paulo, e identificarmos a situação migratória indígena como um movimento que, ao chegar nas cidades, é confrontado pelo questionamento da identidade étnica, invisibilidade social e falta de espaço coletivo para manifestações culturais, chamou-nos a atenção olhar, dentro desse recorte, que aspectos se mantém e se transformam a partir dessa longa passagem.
Originários do sertão pernambucano, deixaram seu território e deslocaram-se para São Paulo entre as décadas de 50 e 70 a partir da oferta de trabalho como mão de obra para construções civis, tais como a construção do Estádio do Morumbi e da Companhia de Luz do Estado de São Paulo. A partir disso, com a necessidade de ter estabilidade após consolidada a condição de fluxo migratório, passaram a ocupar sobras de loteamento em torno do Rio Pinheiros, construindo a favela da Mandioca, que viria a ser a então conhecida favela do Real Parque. Hoje, constituem 170 famílias e, dentre elas, 25 habitam os conjuntos construídos próximos à comunidade. O que nos chamou atenção, dentro de todo esse processo, foi como a imaterialidade os acompanha através da performance, que, nesse caso, consiste na junção do ato lúdico com o ritual de tradição da etnia. O ritual dos Encantados, performado pelos Pankararu assentados em São Paulo, ocorre anualmente no dia 19 de Abril dentro da própria comunidade. Segundo os próprios, a fabricação do ritual na cidade afirma a existência de um território móvel, que pode e deve ser emancipado, isto é, uma vez que o espaço se transforma, não é isso que impossibilita a manutenção e acontecimento do ritual. O que os une, nesse sentido, é a tradição, que confere um senso ritualístico de união e comunidade.
Para tanto, é fato que nem todas as tradições podem se manter em contexto urbano – como, por exemplo, os rituais em que um indígena mais velho deva concentrar e organizar a performance com base em seu conhecimento e sabedoria –, mas o ritual dos Encantados é fabricado enquanto performance pela representação das vestes e do momento da refeição, permanecendo tanto o rito, quanto suas crenças nesse contexto. Segundo os próprios, a continuação do encanto na cidade é a forma de ativar a floresta, e seu território originário, na situação urbana. Assim, com esse disparador que abre diferentes potencialidades para pesquisa, decidimos nos ater a uma pergunta, que foi a que uniu nossos interesses com base no que pudemos acessar da etnia Pankararu: “como os rituais se mantêm e se transformam no espaço da cidade?”. Destarte, propomos enquanto pesquisa, inicialmente, fazer um levantamento das etnias em situação urbana em São Paulo hoje e, após localizá-las geograficamente, entender como suas performances culturais se mantêm na cidade. O produto ainda não está definido, mas pretendemos com esse levantamento de dados heterogêneo, evidenciar algumas questões sensíveis e simbólicas que se intercruzam entre as diferentes etnias e produzir algo a partir dessa narrativa. Temos, como interesse coletivo, trabalhar com experimentações gráficas e produções visuais, mas ainda precisamos formatar e chegar a alguns dados concretos para nos debruçarmos sobre eles e entendermos nossa pretensão a partir disso.
G03 – Desordem e regresso
INTEGRANTES: flávia doudement, marina perez, maria rezende, bruno ponte, lia abrão
PROFESSORES: gabriela de matos | ASSISTENTE: marina brandão | INTERESSE: Cultura – desenho/história
Mediante o cenário atual de crimes e crises climáticas, tomamos como premissa para o desenvolvimento do EV que essa questão fosse colocada em foco. Devido a uma inquietação inicial de compreender o papel dos rios nesse âmbito, algumas localidades foram levantadas para ilustrar a relação entre uma catástrofe e o seu respectivo tempo de recuperação; tanto no aspecto climático como histórico, social e com uma potência gráfica própria. Ao estudar essas situações-tipo em associação com cenários dos rios, alguns pontos foram se tornando claros. 1-nosso interesse de volta para um rio-percurso, como método de ação, uma metáfora condutora e mobilizadora dessas situações e não um local fixo. 2- o rio no contexto brasileiro é materializador de diversos conflitos ao longo de sua história e consequentemente foi palco de ações solapadoras do Estado. 3-entende-se também que ali se encontram pontos e lugares que tratam sobre fluxo e tempo da natureza em contraposição à ações humanas devastadoras.
https://drive.google.com/drive/folders/1eSeQ0yt6I6u4fN5XicT5Os9nLy32nA0o?usp=sharing
G04 – Rio, sujeito.
