G.41 Vozes da construção

ETAPA 1:

Com base no tema Modos de Pensar e Modos de Fazer, nos debruçamos sobre as relações análogas ao trabalho escravo geradas no canteiro de obras, buscando entender a fundo estas interações trabalhistas desiguais e desumanas que ocorrem no setor da construção civil, levando ele a ser o segundo mais perigoso para o trabalhador brasileiro.

Com base em pesquisas, percebemos que em quase 100% das relações trabalhistas na construção, funcionam de forma desigual aonde existe uma pirâmide intelectual e técnica, na qual aqueles do topo possuem maior instrução, recebem muito mais do que a base inteira da pirâmide junta, que trabalha fisicamente em ambientes de relações mais obscuras que tem raízes na tradição escravocrata brasileira.

  

 

 

 

 

 

ETAPA 2:

Por outro lado isso nem sempre é regra, movimentos de moradia em parcerias ideológicas com assessorias técnicas, quase extintas nos dias de hoje, possuem uma relação muito mais horizontal de trabalho, participativa, autogestionada em mutirão que dão prioridade a pequenas empresas locais para construir um ambiente mais harmônico com o sentimento de apropriação do território. Além de fazerem uma organização pautada na pontuação de cada família que se filia ao movimento, também evidenciam a prestação de contas mensalmente, dividindo o trabalho de forma justa, entendemos que teríamos muito o que aprender com esses movimentos no que se trata do direito a cidade e na construção de uma sociedade mais integradora. O esquema dessas organizações reivindica os direitos dos trabalhadores de uma forma muito inteligente, sendo capaz de diminuir o preço da obra e de incluir aqueles que são marginalizados.

ETAPA 3:

Para fundamentar a pesquisa que nos levou ao mutirão, desenvolvemos uma linha do tempo a qual aborda as fases da habitação social, desde o início da crescente crise habitacional aos tempos atuais, o qual acreditamos que, seja até hoje o método mais evoluído de gestão e produção.

A linha do tempo foi baseada em quatro principais temas: políticas públicas de moradia, políticos que influenciaram a habitação social, métodos de construção e a evolução da moradia de acordo com a gestão. Nosso objetivo foi vincular esses temas, demonstrando a relação direta do poder público sobre a habitação. No fim, concluímos que o método de autogestão somado ao mutirão é o método mais evoluído comparado a outras soluções construtivas.

Para embasar nossa pesquisa e exemplificar a autogestão, visitamos uma obra na Barra do Jacaré a qual nos permitiu ter maior conhecimento sobre o processo de aquisição do terreno, da construção da habitação e do trabalho que o movimento exerce socialmente.

 

 

 

 

ETAPA 4 – ENTREGA FINAL

Para concluirmos a pesquisa sobre o tema “Mutirão de Autogestão” realizado durante o Estúdio Vertical, encerramos o ciclo de trabalho com o desenvolvimento de um vídeo, reunindo o conteúdo gravado durante nossas visitas e entrevistas. A primeira parte do estudo constituiu-se de uma pesquisa teórica sobre o assunto, que se complementa com a visão prática mostrada no vídeo.

Além dos temas abordados da autogestão, política e construção tratados pelas pessoas que vivem esse novo método realizado na moradia no Brasil, o vídeo também tem o intuito transmitir de forma prática, aos estudantes de arquitetura e arquitetos, a deficiência do mercado de arquitetos e da educação no modelo de autogestão.

Para ver o video clique aqui