G01 – Demarcação dos Espaços Judaicos em São Paulo: o eruv como espaço de confluência.
INTEGRANTES: BeatrizIsabel Seber, Lilla Lescher, Tamara Crespin, Victoria Liz Cohen
PROFESSORES: Vinicius Spira | ASSISTENTE: Bárbara Francelin | INTERESSE: História, cultura, identidade, território; Meios: Análise bibliográfica, análise cartográfica e análise de imagens
A discussão em torno do eruv permeia dois tópicos, sua existência física e simbólica. Ele de fato se materializa através de seus postes e fios e das pessoas que o utilizam como facilitador, possibilitando uma refeição coletiva ou que uma mãe leve seu filho no colo, ou como limitante, uma vez que, nas grandes cidades, por exemplo, não é viável ele percorrer todo perímetro. no entanto, para que o eruv possa existir, depende do simbolismo do alimento e do imaginário da comunidade judaica que o utiliza. O trabalho segue pautado no eruv e como este influencia nas vivências, na circulação e na espacialização da cidade. através de entrevistas e visitações, nossa visão sobre o assunto se expandiu e se tornou mais crítica.
G02 – Identidade Multiétnica e seus possíveis territórios: uma aproximação sensível aos múltiplos movimentos de passagem
INTEGRANTES: Beatriz Hinkelmann, Clara Borges, Carolina Moraes, Daniel Colaviti, Juliana Tegoshi, Maria Piedade
PROFESSORES: Luís Felipe Abbud | ASSISTENTE: André Sauaia | INTERESSE: Cultura
Sete narrativas se encontram em um mesmo espaço, enquanto o movimento individual de cada, que possibilitou essa junção, é diverso. Advindas de diferentes partes do Brasil, sete etnias escrevem suas próprias histórias de passagem pelos lugares que ocupam, das mais distintas maneiras. Fragmentaram seus territórios, tradições e identidade como caminho de emancipação e resistência de suas manifestações culturais; de suas existências. Aqui tratamos das sete etnias que habitam coletivamente a Aldeia Multiétnica Filhos dessa Terra, na franja da cidade de Guarulhos. São estes os Fulni-ô, Kaimbé, Pankararé, Pankararu, Pataxó, Tupi-guarani e Wassu-cocal. Etnias que tecem suas narrativas no conjunto dos fatos que as conectam e as distanciam na fabricação deste território único. Até o momento nos aproximamos da aldeia através de conversas a distância com lideranças, e pretendemos na próxima semana visita-los. Esperamos conseguir criar registros que possibilitem compreender melhor sua disposição espacial e a maneira que se consolidam as relações sociais, mas também esperamos contribuir com o desenvolvimento do projeto a partir da produção de materiais de divulgação (fotos, relatos de historia oral, vídeos, cartazes) para serem disponibilizados no site da reserva.
G03 – IMPRESSÕES PESSOAIS SOBRE O HABITAR PAULISTANO
INTEGRANTES: flávia doudement, marina perez, maria rezende, bruno ponte, lia abrão
PROFESSORES: Gabriela de Matos | ASSISTENTE: Marina Brandão | INTERESSE: Cultura – desenho/história
Com o encaminhar da pesquisa, uma visita ao terreno foi feita, entretanto não foi possível acessá-lo diretamente: a presença de um muro que circunda o lote impede tanto o fluxo de pessoas, como uma compreensão espacial do que se trata aquele lugar. os rios que ali afluem ao saírem do lote são encaminhados para tubulações, um dos pedaços restantes de mata atlântica original são restringidos entre os altos muros, o caminho que ali muitos antes percorreram fica velados…juridicamente fechado, se torna inacessível ao corpo e seria completamente inacessível ao olhar também se não fossem as ruínas dessa própria vedação. com mais de 10 anos da construção do muro que cerca o lote, as marcas do tempo já existem: frestas produzidas pela decomposição do muro. singelas para dimensão do corpo, porém propícias para apenas o olho curioso. ao adentrar-se ali, pode-se ver parte desse mundo que está fechado e restrito para a fruição. fresta por fresta, ângulo por ângulo vai se descobrindo e montando a imagem do que existe para além dessa barreira. foi nesse movimento de tentativa de aproximação da chácara da fonte, que nos compreendemos que o próprio empecilho que nos deparamos para adentrar ali era o elemento mais forte para nossa discussão. afinal, são muitas questões que ele materializa: trata-se de um elemento físico construído pelo humano que barra o acesso aos rios (como já discutido anteriormente), é uma ruína em si, as frestas ali encontradas podem ser lidas como uma forma subversiva de entrar em contato com o lote, traz a tona uma discussão sobre patrimônios tombados e suas administrações, fala sobre o movimento dos moradores do entorno de transformar aquilo em um parque de acesso livre…. enfim, são múltiplas questões que podem ser ativadas com a simples reflexão sobre a presença desse muro. em uma segunda visita, já com os olhares atentos para a composição desse muro foi feito um levantamento dos locais onde se acham frestas. através do levantamento feito, tornou-se possível reconhecer 3 momentos distintos desse muro e a partir daí uma metodologia desenvolvida pelo grupo a fim de produzir intervenções condizentes com o local. 1-muro grafitado aqui entendemos que já existe manifestações em grafite/pinturas que discutem sobre questões latentes atuais, mas com algum enfoque para o terreno (ex. grafite com a bandeira whipala- união indígena) mas que também existem pequenas frestas. reconhecemos ali um interesse de ressaltar apenas as pequenas frestas existentes, mas nao intervir de forma tão drástica. 2- muro com frestas quando o muro grafitado fica menos desenhado é o momento em que a vegetação interna do lote começa a ‘transbordar’ fazendo com que não haja tantos grafites. existem frestas maiores. aqui entendemos que há um espaço maior para intervenções maiores: 2 e 3 3-travessa da fonte outro momento em que há contato direto com o lote, porém não existem frestas. do lado de uma loja de antiguidades de metal (portões etc) achamos que seria interessante trabalhar com algo do tipo e que conversasse com a possibilidade de um muro pelo menos atravessável pelo olhar, se ainda não for viável liberar o fluxo de pessoas livre.
