G04_Projeto Estratégico em Aparecida do Rio Doce

Entrega 1

Entrega 2

Na semana do dia 13/03 aconteceu a nossa sessão de filmes ao ar livre. Ela ocorreu na empena do prédio da câmara legislativa. O evento não deu tão certo ao mesmo tempo que deu. No meio do filme choveu, o carro com alto falante divulgou o horário errado e no dia acontecerem atípicos três eventos na cidade. Porém a prefeita compareceu ao evento e a criançada realmente gostou. Teve um garoto que chegou a dizer para a Marina ”Moça, você veio trazer alegria para a nossa cidade”.

Os primeiros habitantes do povoado que antes pertencia ao município de Jataí chegaram ocupando o lado sul do rio Doce, até então, não havia nada construído que proporcionasse a transposição do mesmo.  A primeira ponte construída, denominada de “Ponte Velha” foi feia em 1934, sendo a primeira obra de importância e de infraestrutura considerada na região, tratando-se de uma transposição importante do rio.

Contudo, no fim da década de 50, iniciou-se a construção da chamada “Ponte Nova”, empreitada que trouxe consigo várias famílias e novos comércios para atender as necessidades básicas dessa região que ganhava notoriedade por sua importância como transposição. Em meados dos anos 60 foi construída pelo prefeito da cidade de Cachoeira Alta a primeira escola do povoado, que logo foi destruída para dar lugar à construção da BR 364, rodovia que corta a cidade.

Na margem norte do rio Doce, em 1962 surgiu-se um povoado após o loteamento da antiga fazenda Paciência. Sua primeira construção, às margens da BR 364, foi a Igreja Nossa Senhora Aparecida. Em 1971 a vila foi elevada à distrito do município de Jataí, e em 91 a antiga vila se torna o município de Aparecida do Rio Doce.

 


Foi necessário entender o contexto econômico da “nossa cidadezinha” para buscar as dinâmicas externas à cidade que colaboram positivamente ou negativamente para a qualidade de vida em Aparecida do Rio Doce. A análise da Macrorregião do Sudoeste de Goiás mostrou-se pertinente à medida que descobrimos a importância agropecuária dessa região em escala nacional. Encontramos análises que a classificam como a região mais promissora do país no desenvolvimento econômico da agropecuária.

 



Trata-se de uma cidade inserida em um contexto novo para nós no meio acadêmico: uma cidade local em um contexto rural. Por isso não sabíamos analisar a morfologia para fazer correlações entre desenho e dinâmicas, não urbanas, mas sim rurais. Transpondo esse conhecimento da escala da macrorregião para a escala do município, percebemos relações entre as questões de ordem econômica e as tipologias. Aprendemos a entender as morfologias rurais no município de Aparecida do Rio Doce e, então, adquirimos maior conhecimento sobre as dinâmicas geradoras desse território.



As principais atrações da cidade podem ser polarizadas em dois extremos: a igreja e o bar. Não são os únicos hobbies mas, sim os mais expressivos. Por causa disso (especulamos) existe um significativo índice de alcoolismo e um total de 26 igrejas em uma cidade de 2500 habitantes.


As calçadas são largas, algo em torno de 5m, porém, não há uma cultura de apropriação do passeio público. Os habitantes têm o hábito de andar na via e as calçadas são usadas como plantio em muitos casos.
A comunicação visual da cidade possui algumas peculiaridades. Existem placas de “ não jogue lixo no chão” em lugares onde não há lixeiras. As placas de rua estão nas esquinas mas não contem nada escrito por causa do sol que as deixou esbranquiçadas. Como consequência disso, as placas das casas não possuem apenas o número da casa, mas também o nome da rua e o lote do terreno.

Existe um projeto da A.N.T.T. de duplicação da BR 364 (rodovia que corta a cidade pelo meio). Porém, percebemos que o projeto teria que extrair duas árvores de importância ambiental pois tratam-se de árvores-casa para os papagaios.  

Entrega 3

Seguindo o cronograma de trabalho, a viagem à Aparecida do Rio Doce possibilitou o levantamento de dados físicos e humanos. Além disso, o grupo participou de um Assembléia onde pôde discutir diretamente com a prefeitura sobre a duplicação da BR 364. 

Dado que não existia uma base completa da cidade, foi levantado in loco os dados que faltavam para a compreensão da malha urbana.

Como consequência do contato com a prefeitura, ganhamos abertura para sugerir idéias sobre a duplicação da rodovia.

 

Entrega final

O projeto de duplicação da rodovia, a princípio, não está mais nos planos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas surgiu outra oportunidade de proposição de melhorias para o trecho urbano da rodovia como ele é hoje.

Com a intenção de contrapor a fragmentação da malha urbana, criada pela BR-364, é proposto a criação de um novo eixo no sentido leste/oeste, cuja finalidade é conectar o território, integrando pontos marginais e fragmentados e valorizando outras partes da cidade, diminuindo a centralização existente nas beiras da rodovia.

Entende-se necessário contrapor esse grande eixo consolidado que é a BR364. Não acredita-se, porém, que essa lógica de hierarquização de vias deva ser adotada em todas as situações, uma vez que a homogeneidade das ruas são características da cidade e, do ponto de vista do grupo, uma virtude para um território urbano como este. Propõem-se então que essas intervenções ao longo do eixo leste/oeste interliguem-se com os demais pontos de importância da cidade, de modo que obtenha-se uma organização do território em rede, não só através de eixos.