INTEGRANTES: Ana Luiza Corrêa, Ana Teresa Carvalho, Isabella Martini Ramos, Louise Cyrino, Luara Macari e Thiago Costa Neto
PROFESSORES: Mauro Munhoz | ASSISTENTE: Filipe Doria | INTERESSE: Culturas; MEIOS: desenho, historia e teoria e urbanismo
Instigados pela intersecção entre cidade formal, natureza e ocupação informal a partir do estudo das nascentes e percursos de águas em áreas consolidadas de São Paulo, o grupo se propõe a pensar o corpo d’água dentro da cidade como repositório de memória e potente instrumento para repensar a relação entre elementos naturais e ocupação humana em uma nova epistemologia.
https://docs.google.com/presentation/d/1pWigjYPJIiOqVX6pcLwteXF7GiWIMM92O7kGUZl1r14/edit?usp=sharing
G05 – Dinâmicas urbanas e não urbanas do rio Cubatão
INTEGRANTES: Alexandre Bassani, Catherine von Uhlendorff, João Pedro Porto, Luiza Rovere e Maria Peccioli e Melissa Vasques
PROFESSORES: Cícero Ferraz | ASSISTENTE: Adam Manfredi | INTERESSE: Cultura, as relações antrópicas, urbanas e não-urbanas, com o rio Cubatão.
O grupo optou por realizar um trabalho analítico da rede hidrográfica formadora do Rio Cubatão, localizado na região da Baixada Santista. A partir de uma série de práticas voltadas à representação, cartografia, e literatura acadêmica, buscamos realizar uma aproximação com o território existente, de forma a compreender as diferentes relações antrópicas que se dão com esse elemento, o ‘Rio Cubatão’. Com o desenvolvimento do trabalho, buscamos realizar aproximações dos diferentes “momentos” e “espaços” que se constituem ao longo do percurso do rio, e assim analisar de forma mais próxima e particular, as diferentes relações que se dão consistentes no território, considerando seus aspectos humanos e geográficos.
G06 -Maneiras de ampliar conhecimentos e técnicas ancestrais através da Natureza.
INTEGRANTES: Sofia Alves, Vitória Ajukas, Carolina Mazarin, Julia Cardoso, Izabelle Basso, Julia Totti
PROFESSORES: Thiago Benucci | ASSISTENTE: André Sauaia | INTERESSE: cultura – povos indígenas – meio ambiente – cidades mais verdes – animais
O grupo começou discutindo sobre os animais encontrados na cidade e os vestígios da natureza nos prédios e construções abandonadas. Em nossas reuniões semanais debatemos leituras de textos sobre a relação do humano – natureza – cidade – arquitetura tendo em vista que “A cidade seria uma coleção de seres humanos que vivem estavelmente sobre uma porção do corpo de Gaia (planeta Terra) e que manipulam a estrutura desse corpo para construir abrigos” (COCCIA, 2020 p.180). Nesse primeiro momento nos aproximamos do Projeto de Lei do Cinturão Verde, o estudo de caso teve a finalidade de ampliar os conhecimentos acerca do território, a tomar consciência de seu uso e perceber a necessidade de assegurar essa área onde estão as terras indígenas. Logo, nossa maior intenção é compreender e dar visibilidade à natureza presente na cidade que por muitas vezes acaba sendo encoberta pela concretude.
Sendo assim, dentro dessa primeira aproximação com os temas e a partir de leituras e análises principalmente do projeto de lei do cinturão verde, partimos para a formulação de uma ideia preliminar de trabalho. Pretendemos estudar as técnicas, tradições e tecnologias construtivas dos povos indígenas relacionadas às questões ambientais com a intenção de difundir o conhecimento desses saberes. Dessa forma ampliaremos possibilidades de discussão, aplicação e, ao mesmo tempo, valorizaremos essas formas de construir que partem de uma arquitetura vernacular, ou seja, uma tipologia de caráter local ou regional utilizando materiais e recursos do próprio ambiente e técnicas e conhecimentos locais. Nossa proposta é fazer um recorte, partindo dos povos mencionados pelo Projeto de Lei Cinturão Verde, já que entendemos a multiplicidade cultural dos povos indígenas do Brasil.