G04 – Rio, sujeito: a Saracura grande
INTEGRANTES: Ana Luiza Corrêa, Ana Teresa Carvalho, Isabella Martini Ramos, Louise Cyrino, Luara Macari e Thiago Costa Neto
PROFESSORES: Mauro Munhoz | ASSISTENTE: Ana Paula Siqueira | INTERESSE: Culturas; MEIOS: desenho, historia e teoria e urbanismo
a partir do estudo da nascente do Rio Saracura Açu e do percurso de suas águas no bairro do Bixiga até seu encontro com o Saracura, propõe-se pensar o corpo d’água dentro da cidade não só como repositório de memória, mas sujeito-vivo – (i) em si mesmo e (ii) nos indivíduos que com ele se relacionam – e, portanto, potente instrumento para repensar a relação entre elementos naturais e ocupação humana em uma nova epistemologia. como produto-ferramenta-processo, um experimento audiovisual tem sido realizado e pretende-se evento na Grota do Bixiga para transmissão de tal produção audiovisual – a fim de somar às discussões em voga sobre a saracura na região no bairro e aproximar-se do rio presente nos sujeitos que lá estão. Seria ainda oportunidade para registro de tal encontro, explorando suas potencialidades e reverberações.
https://1drv.ms/p/s!Ak6eoSje_MPIiN1AO45cDPo2YRfcvA?e=NnCsX5
G05 – Território para além urbano e não urbano, reflexões sobre o Rio Cubatão
INTEGRANTES: Alexandre Bassani, Catherine von Uhlendorff, João Pedro Porto, Luiza Rovere e Maria Peccioli e Melissa Vasques
PROFESSORES: Cícero Ferraz | ASSISTENTE: Adam Manfredi | INTERESSE: Cultura, as relações antrópicas, urbanas e não-urbanas, com o rio Cubatão.
Neste momento, prevemos construir sugestões de possíveis intervenções inseridas no contexto social e urbano do próprio percurso do Rio Cubatão, de maneira a contribuir com a formalização de uma relação entre a cultura do turismo industrial com o turismo de natureza. A intenção é elaborar uma série de produtos gráficos – mapas, desenhos, imagens e diagramas – que percorram linearmente os fatos históricos da região estudada e sintetizem o levantamento informativo acumulado até agora. Dessa forma, solidificaremos um embasamento teórico que possibilite propostas de intervenção coerentes. Em outras palavras, buscamos alcançar uma nova relação da escala humana com o território, exaltando as inúmeras características regionais de forma a ressignificar não só o rio e a cidade como elementos admirativos, mas também enquanto espaços de permanência.
G06 – Águas do Cinturão Verde
INTEGRANTES: Sofia Alves, Vitória Ajukas, Carolina Mazarin, Julia Cardoso, Izabelle Basso, Julia Totti
PROFESSORES: Thiago Benucci | ASSISTENTE: Lucas Nadalini | INTERESSE: cultura – povos indígenas – meio ambiente – cidades mais verdes – animais
Nessa etapa do trabalho o grupo selecionou três agentes que atuaram de formas diversas dentro do território do cinturão verde Guarani, com o intuito de realizar entrevistas para nos aproximarmos das vivencias tidas por eles nesses territórios. O primeiro agente entrevistado foi Lucas Keese, atua com o povo Guarani Mbya desde 2009, compõe a equipe do Programa Guarani do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) desde 2010.O segundo entrevistado Marcelo Hotimsky, trabalha como assessor da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) e é membro do Programa Guarani do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) desde 2014. O terceiro entrevistado foi Nabil Bonduki arquiteto, urbanista, professor universitário, escritor e político brasileiro, atuou ativamente no Projeto do Cinturão Verde Guarani. Pretendemos realizar nessa nova etapa novas entrevistas com agentes Guarani. E transcrever todas as entrevistas para o nossa coletânea que será apresentada no final do ciclo do ev.
