G05 território do povo: ocupar, resistir e construir o quilombo cultural

ETAPA 04

território do povo: ocupar, resistir e construir o quilombo cultural

Em 2010, com a chegada da nova diretora Solange Amorim à antiga escola Campo Limpo I – localizada na divisa entre o Jardim Catanduva e o Jardim Olinda –, o rumo da unidade escolar mudou completamente. Diante de uma estrutura de organização completamente tradicional e consolidada que pouco dialogava com as demandas locais, a diretora colocou em prática o desejo de fortalecer o conselho escolar como uma instância representativa através de diversas discussões entre alunos, funcionários, professores, familiares e pais, para que se criasse uma nova identidade para o local, abarcando os desejos e demandas de todos que, direta ou indiretamente, faziam parte da escola.

Estabelecer o conselho como um local de debates e formação política, cultural e pedagógica que pudesse legitimar as decisões sobre os rumos que a escola teria dali para frente, seria de extrema importância para que a E.M.E.F. se colocasse de forma diferenciada em relação à todas as escolas municipais da cidade.

Um fato muito importante para a consolidação dessas novas práticas foi quando se deu o processo de votação para a mudança do nome da escola. Com forte adesão dos alunos, escolheu-se alterá-lo de Campo Limpo I para Dr. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. A referência ao ex-jogador que lutou pela democracia não foi em vão pois dialoga diretamente com os princípios que Solange trouxe para a nova gestão escolar. Em 2015, a gestão Haddad tornou oficial o novo nome da escola.

A partir dessa nova forma de atuação do conselho pedagógico, foi possível colocar em pauta um processo de interlocução com a comunidade para se discutir o uso do terreno que se localiza ao lado da escola, que acabava servindo como ponto de acúmulo de lixo e tráfico de drogas. Em junho de 2015, o Conselho Pedagógico da E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro resolveu convidar os coletivos culturais, associações de bairro do entorno e famílias de alunos para discutir o uso e transformação deste terreno baldio. A partir desse encontro nasceu a ideia do terreno se tornar um galpão cultural para oficinas culturais, esportivas, profissionalizantes e de lazer para toda a comunidade. Das reuniões de organização e mobilização para transformação do espaço e da adesão de várias outras representações locais surgiu o coletivo Território do Povo: uma federação de coletivos de diferentes origens e reinvindicações mas que compartilham a mesma bandeira do direito à cidade. Fazem parte dele a E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro, na figura de seu conselho de escola e do seu grêmio estudantil, a ASSAJO (Associação de Moradores do Jd. Olinda), a Brechoteca Biblioteca Popular, o Sarau do Binho, a escola de samba Acadêmicos do Campo Limpo, a Brava Companhia de Teatro, o movimento RUA – Juventude Anticapitalista e o coletivo de grafite KVC – Kores e Valores Crew.

Desde que o Território do Povo se formou foram realizadas algumas ocupações no terreno com o objetivo de chamar atenção, tanto do poder público quanto dos moradores, sobre a importância do local e seu potencial cultural. Aconteceram diversas oficinas de música, dança, grafite, algumas ações sociais articuladas com a UBS Campo Limpo e além disso, cortejos poéticos que passaram pelo entorno do terreno no Jardim Olinda.

Durante o segundo semestre de 2016, os alunos da Escola da Cidade entraram em contato pela primeira vez com o Território do Povo. Havia uma demanda para se pensar uma alternativa ao projeto de galpão cultural apresentado pela prefeitura em 2016. A partir desse momento, estabeleceu-se um vínculo entre a faculdade e o coletivo. Já em 2017 foi possível de fato aliar a demanda do projeto para o terreno com a disciplina do Estúdio Vertical que trouxe o tema Modos de Pensar e Modos de Fazer. Assim, ao longo do semestre, o grupo desenvolveu um projeto de ocupação para o terreno que levou em consideração a sua viabilidade, diálogo com o terreno e seu entorno e a troca com os agentes envolvidos no Território do Povo.