G07 – indefinido
INTEGRANTES: Leonardo Sarabanda, Maria Clara Calixto e Maria Paula Simonsen
PROFESSORES: Camille Bianchi | ASSISTENTE: Lucas Zabeu | INTERESSE: Morar e arquitetura
Partindo do tema de interesse do grupo em trabalhar o “morar” dentro do Estúdio Vertical, escolhemos estudar comparativamente diferentes tipos de habitações brasileiras, entendendo-os sob uma perspectiva dicotômica da produção desses lares, formados por padrões sociais, morais, econômicos e religiosos para corpos entendidos como padrão.
Assim, buscamos compreender como a casa convencional se materializa com heranças de relações sociais marcantes ao decorrer da história do Brasil. Por meio da supervalorização da família nuclear tradicional e dos bens materiais na produção dos lares, valores morais de comportamento são passados para o habitante tais como questões de gênero, domesticidade e sexualidade. Dessa forma, a narrativa até então construída fundamenta-se em uma série de padrões dicotômicos (público e privado, homem e mulher, sociais e de serviço), que criam uma narrativa binária do morar.
No entanto, sabemos que o habitar é desempenhado de diferentes maneiras, por núcleos domésticos variados e que nem sempre interpretam o papel que lhes foi designado. Assim fizemos uma pré-seleção de projetos de habitações brasileiras, buscando comparar variados tipos de moradia, que destacam distintos modos de convivência e de redes de pessoas e afetos que compõem a arquitetura. Também buscamos trazer uma série de exemplos, cuja habitação é ou idealizada por um arquiteto autor, produzida pelo próprio habitante ou pelo mercado imobiliário, a fim de compreender outras narrativas que podem reformular e desconstruir a dicotomia dos fundamentos que norteiam o imaginário doméstico.
G08 – Outras formas de habitar ligados à herança da terra
INTEGRANTES: Ana Julia Parada, Beatriz Freitas, Giovanna Zanette , Inara Cristina Pereira, Luiza Carvalho, Maria Stella Tosold
PROFESSORES: Eduardo Colonelli | ASSISTENTE: Lucas Nadalini | INTERESSE: Morar
Desde o dia em que o céu ficou escuro no meio da tarde, ou do início de uma pandemia mortal, a gente vem se acostumando com a ideia de um colapso ambiental eminente e até mesmo com o tal do fim do mundo (para nossa espécie, é claro). O capitalismo, desde sua forma mais primitiva, impõe o esgotamento dos recursos do planeta em troca de uma quantidade infindável e cada vez maior de lucro, assim, a o caos torna-se perspectiva dentro desse processo.
A padronização da terra e dos corpos (em um meio ambiente intrinsecamente diverso) e a interrupção dos ciclos da natureza em busca de uma produção que gere mais e mais capital nos vendeu primeiro a ideia de que para que todos pudessem comer era preciso plantar toneladas de soja onde antes eram florestas, além de encher nosso solo e nossos pratos com uma quantidade absurda de agrotóxicos. Agora, nos deparamos diversas vezes por dia com a ideia de colapso, de que o temos pouquíssimos anos para revertermos estragos de décadas e décadas atrás, e que talvez o fim do mundo se aproxime.
Para os povos da floresta, aqueles que tem suas tradições, heranças e ancestralidades ligadas a terra, o sentimento de fim do mundo que hoje sentimos na pele sempre esteve presente por meio de uma violência histórica, que surrupia seus recursos básicos para a existência.
Agora que compartilhamos o sentimento de caos, que entendemos de forma mais direta o colapso do modelo de vida capitalista, é hora de pedirmos socorro para aqueles que estão a décadas resistindo, é preciso descolonizar os parâmetros e buscar saídas em com aqueles que tem a natureza como divindade. Da mesma forma que não há praga, peste ou pandemia em uma floresta quando as plantas colaboram entre si, não há solução individual para um problema coletivo e sistemático.
Assim, a ideia é olhar para outras culturas, entender suas formas de habitar o planeta: “Então, pregam o fim do mundo como uma possibilidade de fazer a gente desistir dos nossos próprios sonhos. E a minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim.”
G09 – Uma análise crítica sobre o morar
INTEGRANTES: Carolina Cukier, Cintia Tamy, Eduardo Baltazar, Julia Alves, Luisa Teperman e Manoela Ambrosio
PROFESSORES: Felipe Noto | ASSISTENTE: Ana Paula | INTERESSE: Morar, análise através do desenho
Percebemos que nossa visão mudou durante a pandemia, tornou-se crítica em relação ao “morar” e suas concepções.