G07 – Lares tradicionais e seus dissidentes
INTEGRANTES: Leonardo Sarabanda, Maria Clara Calixto e Maria Paula Simonsen
PROFESSORES: Camille Bianchi | ASSISTENTE: Lucas Zabeu | INTERESSE: Morar e arquitetura
Iniciamos esse trabalho através da discussão sobre o que é o morar. Entendemos que não é apenas restrito às nossas casas, mas também nossa vivência e experiências pessoais na cidade. A partir disso, decidimos retratar por meio de desenhos em nossos percursos cotidianos. Primeiramente pensamos em três trajetos coletivos e três individuais. Criamos um ecossistema de caminhos, tendo como partida a Escola da Cidade, Estudando os três edifício representativos da arquitetura paulista escolhidos, fica evidente que, como os empreendimentos de hoje, foram construídos para serem ocupados pela família nuclear tradicional. Ensaiamos criticamente sobre essa ocupação desses edifícios sugerida e reforçada pela arquitetura em três diagramas combinando desenhos, texto e fala. Em seguida, escolhemos organizações familiares dissidentes de acordo com as potencialidades que identificamos em cada projeto para explorarmos alterações neles de acordo com as necessidades de cada arranjo: famílias monoparentais femininas (mães solo), famílias poliamorosas e, por fim expandindo ao máximo o entendimento de família, residência de artistas. Realizamos, então, novos diagramas especulando sobre como esses novos arranjos utilizariam esses espaços e como eles seriam modificados para tanto. Para a próxima etapa, aprofundaremos essas análises levando a diante a representação tipográfica que temos explorado para buscar uma linguagem unificadora entre os três projetos.
https://drive.google.com/drive/folders/1IUpmg01Qsis4qbE-0DxtglRFvM-68d9L?usp=sharing
G08 – Reconciliação entre a natureza e o morar: uma perspectiva guarani
INTEGRANTES: Ana Julia Parada, Beatriz Freitas, Giovanna Zanette , Inara Cristina Pereira, Luiza Carvalho, Maria Stella Tosold
PROFESSORES: Eduardo Colonelli | ASSISTENTE: Thais Reyes | INTERESSE: Morar
Entendemos o Jaraguá como um território intrínseco a sobrevivência de um grupo, um região que estabelece uma intersecção frágil entre a cidade e a natureza. A validação dessas disputas pela sociedade juruá é crucial para tratar questões de extrema relevância na atualidade – o desmatamento, a fome, a crise climática. Cabe a universidade, no que diz respeito a produção de conhecimento, se aliar e contribuir com a defesa de povos, culturas e biomas. Nossa proposição final considera a necessidade de difundir as pesquisas e a luta dos povos da floresta pelo espaço urbano, através de folhetos e lambes pela cidade.
G09 – IMPRESSÕES PESSOAIS SOBRE O HABITAR PAULISTANO
INTEGRANTES: Carolina Cukier, Cintia Tamy, Eduardo Baltazar, Julia Alves, Luisa Teperman e Manoela Ambrosio
PROFESSORES: Felipe Noto | ASSISTENTE: Ana Paula Siqueira | INTERESSE: Morar, análise através do desenho
Iniciamos esse trabalho através da discussão sobre o que é o morar. Entendemos que não é apenas restrito às nossas casas, mas também nossa vivência e experiências pessoais na cidade. A partir disso, decidimos retratar por meio de desenhos em nossos percursos cotidianos. Primeiramente pensamos em três trajetos coletivos e três individuais. Criamos um ecossistema de caminhos, tendo como partida a Escola da Cidade, um lugar em comum onde passamos grande parte dos nossos dias. Nos encontramos nesse ponto inicial e juntos percorremos até alguns lugares que nos eram familiares e que faziam, de alguma forma, parte do nosso dia-a-dia, como a Universitária, o Sesc 24 de Maio e um trajeto passando por diversos restaurantes que costumamos frequentar. Durante a caminhada, percebemos que alguns pontos específicos eram mais relevantes para nós, a partir disso cada um fez um desenho junto de pequenos textos para essas rotas, combinando traços e linguagens do grupo. Em paralelo a isso, os membros do grupo selecionaram trajetos que frequentemente realizavam individualmente e tinham uma relevância para o seu morar, através do mesmo processo de representação. A fim de unir todos os desenhos, decidimos colocar os produtos em um site, tornando a visualização mais interativa e acessível. No site têm a opção de selecionar uma rota de cada um para ver os desenhos e pontos que marcamos, além de poder ver as rotas coletivas.