PREMISSAS PARA UM PROJETO POSSÍVEL O projeto desenvolvido no Estúdio Vertical – disciplina que une alunos de diferentes anos – buscou dialogar diretamente com o tema proposto Modos de Pensar e Modos de Fazer ao estabelecer uma intensa aproximação tanto com a situação física do local quanto com os agentes envolvidos na comunidade. Tendo como objetivo a formulação concreta de uma ocupação no terreno localizado ao lado da E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro – bem no coração do distrito do Campo Limpo – os caminhos experimentados indicaram uma busca por soluções espaciais e materiais que conciliassem demandas solicitadas formalmente pelo Território do Povo e as demais frentes que integram a ação conjunta pela apropriação do terreno, além de considerar a sua viabilidade futura. Partindo de um inexistente orçamento atrelado a um olhar arquitetônico advindo da nossa formação, a situação projetual exigiu uma posição minimamente técnica para que ela pudesse ser compreendida como exequível futuramente. A escolha por materiais acessíveis e de baixo custo esteve sempre atrelada à referências arquitetônicas que trabalham nesse sentido – trazendo a escala da mão, a falta de necessidade de mão-de-obra especializada, o mínimo de impacto na pré-existência – o que se traduziu em construções leves e de fácil execução.

A IMPLANTAÇÃO Foi pensada uma implantação que idealiza a ocupação em parte do terreno, tendo como norte um espaço bem desenhado a partir de estruturas que abrigam programas em diálogo direto com as demandas do Território do Povo: um palco para abrigar eventos culturais e reuniões das diversas agremiações que integram o coletivo, uma biblioteca para acolher o acervo e funcionamento da Brechoteca, uma geodésica que se coloca um pouco abaixo do nível do principal eixo de ligação e se estabelece como um espaço de leitura e atividades lúdicas-recreativas mais próximo da borda do córrego e, por fim, uma olaria que pretende acomodar a fabricação dos tijolos que serão utilizados na construção do palco e nos caminhos criados no terreno, além de figurar como um grande pavilhão que pode receber atividades relacionadas à construção. Todos volumes são conectados a um grande eixo central cuja largura varia de 1m até no máximo 1,5m e que passa pelo meio do projeto de paisagismo, criando um grande percurso no trecho ocupado.

A OLARIA A olaria se conforma como um grande pavilhão de madeira com uma chaminé, sendo que duas faces laterais ficam parcialmente fechadas pela telha metálica da cobertura, que acaba se tornando também um vedamento lateral. O desenho de sua planta é pautado pelos pilares de madeira da estrutura da cobertura, um grande forno e dois planos verticais feitos de tijolos. Para se evitar o desgaste da madeira com a água no piso, elevasse a chegada dos pilares com uma peça metálica, criando um distanciamento entre o piso e a própria madeira. O pavilhão adquire as dimensões de 12m de comprimento, 7,5m de largura e 3,7m de altura, conformando uma área totalmente coberta com cerca de 90m2. Na olaria pretende-se abrigar todo o processo de produção e armazenamento do tijolo: a criação da massa de argila, a disposição das fôrmas com o preenchimento feito a partir da massa criada, a secagem para que se tire toda a umidade do material e por fim a queima no forno.

A GEODÉSICA A cúpula geodésica proposta se implanta entre a olaria e a biblioteca, a partir de um leve desnível de cerca de 30cm, que aproxima ela do córrego da Olaria. Feita com bambu e encaixes de pvc e apoiada em blocos de tijolos sextavados, seu diâmetro mede 7m e sua altura 4m, sendo coberta por uma lona que se prende na própria estrutura. Forma-se um espaço acolhedor com potencial de reunir as mais diversas atividades que a ocupação pode vir a ter no futuro. Por ser uma estrutura leve, fácil e rápida de ser construída, pretende-se que seja o primeiro volume a ser erguido no terreno, a fim de ser um marco inicial de toda a ocupação.