Durante o período da pandemia, notamos que não é apenas um simples lugar onde comemos e dormimos, mas se estende para espaços que acolhem sentimentos e sensações do nosso cotidiano. Ao passar todos os dias em casa sentimos falta de pequenas situações do nosso dia a dia que entendemos que constitui o “morar”, algo que nos traga sensação de conforto.
Pretendemos, com este trabalho entender, através de análises críticas feitas de diversas formas, o que para nós é o “morar”. Abarcando diferentes escalas, desde abordagens específicas, como por exemplo um chão de taco, até outras mais abrangentes, como a de dois prédios.
O objetivo é tentar entender essa extensão e como esta abarca cada indivíduo e coletivo nos seus trajetos diários.
https://docs.google.com/document/d/11b5UDNP81JID_klPjzWCgPup-2AoDS1UW4JNYs4xh8I/edit?usp=sharing
G10 – Habitar florestas: arquitetura, reflorestamento e preservação
INTEGRANTES: Beatriz Teixeira, Bruna Santos, Catarina Trinca, Marília Peceguini, Pedro Goes, Tailane Morena
PROFESSORES: Marcos Boldarini | ASSISTENTE: Marina Brandão | INTERESSE: habitação modular autossustentável
O grupo deseja a partir da habitação modular autossustentável ocupar o que já foi floresta com intuito de reflorestar e preserva- la e ocupar florestas que resistem á cidade a fim de protege-la.
G11 – Águas Virtuais
INTEGRANTES: Bruno Maschio Juliana Simantob Luiza Falcão Maria Meira Ricardo Mancini Vitória Cruz
PROFESSORES: Marta Moreira| ASSISTENTE: Sheroll Martins | INTERESSE: Morar e Rios Voadores
A partir do tema “a floresta que resiste na cidade, a cidade que existe na floresta” proposto para Estúdio Vertical deste semestre, o grupo 11 demonstra interesse em entender o fenômeno dos Rios Voadores e suas implicações tanto meteorológicas quanto socioeconômicas para o centro oeste do Brasil. Por meio de estudos aprofundados do fenômeno e sua atuação e consequências para o país, sobretudo São Paulo, buscamos caminhos de ilustrar e materializar os Rios Voadores.
G12 – Moradia subvertida
INTEGRANTES: Gabriela Sá, Fernanda Roriz, Eliza Previato, Laura Ferrarezi, Gabriela Sanovicz e Gabriela Balbino
PROFESSORES: Vito Machione | ASSISTENTE: Adam Manfredi | INTERESSE: Morar
Relação corpo e lar, subversão à linguagem universal
Através do estudo do corpo no espaço privado dos lares propomos uma análise crítica ao desenho universal: heterossexual, cisgênero, branco e ocidental. Porque a linguagem universal é essa? Como podemos muda-la a fim de subverter essa norma e de modo a retomar a natureza em nós? Temos como mote o incômodo e o choque: como fazer o outro também refletir? E a partir dessa resposta iniciaremos nossa proposta interventiva.
https://miro.com/app/board/o9J_lz5-o9g=/
G13 – Alimento e Cidade
INTEGRANTES: Antonio Vicalvi Gabriel Dutra Juliana Menezes Ricardo Kalil Tamires Ruffino Victória Fenólio
PROFESSORES: Gleuson Pinheiro | ASSISTENTE: André Sauaia | INTERESSE: agricultura urbana/produção de alimentos na cidade
Ao longo dessas três semanas fomos tentando entender que rumo gostaríamos de tomar. Chegamos à conclusão de que abordaremos o assunto que envolve a Agricultura Urbana, sua estrutura, seus benefícios e desafios.
Algumas discussões nos levaram a temas como estufas móveis, o uso de vagões abandonados para a criação de um ambiente propício para a produção e venda de alimentos, apropriação de terrenos vazios e terraços para a implantação de hortas coletivas e como a rede de agricultura funciona.
Por enquanto conseguimos traçar o tema a seguir, mas não temos nada definido com relação a como podemos utilizar essas informações no desenvolvimento de projeto.
https://miro.com/app/board/o9J_l0s5GqI=/
G14 – Abrigos modulares para abelhas
INTEGRANTES: Dante Rovere, Luigi Franco, Maria Donato, Maria Gruber, Maria Vizeu, Paulo Gabriel Vargas
PROFESSORES: Vitor Pissaia | ASSISTENTE: Luis Gustavo Fernandes | INTERESSE: Ambiente
O trabalho pretende se debruçar sobre questões relativas a escassez de matérias-primas essenciais para a construção civil assim como seus impactos ambientais, e questões voltadas para a extinção das abelhas essenciais para a polinização.