https://eduugartebaltazar.wixsite.com/my-site-4
G10 – Centro Educativo de pesquisa Juquery
INTEGRANTES: Beatriz Teixeira, Bruna Santos, Catarina Trinca, Marília Peceguini, Pedro Goes, Tailane Morena
PROFESSORES: Marcos Boldarini | ASSISTENTE: Luiz Gustavo Sobral | INTERESSE: habitação modular autossustentável
O Trabalho tem como objetivo a interlocução entre a natureza e a cidade por meio da arquitetura e habitação. Escolhemos o parque Estadual do Juquery como local de estudo por sua relevância ambiental e caráter de resistência em meio a cidade. O parque abriga importante remanescente do bioma Cerrado, e nascentes importantíssimas para o abastecimento de agua nas áreas urbanas. O grupo entende como necessário o contato equilibrado entre cidade e natureza por meio de pessoas, por isso nosso trabalho contempla um centro educativo de pesquisa para que essa relação se estreite.
G11 – COLETOR DE ÁGUA
INTEGRANTES: Bruno Maschio Juliana Simantob Luiza Falcão Maria Meira Ricardo Mancini Vitória Cruz
PROFESSORES: Marta Moreira| ASSISTENTE: Sheroll Martins | INTERESSE: Morar e Rios Voadores
O coletor surgiu como um objeto que proporciona a visualização da presença da água no ar através da transformação dessa umidade em forma gasosa, em água líquida. Como visto nas pesquisas apontadas anteriormente, o fenômeno natural dos Rios Voadores é uma das grandes determinantes para se manter a umidade do ar nas diversas regiões em que passa. Os ventos vindos da região amazônica carregam essa imensa massa de água para o sul da América do Sul, fazendo com que passe por grande parte do Brasil, Chile, Argentina etc. Com o simples ato de intencionar a condensação da água gasosa contida no ar que nos rodeia em água em sua forma líquida, o coletor pretende proporcionar a percepção da presença física e influência desse fenômeno e, diretamente ligada a ele, da floresta amazônica. A floresta está em nossas cidade, nos rodeia como um todo através das gotículas de água presentes do ar derivadas da evapotranspiração das árvores da Amazônia. O coletor, desse modo, quando é instalado em uma cidade, funciona como uma lente que nos permite enxergar essa presença, até então, invisível. Além de servir como meio de visualização e conscientização da importância da floresta amazônica para as demais cidades brasileiras, o coletor não deixa de servir também como um “produtor” de água que pode ser utilizada para diversos fins. O Coletor foi idealizado para funcionar tanto individualmente, como em agrupamentos de volumetrias variadas. Seu módulo é constituído por estrutura em bambu, tirantes de fixação e malha raschel de polipropileno (ainda em desenvolvimento). Seu esquema de captação, como módulo, é simples. Baseando a ação da condensação da água na malha e polipropileno, é interessante que a mesma ocupe o máximo de área possível. Os bambus, além de servirem para estruturar o módulo, vão também conter a água em estado líquido e direcioná-la para um local de armazenamento. A forma escolhida para constituir o módulo 01 do coletor foi o polígono regular hexágono pois: proporciona a maior área de coleta pela menor quantidade de estrutura necessária quando agrupada, possui todas as arestas em ângulo, o que possibilita a descida natural da água coletada através do interior do bambu. Quando agrupados, os hexágonos conformam ângulos de 120 graus em todos seus vértices. Essa liga tripla de 120 graus constitui o arranjo mais estável considerando os esforços de tração e compressão. Apesar de serem extremamente estáveis no plano vertical, o agrupamento como um “malha” é flexível horizontalmente, o que possibilita explorar volumetrias variadas e leves. Nessa etapa do trabalho nos debruçamos no desenvolvimento da tectônica do objeto e de como seriam seus enlaces. Também a busca por uma materialidade acessível, tamanhos e dimensões de um módulo, possíveis associações entre os módulos e detalhamentos de fundação. Foi realizado também um protótipo (maquete) do objeto.
G12 – Acervo de moradas transgressoras
INTEGRANTES: Gabriela Sá, Fernanda Roriz, Eliza Previato, Laura Ferrarezi, Gabriela Sanovicz e Gabriela Balbino
PROFESSORES: Vito Machione | ASSISTENTE: Sheroll Martins | INTERESSE: Morar – Relação corpo e lar, subversão à linguagem universal
Depois de nos debruçarmos sobre uma pesquisa teórica e de referências de domesticidades que fujam do padrão ocidental, heteronormativo, patriarcal e da família nuclear. Afim de aproximar nossa pesquisa da realidade, elaboramos um formulário de contribuição anônima para a construção colaborativa de um acervo de registros que elucidem a domesticidade queer. A divulgação da pesquisa e do formulário nos ofereceu também a oportunidade de compartilhar nossas pesquisas por meio de uma conta do Instagram (@morada.transgressora). Para a banca final presencial, pretendemos elaborar um projeto simples de expografia dos registros coletados até então.