BIBLIOTECA O projeto para o volume que irá abrigar o acervo da Brechoteca parte do desejo de se modular peças de madeira e constituir um pavilhão de fácil montagem. Implantado perto da escola, recebe o final do eixo do caminho principal. Com 4m de largura, 12m comprimento e 4,3m de altura, possui um mobiliário criado especialmente para o espaço: dois tipos de estantes para armazenamento de livros e revistas e dois tipos de bancos, sendo tudo feito de madeira. Um dos módulos da construção possui fechamento translúcido, permitindo a entrada de luz durante o dia. Já sua fachada lateral possui uma série de brises que garantem ainda mais luminosidade e permitem a ventilação cruzada no ambiente.

MÓDULO MOLHADO Um pequeno volume localizado entre a biblioteca e o primeiro acesso ao terreno que abriga um banheiro. A estrutura pretende suprir a demanda do público que estiver na ocupação e também de quem trabalha na Brechoteca.

PALCO O projeto para o palco introduz a técnica que utiliza o tijolo feito na própria olaria do terreno. Voltado para o lado oposto ao córrego da Olaria, possui planos verticais curvos de tijolos dispostos em um meio círculo que dão o caráter de concha acústica para ele e acabam criando espaços para coxia e depósitos. Parte de sua área é coberta por uma laje feita com painéis de cerâmica amarrados numa fôrma e moldados in loco. Nos momentos em que o palco não estiver sendo utilizado para apresentações, pode servir também como uma espécie de labirinto para que as crianças possam brincar ou também um suporte para reuniões. É uma construção leve e com altura de 3m, mantendo o diálogo com os outros volumes e com o partido de projeto de ocupação.

CONCLUSÃO Fica evidente no desenho da implantação o caráter mais público dos volumes situados imediatamente próximos às duas entradas do terreno – o palco de um lado e a biblioteca de outro. Desse modo, o intervalo entre esses dois volumes – onde se localiza o pavilhão da olaria e a geodésica – cria situações mais internas, com ocupações que pretendem ser mais permanentes, ou seja, espaços de convívio do dia-a-dia.

Adquire-se uma unidade no conjunto dos volumes projetados: por meio dos materiais, das escalas e das implantações que se voltam para lados diferentes mas que se encontram por eixos de percurso. A partir dessa escolha de ocupação, cria-se novas dinâmicas para um terreno hoje esvaziado.

A oportunidade de se chegar em uma resposta projetual factível para um espaço cujo organismo está em constante inquietação foi um grande desafio. Abarcar as demandas e necessidades locais junto à um terreno pré-existente e um orçamento diminuto para se pensar a ocupação exigiu que se aprofundasse principalmente sobre as lógicas construtivas e os materiais. Buscou-se, assim como a E.M.E.F. Dr. Sócrates tem feito nos últimos anos, criar uma identidade própria do projeto da ocupação do terreno. Tendo como finalidade estabelecer um novo ponto de produção e fomentação à cultura, o projeto busca promover o convívio e a comunhão social dentro do contexto dos jardins Catanduva e Olinda, fazendo da ocupação algo gerido pelos próprios moradores e todos os outros membros da comunidade.

ETAPA 03

a questão que embasa a criação da narrativa projetual, “modos de pensar e modos de fazer”, se aproximou com grande intensidade da situação a ser estudada e desenvolvida. tendo como objetivo a formulação concreta de uma ocupação provisória em um terreno localizado nas entranhas do bairro do campo limpo em são paulo, os caminhos experimentados foram de realmente trazer uma solução espacial conciliando demandas solicitadas formalmente pelo coletivo território do povo e as demais frentes que integram essa ação conjunta. foram mais duas realidades pilares responsáveis pelo início do desenvolvimento da idéia em paralelo com a realidade material de ação, imaginada a partir orçamento paupérrimo, e o olhar arquitetônico estruturador sobre essa situação que pedia uma posição minimamente técnica para que acontecer.