Nessa primeira etapa, tivemos dois caminhos: pesquisa sobre os impactos da extração da matéria-prima e contexto histórico da madeira no brasil, e pesquisa sobre possibilidades de coexistência entre as cidades e as abelhas.
O grupo caminha para um projeto de construção de abrigos modulares para abelhas que possam ser instalados na cidade de São Paulo criando um circuito de polinização. Se possível o módulo será construído em escala 1:10 ou 1:1 no final do trabalho.
G15 -Raízes da Cidade: Conectando áreas verdes
INTEGRANTES: Daniel Cohn, Dora Camarero, Gabriela Rochitte, Pedro Janeiro, Reinaldo Almeida e Tatiane Leandro da Silva
PROFESSORES: Camila Toledo | ASSISTENTE: Lucas Nadalini | INTERESSE: Ambiente e Sistemas
O recorte escolhido pelo grupo localiza-se em São Mateus, nas proximidades de São Rafael, Zona Leste de São Paulo, de acordo com o Plano Diretor Estratégico Municipal o local se enquadra na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental, mais especificamente na Macroárea de redução da vulnerabilidade urbana e recuperação ambiental. Tal classificação é dada principalmente pelo alto adensamento construtivo do bairro, fruto da predominância de residências de baixo gabarito, e pela ausência de áreas verdes. Ademais, as tubulações do sistema de tratamento e distribuição de água Rio Claro se desenvolvem pelo subsolo da região, sob parte destes dutos foi instaurado o Parque Linear da Integração Zilda Arns, com 7,5 km de extensão, porém, nos trechos não incorporados pelo parque, é possível se observar um início de apropriação dos agricultores locais.
A maior centralidade comercial do Jardim Vera Cruz se estabelece nas mediações da Av. Sapopemba, no trecho em que a via perpassa a Praça Felisberto Fernandes da Silva, próximo ao Terminal Rodoviário São Mateus e a Estação de Metrô São Mateus, nesse momento percebe-se a existência de um grande corredor de hortas cercado pela Sabesp por localizar-se a cima do Sistema Rio Claro.
Os principais espaços não edificados da região se conformam através dos grandes corredores por onde passam cabos de alta tensão no subsolo, estes espaços são extremamente subutilizados, sem presença de áreas verdes e inacessíveis à população.
G16 – Conexões Ambientais
INTEGRANTES: Gabriel Chieppe, Letícia Morikawa, Antonio Camargo, Diniz Mbure, Mariana Grau, Luiza Leite
PROFESSORES: Pedro Sales | ASSISTENTE: Ana Paula | INTERESSE: Ambiente, urbanismo e desenho
O trabalho do grupo está se estabelecendo na noção de que a cidade de São Paulo nega a presença da natureza em grande parte de seu território, vendo ela como um obstáculo a ser enfrentado pelo desenvolvimento urbano. Nossa investigação e proposta tem como frente resolver a falta de conexão entre as áreas verdes: Parque Piqueri e a Vila Maria Zélia, ambos localizados na Zona Leste de São Paulo. Sabemos que muitas cidades, como por exemplo Madrid e Seul, estão adotando métodos para incorporar o verde em suas dinâmicas, tornando um espaço mais agradável para as pessoas e para o meio ambiente.
Para a próxima etapa pretendemos: confirmar o local a ser trabalhado; analisar as formas de intervenções que pretendemos fazer entre as áreas verdes escolhidas e uma provável conexão com o rio Tietê e encontrar formas de inserir a ciclofaixa e o pedestre neste percurso.
G17 – Reativando territórios: a reconexão de Recife com o Cais Estelita
INTEGRANTES: Amanda Freitas | Gyovanna Freire | Isabela Laet | João Pedro Puntoni | Livia Braggio | Raul Souza
PROFESSORES: Francisco Fanucci | ASSISTENTE: Melyssa Maila | INTERESSE: Ambientes
Inserida em um contexto em que o mercado imobiliário atua como o agente que guia adiante a máquina construtiva das grandes metrópoles sob supostas – e cada vez mais intensas, demandas que dizem respeito somente à uma parcela privilegiada da sociedade, Recife protagoniza hoje uma disputa encabeçada por um grupo de ativistas contrários à construção de um megaempreendimento que, sem consultar os interesses da população, promete mudar permanentemente as características de um espaço público muito caro à cidade do ponto de vista urbanístico.