G13 – Pavilhão Alimento
INTEGRANTES: Antonio Vicalvi Gabriel Dutra Juliana Menezes Ricardo Kalil Tamires Ruffino Victória Fenólio
PROFESSORES: Gleuson Pinheiro | ASSISTENTE: André Sauaia | INTERESSE: agricultura urbana/produção de alimentos na cidade
No desenvolvimento das últimas semanas começamos a fazer um edital e desenvolver um partido para o nosso projeto, para evidenciar, produzir e vender a produção agrícola de iniciativas existentes, como a Comuna Irmã Alberta do MST. Pensando no projeto, nossa intenção é criar um edifício de plataforma crítica, como ferramenta de denúncia e de exposição de contradições, formado por 4 propostas complementares. Sendo elas, local que possamos tratar diversos assuntos, de forma textual, objetificada e lúdica. Além de um local de desenvolvimento da educação, produção e consumo, imaginamos um espaço que promova o lazer dos colaboradores e funcionários. Gerando assim experiências que se complementam e possibilitam o consumidor se conscientizar quanto aos tipos de produtos e suas relações com o meio ambiente. No térreo é possível acessar o prédio por duas ruas diferentes, criando um fluxo de passagem que pode ser usado tanto apenas por pedestres que desejam cortar caminho, quanto por indivíduos que procuram um lugar de convivência pública, um centro cultural. Ao adentrar o edifício há uma introdução sobre o que será mostrado nos andares acima, fazendo o visitante ter os conceitos necessários para ter maior entendimento do que será tratado nos pavimentos acima. No primeiro pavimento se apresenta a agricultura familiar, tendo exposições textuais e ilustrativas sobre o assunto, espaços de moradias e plantações dispostas em todo o ambiente, mostrando a importância da família para a produção nacional. Já no segundo andar o indivíduo se depara com a hidroponia, pavimento com características lúdicas e paisagísticas, que busca exibir o ciclo d’água da técnica de se cultivar espécies de plantas sem o uso do solo. Por fim há a monocultura, uma agricultura com uma mão de obra automatizada, e que apresenta uma área administrativa, relativizando as discussões do agronegócio e a lucratividade a todo custo. Como já dito, um edifício ‘verde’, no centro da cidade, com capacidade de garantir espaços para o cultivo de alimento, comercialização do alimento, educação, lazer, e que valorizem a cultura da agricultura orgânico e sustentável. Buscando enfatizar, como debate as questões da produção dos alimentos e as técnicas utilizadas para a produção destes.
G14 – Abrigos Modulares para Abelhas
INTEGRANTES: Dante Rovere, Luigi Franco, Maria Donato, Maria Gruber, Maria Vizeu, Paulo Gabriel Vargas
PROFESSORES: Vitor Pissaia | ASSISTENTE: Luiz Gustavo Fernandes | INTERESSE: Ambiente
Nas últimas semanas, investigamos o território de Parelheiros buscando entender as dinâmicas entre a produção, a cidade e a floresta. Nos chamou a atenção o bairro da Vargem Grande, que ocupa um trecho relevante da Cratera da Colônia. A cratera é formada por um cinturão verde, que é rasgado pelo bairro da vargem grande. Ao redor da parte mais alta da cratera, muitas fazendas desenvolvem suas produções. Tal configuração territorial chamou nossa atenção por poder ser potencialmente beneficiada pelos abrigos modulares. A partir da escolha do recorte para desenvolvimento do projeto, realizamos um corte síntese passando pela extensão dos 4km da cratera, buscando uma analise mais próxima das interseções entre cidade, floresta e produção. Notamos um grande contraste que resulta em uma divisão marcada do que é cidade e o que é floresta, como se existisse um muro invisível. Os próximos passos do grupo serão realizar cortes e plantas ampliados dos locais onde ocorre a transição de um cenário para o outro, sugerindo intervenções que irão partir do abrigo modular para soluções específicas para cada situação ampliada.
