“Formas de Aprender: Vivenciando a Amorim Lima” tratar-se de um projeto que teve início no primeiro semestre de 2018 na disciplina do Estúdio Vertical, ampliando nossos olhares e compreensão dos espaços educacionais aliados a pedagogia, a EMEF. Desembargador Amorim Lima surge quase como caso específico, mas também como um modelo que pode ser implantado em diversos locais. Nesse semestre pretende-se explorar mais profundamente, questões que possibilitem o entendimento acerca do papel dos espaços escolares aliados a pedagogia, além da utilização de uma bibliografia fundamental, que nos possibilite uma inserção analítica desses ambientes. Para isso realizaremos atividades semanais com alunos do 1 e 2 anos, tutores, professores e funcionários, visando a compreensão dos espaços escolares através do olhar de quem a vivência diariamente.
Segunda entrega:
Nessa etapa o projeto… de EV-TC, visou estabelecer algumas diretrizes para as atividades que serão realizadas ao longo do semestre como método e análise do espaço e ocupação da EMEF. Desembargador Amorim Lima. Tendo como objetivo a discussão sobre:
– A apropriação do espaço da escola;
– Leitura de uso dos ambientes;
– Transição de ambientes: casa –> escola –> cidade
– Relação pedagogia e espaço com foco nos ambientes educativos;
– Compreender a percepção do olhar pelos alunos sobre escola;
– Apresentação (depois) de outros ângulos desse olhar;
– Percepção do que é “ individual” e “coletivo” no espaço educativo;
– Entender a relação entre “Amorim-Escola” e “Amorim-Comunidade”;
– Espaço efetivo/identidade/memória.
As atividades propostas utilizam da metodologia do desenho de memória e observação dos espaços da CASA, ESCOLA e CIDADE que serão realizados com turmas do primeiro ciclo – crianças de 6 a 7 anos e segundo ciclo -adolescentes entre 13 e 14 anos. Com a finalidade de compreensão e análise do espaço e ocupação da Amorim Lima partindo de seus usuários. Por fim, será realizado uma exposição em conjunto com os alunos que possui como eixo central a reflexão do “fazer pensar na escola”.
Terceira entrega:
“De alguma maneira, a questão do espaço sempre esteve presente em nossas atividades. Não tanto o espaço enquanto resultado da concepção de um arquiteto, mas antes a forma como é organizado, distribuído e direcionado pelos que detêm o poder e como esse espaço é apropriado ou não por aqueles a quem se destinaria. ”(LIMA, Mayumi Watanabe de Souza. A cidade e a criança. São Paulo: Studio Nobel, 1989)
Ao longo dessa etapa foram desenvolvidas quatro atividades no período de tutoria da professora Flavia, ressaltando questões acerca dos espaços e vivências da escola, partindo do olhar das crianças do primeiro ciclo com nove a dez anos de idade. Essas atividades foram desenvolvidas ora por desenhos realizados pelos alunos com foco na vivência da cidade e no entorno além de destacarem lugares que mais gostam na escola, ora pelo reconhecimento e leitura de plantas baixas da Amorim Lima, após essa aproximação fizemos algumas perguntas como: Quais os lugares de brincar e aprender? Lugares de Barulho e de silêncio? Lugares de crianças e adultos? Lugares que estão juntos e sozinhos? e entregamos etiquetas coloridas com intuito de compreender o que é a Amorim Lima por seus usuários.
Quarta entrega:
“As observações sugerem, portanto, que o espaço físico isolado do
ambiente só existe na cabeça dos adultos para medi-lo, para vendê-lo, para
guardá-lo. Para a criança existe o espaço-alegria, o espaço-medo, o espaço-
proteção, o espaço-mistério, o espaço-descoberta, enfim, os espaços da
liberdade ou da opressão. ” (LIMA, 1989, p.30)
A partir das atividades realizadas ao logo de um mês, observamos a relação que as crianças
possuem com o espaço e como se dá a ocupação na escola, através do olha subjetivo dos
alunos que muitas vezes expressam um lado mais afetivo, alegre, libertário e coletivo.
Possibilitando a compreensão dos diversos olhares e significados através dos desenhos e ao
longo das atividades propostas, tendo como eixo o viver da criança, assim subsidiando
discussões e reflexões acerca do espaço da escola, não pelo olhar da concepção de um
arquiteto, mas sim como é direcionado, organizado e apropriado por aquelas a quem
se destinaria. (LIMA, 1989, p.9)
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