Referimo-nos mais especificamente ao Cais José Estelita, terreno de 100 mil m² localizado no centro da capital pernambucana arrematado da União por um consórcio formado por quatro grandes construtoras, num leilão realizado em 2008 que, sob a alcunha de “Novo Recife”, pretende construir ali 13 torres de até 38 andares em frente à Bacia do Pina.
Como grupo, pretendemos atuar de modo a atender os anseios daqueles que prezam por uma transformação do território onde “as ocupações já não surgem com a bandeira exclusiva do acesso à moradia, mas clamam também por preservação ambiental e espaços destinados à promoção de lazer e cultura.”
https://www.youtube.com/watch?v=dJY1XE2S9Pk
G18 – Ruptura do meio: a natureza que (re)existe na cidade.
INTEGRANTES: Lúmina Kikuchi, Fernanda Teixeira, Beatriz Hübner, Ícaro Cordaro e Mariana Macedo
PROFESSORES: Ligia Miranda | ASSISTENTE: Barbara Francelin | INTERESSE: Ambiente
Nos perguntamos qual o limite da cidade? Onde acaba a cidade e inicia a floresta? Não há uma fronteira clara que separe esses elementos, mas é visível que as grandes cidades não lidam de boa forma com a floresta. Acoplado ao crescimento e desenvolvimento das cidades, a relação do homem com a floresta em suma foi pautada pela destruição e ruptura com o entorno natural, onde a cidade consumiu a natureza ao seu limite e a expulsou para fora do ambiente urbano. Salvo os momentos em que ainda é possível ver a floresta dentro da cidade, ela está enclausurada e comprimida por muros e grades. Neste momento a fronteira é clara e visível. Com isso, cria-se a concepção de que a floresta não existe dentro da cidade. A floresta se tornou um objeto ideal, intocado e velado, onde não se tem alteração humana, configurando-o como uma jóia a ser observada e apreciada.
Ainda assim, a natureza resiste dentro das cidades e continua existindo independente das ações destrutivas que são direcionadas a ela. Procuramos por momentos simbólicos que representam a resistência e presença da natureza no meio urbano, para que sirvam como forma de reflexão sobre o caminho que tomamos e que estamos seguindo.
As pessoas saem da cidade para apreciar a floresta, mas não conseguem vê-la dentro da cidade.
G19 – Trabalho: ação coletiva
INTEGRANTES: Camila de Branco, Enzo Amadei, Luana Cobra, Maria Eduarda Lovisi, Igor Helian, Gabriela Fuganholi
PROFESSORES: André Vainer | ASSISTENTE: Thais Reyes | INTERESSE: Trabalho
Diante de diversas questões girando em torno do trabalho, como as altas no desemprego ou subempregos, além de sua precarização, sobretudo em setores como o de entregadores, da indústria têxtil e de construção civil, pretendemos pensar algumas intervenções ou instalações arquitetônicas que dêem melhores condições para trabalhadores de coletivos ou cooperativas, a serem determinados, inclusive como forma de fortalecê-los enquanto alternativas às grandes empresas imersas na lógica usual de mercado e sujeitas a suas perversões. Com isso, buscamos refletir sobre como essas outras maneiras de organizações coletivas e de emprego da força de trabalho podem ser dispostas de maneira funcional em um espaço de forma que sejam amparadas pela arquitetura em questão, estando o projeto cumprindo um papel de lhes conferir um diferencial competitivo, contribuindo para sua perenidade e crescimento.
Objetivamos, assim, pensar ambientes adequados à proporção de atividades que envolvam um proveito comum, a autonomia dos trabalhadores e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho, com a intenção de se projetar em contato íntimo com os trabalhadores em questão, levando em consideração suas necessidades e vontades, para fazê-lo de maneira mais eficiente e atenciosa. Com isso, acreditamos sobressairem-se os valores característicos das cooperativas em nosso foco de: “II – gestão democrática; III – participação econômica dos membros; IV – autonomia e independência; […] VII – interesse pela comunidade; […] IX – não precarização do trabalho; […]” (Sebrae) em relação às formas de trabalho baseadas na geração de lucro a qualquer custo, por vezes pautadas na exploração da mão de obra. Também seriam favorecidas a identidade de propósitos e interesses, a ação conjunta, voluntária e objetiva para coordenação de contribuição e serviços, tal como a obtenção de resultado útil e comum a todos.