G15 – Raízes da Cidade: Conectando áreas verdes
INTEGRANTES: Daniel Cohn, Dora Camarero, Gabriela Rochitte, Pedro Janeiro, Reinaldo Almeida e Tatiane Leandro da Silva
PROFESSORES: Camila Toledo | ASSISTENTE: Lucas Nadalini | INTERESSE: Ambiente e Sistemas
Partindo da prerrogativa de que os espaços livres na cidade devam representar ao menos uma função social aos seus habitantes, começamos a questionar o aproveitamento dos espaços empregados para a passagem de uma infraestrutura pesada e comunicadora em sistemas que interferem no sistema viário, de espaços públicos e privados, promovendo ruptura na permeabilidade e ocupação do solo que caracterizam territórios divididos e deficientes de mobilidade ativa aos pedestres. Na localidade de São Mateus, zona leste de São Paulo encontramos esta situação da sobreposição desses diversos sistemas (linhas de alta tensão, adutoras de abastecimento de água e oleodutos) sobre a ocupação ordenada da cidade, sendo objeto de estudo as possibilidades desses espaços, dotando-os de uma rede de tecido verde, mecanismos que possibilitem seguridade alimentar, melhor permeabilidade do tecido urbano e espaços e meios de sociabilização públicos.
G16 – Conexão urbana
INTEGRANTES: Gabriel Chieppe, Letícia Morikawa, Antonio Camargo, Diniz Mbure, Mariana Grau, Luiza Leite
PROFESSORES: Pedro Sales | ASSISTENTE: Filipe Dória | INTERESSE: Ambiente, urbanismo e desenho
O trabalho está se consolidando na tentativa de compreender a várzea do rio Tietê como um elemento fundamentador e muito importante para a cidade de São Paulo e para as pessoas. O intuito é retomar no desenho urbano os antigos limites das águas, revelando sua memória e seus processos naturais. Nesse sentido, a proposta é criar uma praça das águas, no local onde, em seu processo natural, parte do rio Tietê passava. A ideia é articular esse lote com outros dois parques existentes no entorno, na tentativa de criar uma várzea mais condizente com os processos naturais do rio, assim como estabelecer um uso mais interessante dessa orla para os habitantes da região.
G17 – Reativando Territórios: a reconexão de Recife com o Cais Estelita e suas adjacências
INTEGRANTES: Amanda Freitas | Gyovanna Freire | Isabela Laet | João Pedro Puntoni | Livia Braggio | Raul Souza
PROFESSORES: Francisco Fanucci | ASSISTENTE: Adam Manfredi | INTERESSE: Ambientes
O Cais Estelita, local apropriado pelo mercado imobiliário, teve seu espaço transformado em um grande empreendimento imobiliário com benefícios apenas à classe elitista, que ali habitarão após construção. Ainda após as reivindicações e ocupações, o Cais Estelita foi demolido e hoje, já se compreende em três torres residenciais e um edifício garagem quase completos. Muito além dos inúmeros problemas que o empreendimento carrega consigo, logo atrás ao seu território, encontram-se duas grandes comunidades, que já receberam esperanças de moradia dignas não cumpridas e que, às margens do rio Capibaribe, seguem com a ausência de atenção estatal. Para tanto, propomos aqui um projeto de comuna, que incorpora serviços, lazer, comércios e novas habitações, considerando também a realidade do que já está construído (as torres), que serão apropriadas pelo projeto na intenção de manter relações entre as populações de classes alta e baixa renda. Assim, até o momento temos o plano de massas definido por completo para que nas próximas etapas possamos nos aproximar projetualmente ao equipamento Centro Cultural.
G18 – Espaços ociosos: a agricultura urbana nos linhões
INTEGRANTES: Lúmina Kikuchi, Fernanda Teixeira, Beatriz Hübner, Ícaro Cordaro e Mariana Macedo
PROFESSORES: Ligia Miranda | ASSISTENTE: Barbara Francelin | INTERESSE: Ambiente
Após visita ao local estudado, o grupo decidiu realizar um mini-documentário pensando nos terrenos dos linhões ocupados com hortas urbanas, refletindo a relação entre cidade e natureza e as barreiras entre esses elementos e se debruçando sobre a diferença entre a produção das hortas visitadas. Na próxima etapa, buscaremos aprofundar o roteiro pré-definido e desenvolver o material necessário para produzir o vídeo completo.