um outro elemento se insere nesse percurso é o fato de alinhar a possibilidade de construir realmente essa ocupação com o tempo determinado de projeto para o estudio vertical. quando trabalhamos com o fato de poder materializar o que se projeta adentramos um espaço sucetível a variáveis que nos apresentam outro tipo de tempo e um planejamento que escapa do que é premeditado. dado esse descompasso entre a materialização e o tempo do projeto semestral optamos por seguir outro caminho nessa lugar do trabalho. foi desenhado um projeto que idealiza a ocupação tendo como norte um espaço bem desenhado e estruturado, que atendesse às demandas de uso dos programas sugeridos só que dessa vez com um caráter fixo, diferente da ocupação temporária. pensando um projeto oficial para o espaço do galpão cultural, elencamos os espaços que nortearam o projeto. a brechoteca, que nessa versão deixa seu aspecto temporário do container, situando-se num pequeno pavilhão, contando com um módulo anexo de banheiros e cozinha; a geodésica, espaço de uso lúdico-recreativo que estabelece um ponto médio da nova implantação que propomos; o espaço pensado para palco no sentido de dar espaços para eventos culturais e reuniões das diversas agremiações que integram o terrirório do povo; uma pequena olaria, propondo a fabricação dos tijolos que serão usados na construção do espaço que dara lugar ao palco, além de figurar a possibilidade de atividades relacionadas à construção; na área que se estende da biblioteca até a geodésica, delimitada pelo eixo que conecta todos os programas, se encaixa a primeira área para o plantio da horta agroflorestal.

fica claro no desenho da implantação o caráter mais público dos programas situados imediatamente próximos às duas entradas do terreno. desse modo o interior formado por esses dois eixos – palco e biblioteca – dá lugar a situações mais internas, vinculadas a um funcionamento que necessariamente não seja esporádico, apontando para a estruturação de uma dinâmica de ocupação permanente do terreno. desse modo nos aproximamos de uma resposta projetual para o espaço que faça sentido como forma de abarcar as necessidades espaciais com a finalidade de estabelecer um novo ponto de produção e cultural, marcando um novo ponto de educação, convívio e comunhão social dentro do contexto do bairro do campo limpo, gerido justamente pelos próprios habitantes da região.

 