Pode-se pensar em como essas instalações em pequenas escalas influenciariam o espaço urbano numa escala de cidade e de sociedade, especialmente se intervindo em questões de transporte e moradia. No mais, entendemos que tais intervenções podem ser potentes uma vez alinhados a valores ambientais e compatíveis a um modo de produção sustentável. Acreditamos, portanto, no potencial de uma intervenção no sentido de combater a precarização do trabalho e questões estruturais do capitalismo, explorando por meio do exercício arquitetônico um papel social.
G20 – Como Implementar uma Cooperativa de Construção Civil
INTEGRANTES: André Barroncas Abrão, Clara Aguillera, Henrique Ortiz, Laura Maiani, Pedro Garcia Lopes
PROFESSORES: Carol Tonetti | ASSISTENTE: Thais Reyes | INTERESSE: Trabalho e arquitetura
Ao começar a estudar e analisar as formas de trabalho e como o mercado funciona, com foco na área da construção civil, sentimos uma grande aflição e indignação em função da falta de direitos trabalhistas, onde os funcionários, principalmente de base de produção, não são valorizados e não tem garantias em relação a segurança no ambiente de trabalho. A construção civil é caracterizada pela precariedade na qualificação da mão de obra e pela descontinuidade nos processos de produção, por conta da mobilização e desmobilização das equipes a cada obra executada. Além disso, no ano 2000 a construção civil foi considerada a profissão que mais apresentou óbitos em acidente de trabalho no país, segundo o MTE.
Com essa indignação fomos estimulados a pensar em novas formas de atuar no campo da construção civil, com soluções mais humanas para esses problemas sociais. Estipulamos como objetivo qualificar os processos de trabalho, quebrando com os parâmetros alienados de produção e visando formas de melhorar a segurança dos trabalhadores, a partir de incentivos e de uma maior estabilidade no emprego. Além disso, almeja-se uma maior horizontalidade entre os diferentes profissionais da área, com suas funções e remunerações mais equivalentes entre si, a fim de tentar minimizar a segregação sócio-espacial, existente tanto na cidade quanto no próprio espaço de trabalho.
Como uma alternativa para alcançar nossas ambições, propomos a criação e articulação de uma cooperativa de construção civil, que possa influenciar positivamente as práticas no canteiro de obras. A organização teria como princípio a execução mais eficiente de seus projetos, com um melhor controle sobre seus insumos e mais confiabilidade com relação aos prazos de obra. Estes objetivos seriam viabilizados através da produção de pré-fabricados em seriação, que aparecem como um meio possível para se desenvolver um ambiente de trabalho mais horizontal (por exigir um maior planejamento da produção). A cooperativa possibilitaria a geração de renda para os cooperados, assim como traria oportunidades de trocas e de ensino entre todos os envolvidos. A proposta é fomentar uma cooperativa de produção de sistemas construtivos leves e manufaturados, em pequenas unidades de produção seriada. A cooperativa teria como base o conceito de economia solidária, que é basicamente o nome dado aos conjuntos de atividades econômicas sob a forma da autogestão, de forma que os trabalhadores e as camadas populares mais baixas possam estar envolvidas tanto no projeto quanto na execução de forma horizontal. Ações colaborativas, a partir da articulação de diferentes profissionais, têm o potencial de atender às demandas sociais de maneira mais qualificada, com uma produção mais eficaz e mais consciente em relação à sustentabilidade, podendo trazer mais segurança aos trabalhadores, estabilidade e incentivo na produção. Técnicas e métodos participativos de atuação podem viabilizar soluções para emergências sistêmicas.
G21 – Formas de Coexistir
INTEGRANTES: Jorge Forjaz Enrico Maksoud Marina Tiellet Victor Kozuma Isabella Caramuru Gabriel Moran
PROFESSORES: Anderson Freitas | ASSISTENTE: Filipe Doria | INTERESSE: Ambientes. Meio: Arquitetura.
Partindo de um entendimento sobre as possíveis dinâmicas pautadas sob os conceitos de cidade e de floresta, evidenciam-se divergentes estruturas e configurações na maneira em que conciliam-se civilizações e recursos.