https://drive.google.com/file/d/1Km_rjZl0Dxa1uGc7EByOWF8HGmthUseW/view?usp=sharing
G19 – Trabalho: ação coletiva
INTEGRANTES: Camila de Branco, Enzo Amadei, Luana Cobra, Maria Eduarda Lovisi, Igor Helian, Gabriela Fuganholi
PROFESSORES: André Vainer | ASSISTENTE: Thais Reyes | INTERESSE: Trabalho
Diante de diversas questões girando em torno do trabalho, como as altas no desemprego ou subempregos, além de sua precarização, pretendemos projetar um equipamento de assistência que contribua para o trabalho de entregadores e motoristas de aplicativo. Com isso, buscamos fortalecer essa forma de trabalho, indo na contramão do processo de “uberização”, dando melhores condições de trabalho por meio da arquitetura. Com isso, buscamos refletir sobre como essas outras maneiras de organizações coletivas e de emprego da força de trabalho podem ser dispostas de maneira funcional na cidade de forma que sejam amparadas pela arquitetura em questão, estando o projeto cumprindo um papel de lhes conferir um diferencial competitivo, contribuindo para sua perenidade e crescimento. Para nos aproximarmos dos entregadores, elaboramos uma pesquisa online que visa entender as reais demandas do dia a dia. Questionamos sobre deslocamento, satisfação, remuneração, suportes necessários para proporcionar uma melhor jornada de trabalho. A partir das respostas desenvolvemos um programa de arquitetura para atender essas necessidades. Considerando o módulo padrão de vagas de estacionamento, iniciamos o projeto de disposição dos programas: sanitários, bebedouros, copa, local para repouso e espera, local para carregar o celular, oficina mecânica, atendimento médico para pequenos ferimentos e mal estar e assistência social. Além disso, nos preocupamos em pensar em estruturas, materialidades, conforto ambiental e todas as questões que guiam as possibilidades de implantação. Pensando em como dispor esse equipamento por toda São Paulo e região metropolitana, e considerando a urgência com que devem ser instalados, pensamos em usar os estacionamentos de shoppings. Fizemos uma primeira implantação do equipamento projetado tipo A (com programas de necessidades básicas) no estacionamento do shopping Eldorado, que se justifica pela sua condição urbana: próximo a grandes vias de fluxo rápido, ciclo faixas, por estar próximo ao mercado consumidor de serviços de delivery, próximo aos estabelecimentos e comércios, mas também por estar próximo aos bairros de moradia dos próprios entregadores, como a vila Sônia, Capão Redondo e cidades da região metropolitana. Para as próximas etapas, continuaremos o projeto pensando nas outras tipologias de equipamentos e em como isso irá criar uma rede de apoio a motoboys, ciclistas e motoristas por toda a cidade.
G20 – Como Implementar uma Cooperativa de Construção Civil
INTEGRANTES: André Barroncas Abrão, Clara Aguillera, Henrique Ortiz, Laura Maiani, Pedro Garcia Lopes
PROFESSORES: Carol Tonetti | ASSISTENTE: Lucas Zabeu | INTERESSE: Trabalho e arquitetura
Ao começar a estudar e analisar as formas de trabalho e como o mercado funciona, com foco na área da construção civil, sentimos uma grande aflição e indignação em função dos direitos trabalhistas, onde os trabalhadores, principalmente de base de produção, não são valorizados e não têm garantias em relação à segurança no ambiente de trabalho. A construção civil é caracterizada pela precariedade na qualificação da mão de obra e pela descontinuidade nos processos de produção, por conta da mobilização e desmobilização das equipes a cada obra executada. Além disso, no ano 2000 a construção civil foi considerada a profissão que mais apresentou óbitos em acidente de trabalho no país, segundo o MTE. Com essa indignação fomos estimulados a pensar em novas formas de atuar no campo da construção civil, com soluções mais humanas para esses problemas sociais. Estipulamos como objetivo qualificar os processos de trabalho, quebrando com os parâmetros alienados de produção e visando formas de melhorar a segurança dos trabalhadores, a partir de incentivos e de uma maior estabilidade no emprego. Além disso, almeja-se uma maior horizontalidade entre os diferentes profissionais da área, com suas funções e remunerações menos desiguais, a fim de tentar minimizar a segregação socioespacial, existente tanto na cidade quanto no próprio espaço de trabalho. Como uma alternativa para alcançar nossas ambições, propomos a criação e articulação de uma cooperativa de construção civil, que possa influenciar positivamente as práticas no canteiro de obras. A organização teria como princípio a execução mais eficiente de seus projetos, com um melhor controle sobre seus insumos e mais confiabilidade com relação aos prazos de obra. Estes objetivos seriam viabilizados através da produção de pré-fabricados em seriação, que aparecem como um meio possível para se desenvolver um ambiente de trabalho mais horizontal (por exigir um maior planejamento da produção), e um menor custo nas obras. A cooperativa possibilitaria a geração de renda para os cooperados, assim como traria oportunidades de trocas e de ensino entre todos os envolvidos. A proposta é fomentar uma cooperativa de produção de sistemas construtivos leves e manufaturados, em pequenas unidades de produção seriada. A cooperativa teria como base o conceito de economia solidária, que é basicamente o nome dado aos conjuntos de atividades econômicas sob a forma da autogestão, de forma que os trabalhadores e as camadas populares mais baixas possam estar envolvidos tanto no projeto quanto na execução de forma horizontal. Ações colaborativas, a partir da articulação de diferentes profissionais, têm o potencial de atender às demandas sociais de maneira mais qualificada, com uma produção mais eficaz e mais consciente em relação à sustentabilidade, podendo trazer mais segurança aos trabalhadores, estabilidade e incentivo na produção. Técnicas e métodos participativos de atuação podem viabilizar soluções para emergências sistêmicas.