ETAPA 02

A abordagem desse projeto se destaca por trazer a possibilidade de realização, da materialização. O centro de nossa ação está sediado num terreno cedido pela Secretaria do Verde ao coletivo Território do Povo com o apoio da EMEF Sócrates Brasileiro, localizado no do Campo Limpo, vizinho à escola, na periferia da cidade de São Paulo. O grupo que reivindica o terreno para o uso cultural, social e educativo vem com essa petição o terreno desde o ano de2015. Foi em setembro de 2016 que a EMEF obteve um parecer da Siurb sobre o futuro do galpão cultural, mesmo sendo uma Área de Preservação Permanente, que antes da mobilização coletiva o terreno se encontrava vazio, num limbo de uso informal, poluído, abandonado. Mesmo com o parecer municipal, entende-se que a ocupação é imprescindível naquele espaço o quanto antes. A ideia é justamente não depender da burocracia da municipalidade para que comece a ser instalado o uso sócio-cultural do terreno em prol da educação dos jovens que ali vivem. Os planos do coletivo consistem em estruturar uma ocupação cultural provisória e eficiente que seja palco de atividades e vivências, além de necessariamente abrigar certas prerrogativas espaciais que precisam existir naquele espaço. A ocupação se estrutura por três pilares iniciais. Horta agroflorestal. O cultivo da agricultura pressupõe a ação coletiva para que aconteça. Além de a longo prazo trazer a possibilidade de abastecimento alimentar para o espaço e, dependendo do grau de desenvolvimento, para um entorno imediato, o plantio exerce sobre o espaço uma força de primeiro atrativo, de formular um primeiro momento que chame a vivência comunal dos moradores da região com o território no começo de seu processo. Biblioteca. Chamada de Brechoteca Biblioteca Popular, a organização conta com um acervo de 6 mil títulos de livros arrecadados, sendo que esse volume de material será locado nessa ocupação. É um dos movimentos culturais que integram o coletivo, responsável por articular dois containers abrigarão todos os livros. O ponto de atuação será justamente viabilizar espacial e termicamente um ambiente com esses objetos específicos que contemple o armazenamento dessa carga além de abrigar um ambiente de leitura confortável. Centralidade. Entre esses elementos foi pensado para que houvesse um espaço que dialogasse com o vazio, a brechoteca e a horta. Um centro que funcionasse como amarrador de todos os pontos formulados para a ocupação, além de ser palco para atividades recreativas. O que marcará esse ponto será uma estrutura geodésica que por sua vez também pressupõe uma ação coletiva para sua construção, contando com mais uma ação a ser realizada em conjunto com moradores do entorno. Além desses três pontos principais, após estudarmos algumas soluções de disposição dos elementos ao longo do terreno os vazios criados nos chamaram atenção. Sabendo da história de luta dos coletivos que se envolvem nessa dinâmica da ocupação além do Território do Povo, procuramos pensar como equipar essas áreas com certa infraestrutura para poder suportar, havendo a necessidade, reuniões, encontros, projeções, debates. O primeiro passo foi pensar em um tipo de mobiliário modular que tenha um processo de montagem e desmontagem relativamente rápido e prático que atenda a demanda do volume de pessoas que estejam ali. Além de durante o tempo cotidiano servir como apoio principalmente à biblioteca e as demais dinâmicas que venham acontecer no espaço. O vazio, entendemos, é um elemento crucial para um espaço que também precisa ser apropriado. São nesses espaços onde pouco se determina sobre seu uso é que são gerados os usos e as apropriações mais ricas, funcionando literalmente como palcos que atendem às demandas espontâneas de certas vivências. Entendemos os fluxos e as permanências mas dentre as possibilidades estudadas para a implantação do terreno o que está em jogo são as situações de relação entre os volumes dos espaços construídos e terceiras interpretações para além do que está obviamente proposto. A EMEF Socrates Brasileiro tem um papel fundamental no formação sócio-cultural dos jovens no Campo Limpo. Com uma proposta pedagógica de engajamento social, a Escola propõe o entendimento histórico da região híbrida do Jardim Olinda e Jardim Catanduva, reconhecendo os fluxos de imigração nordestina, a raiz da população sendo majoritariamente negra e pobre, e usando esses dados reais como fator de empoderamento coletivo. Essa análise sobre o passado que compõe a existência desse bairro é o que instrumentaliza a educação que pretende formar cidadãos que estejam sempre muito cientes das questões sociais, políticas e econômicas que ditam uma vivência na cidade de São Paulo. É a partir dessa resistência viva e politizada que essas pessoas buscam o direto à cidade. E foi no meio desse cenário que o Território do Povo surge como condensamento de alguns grupos culturais do Campo Limpo que procuram a educação e a cultura como forma de luta, como a Associação de Moradores do Jardim Olinda, o Sarau do Binho, a Brechoteca Biblioteca Popular, a Acadêmicos do Campo Limpo, a Brava Companhia de Teatro, o RUA – Juventude Anticapitalista e o coletivo de grafite KVC (Kores e Valores Crew). Foi justamente quando a EMEF se organizava para pedir a ocupação do terreno vizinho em função da construção do Galpão Cultural é que surge o Território do Povo, articulado por diversas frentes culturais para estruturar mais um espaço de formação e engajamento dos jovens que habitam aquela região.