Nesse sentido e considerando tanto os limites da artificialidade quanto os da originalidade, classificam-se ambas floresta e cidade enquanto agentes construídos e definidos pelos própios níveis de interferência um sobre o outro. Isto é, estipulados através de classificada predominância que, por sua vez, determina formas específicas dessas coexistências e submete-as a eventuais graus de consciência.
Assim, a investigação projetual principia a utilização da praia do Bonete, Ilha Bela, enquanto objeto de pesquisa e, sobretudo, ponto de partida capaz de direcionar uma busca a respeito dos limiares dessa coexistência caracterizada pela horizontalidade da comunidade para com a natureza. Através da associação local, pretende-se intervir com certa integridade ecológica, de maneira escalonar, independente e itinerante.
https://drive.google.com/drive/folders/1efWzcmsWPIsFlMb8HW3se3Wu9axyT-ii?usp=sharing
G22 – NÃO ENTREGOU
G23 – Ser doméstico faz parte de ser urbano?
INTEGRANTES: Adriana Porto Alegre, Beatriz Mendes de Oliveira, Felippe Samburgo, Gabriela Toral, Luiz Anjos, Luiza Souza
PROFESSORES: Cesar Shundi | ASSISTENTE: Melyssa Maila | INTERESSE: Cultura
Iniciamos a pesquisa tensionando e nos aproximando das conceituações formais e informais, terminológicas e culturais, do que seria a domesticidade. Para além da conceituação formal do dicionário – que versa sobre o ato de domesticar e ser domesticado, sobre o trabalho da casa e a coabitação da vida privada – entendemos que a domesticidade adota e trabalha com uma diversidade de formas mutáveis em condições de tempo e espaço díspares.
A possibilidade de pensar sobre o doméstico surge uma vez que já estamos dentro desse conceito, que se repete diariamente em nossas ações. Ir e vir para um espaço que reconhecemos como nosso, como casa, dentro do espaço urbano expandido.
Assim, seria a domesticidade tudo o que se compreende como manifestação consuetudinária do habitar familiar? Existe o doméstico e portanto a domesticidade para o indivíduo isolado? Somos domésticos por sermos urbanos ou por vivermos em casa? Se pensarmos a casa como uma expressão de identidade, seria ela a representação do universo humano? A domesticidade propriamente dita é um lugar? O que interfere e qualifica o espaço para torná-lo doméstico?
Posta a amplitude dos questionamentos, pretendemos investigá-los inicialmente sob a ótica da arquitetura etnográfica, a partir de exercícios experimentais de escrita enquanto método.
G24 – Aculturação: ciclo de vida dos materiais
INTEGRANTES: Alicia Soares, Daniel Kenji, Daniel Parente, Fernanda Farias, Julia Decco e Luiza Minassian
PROFESSORES: Ruben Otero | ASSISTENTE: Barbara Francelin | INTERESSE: Cultura, desenho, tecnologia e projeto
Diante do atual cenário global, consequente do acúmulo de anos de atividade humana extrativista, desmatando florestas e poluindo rios, catalisando mudanças climáticas e a propagação de pandemias, é preciso que se pensem soluções.
Exploração ambiental, sociedades de consumo e quantidade de resíduos descartados, estão diretamente relacionados. Portanto, é preciso repensar nossos hábitos, inclusive, individuais. É preciso gerar menos lixo. A grande questão do lixo é que nada pode ser verdadeiramente “jogado fora”, tudo que se descarta, na verdade, só se tira da frente, e permanece na superfície terrestre.
Em uma cidade grande e de concreto como São Paulo, onde é que esse lixo vai parar?
Não demorou muito para percebemos que, coletivamente, da porta de casa pra fora, ninguém sabe. Uma ou duas empresas capitalizam essas rotas invisíveis, mas um mero cidadão se perde na tentativa de rastrear.
Encontramos um destino: Peças soltas, mobiliários quebrados, embalagens, e até cachorros são abandonados diariamente nas terras indígenas Guarani do Jaraguá.
Decidimos, então, por unir todas as frentes: Investigar o ciclo de vida dos materiais de construção, explorar maneiras de incorporar resíduos às técnicas construtivas, e catalogar possibilidades como exercício para a Casa de Cultura, projeto já existente no EMAU base da EC, como demanda real de uma comunidade que não compartilha da eloquente cultura de consumo que movimentamos.
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