No período entre a banca 2 e a banca 3, o grupo selecionou um recorte específico do bairro do Jardim Ângela e avançou em levantamentos gráficos (diagramas, modelo 3D, desenhos, etc). Além de realizar uma leitura mais crítica das referências abordadas na pesquisa teórica.
G21- Formas de Coexistir
INTEGRANTES: Jorge Forjaz Enrico Maksoud Marina Tiellet Victor Kozuma Isabella Caramuru Gabriel Moran
PROFESSORES: Anderson Freitas | ASSISTENTE: Filipe Doria | INTERESSE: Ambientes. Meio: Arquitetura
Aprofundando a intenção projetual por detrás de toda construção investigativa exposta no decorrer do trabalho, a proposta preliminar da elaboração de uma via como solução à mobilidade local sob a escala da comunidade do Bonete expande-se em justificativa da capacidade e intenção do trabalho de abranger tal equipamento não só como infraestrutura, mas também sistema de acessibilidade repercutível a toda a Ilha. Dessa forma, o projeto desenvolve-se com a apresentação de uma espécie de anel viário, que circunda a orla de Ilhabela partindo de uma composição de materiais e tecnologias capazes de garantir um desenho leve e solto, factual e simbolicamente com a cautela necessária sob a condução de uma intervenção desse caráter em um cenário tão delicado à preservação. À vista disso, prioriza-se a apuração das possíveis conexões e acessos do anel, eventualidades do trajeto e do espaço comunitário a ser proposto, assim como a formalização do detalhamento técnico e gráfico da proposição.
G22 – Travessia
INTEGRANTES: Maria Thereza Azzuz, Felipe Klinger, Gabriel Talib de Mello, Nathan Montanari, Joao Borges
PROFESSORES: Fernanda Barbara | ASSISTENTE: Marina Brandão | INTERESSE: Ambiente
O grupo iniciou o processo de construção da maquete e desenvolvimento do projeto, que visa a ampliação do passeio do pedestre e a implantação de uma ciclovia na ponte da Cidade Universitária, em bambu. Ela conectará o portão para pedestres da USP à estação CPTM Cidade Universitária, tão como facilitará o acesso de ciclistas à ciclovia da Marginal Pinheiros [CicloPinheiros], e o pedestre em direção à praça Panamericana.
G23 – A Domesticidade contada: uma narrativa sonora do espaço
INTEGRANTES: Adriana Porto Alegre, Beatriz Mendes de Oliveira, Felippe Samburgo, Gabriela Toral, Luiz Anjos, Luiza Souza
PROFESSORES: Cesar Shundi | ASSISTENTE: Melyssa Maila | INTERESSE: Cultura
Considerando os apontamentos feitos pelos Professores Orientadores na banca anterior, assim como a continuidade da pesquisa, nos aprofundamos na análise dos eixos de discussão e questionamentos levantados previamente. Definimos, então, tais eixos como estruturadores do trabalho, reorganizados e sintetizados agora em cinco: corpo humano; afeto; indivíduo-objeto; ambiente de transição; e ambiente externo. Assim circunscritos, propomos uma linha narrativa iniciada no indivíduo, que conduz o interlocutor ao exterior através das diferentes camadas do espaço doméstico. Nesse sentido, cada um dos eixos elaborados corresponde a um exercício de escrita, que estará apoiado em um espaço / cenário da casa. A pesquisa também foi expandida para os sons do doméstico, isto é, como forma de concretização do trabalho escolhemos o áudio como meio de apresentação da narrativa traçada, sendo o podcast o formato / veículo selecionado para tal.
G24 – O Caderno da Forma: Aculturação em Curso
INTEGRANTES: Alicia Soares, Daniel Kenji, Daniel Parente, Fernanda Farias, Julia Decco e Luiza Minassian
PROFESSORES: Ruben Otero | ASSISTENTE: Melyssa Maila | INTERESSE: Cultura, desenho, tecnologia e projeto
Desde a definição da segunda etapa de desenvolvimento do trabalho, seguimos catalogando técnicas construtivas, investigado possíveis maneiras de reinserir itens passíveis de descarte em seu ciclo de vida útil, destrinchando as propriedades dos recursos naturais e as particularidades de cada material. Reunindo estes saberes, verificamos a possibilidade de dispor as informações em formato de ficheiro, sintetizando-as em ordem prática para um uso recorrente, e que possa continuar se desenvolvendo e complementando com o tempo. Exploramos, agora, a partir do exercício de desenho da Casa de Cultura, como essas diferentes escolhas de aplicações, de origem e meio, influenciam na forma; enfim.
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