O som de dentro para fora,
o som de fora para dentro.
O ruído do cheio,
o silencio do vazio.
O som é testemunho de um lugar
um lugar é testemunho do tempo.
O som como terceiro olho. Ver com os ouvidos é atentar-se ao além do visível. Como representar um lugar com o som? Este trabalho tem como proposta retratar a paisagem sonora que transita a cidade a partir do indivíduo.
Para isso uma quadra torna-se objeto de estudo. Entender suas diferentes escalas e relações com o entorno tornam-se fundamentais. Quais são os sons predominantes no perímetro dessa quadra? E dentro dela? O que se ouve na rua e que ecoa no interior das construções? O que reverbera apenas nas salas, quartos, escritórios?
As quadras aqui escolhidas são caracterizadas por uma diversidade espacial recorrente na cidade de São Paulo; a multiplicidade de usos. A ideia é entender e identificar esses usos a partir da observação sonora.
Para isso apresentamos três possibilidades de aprofundamento, todas na General Jardim, já que desta forma teríamos uma proximidade e os recursos necessários para visitas e pesquisas constantes in loco. Além disso, a ideia do trabalho casou com o fato da nossa orientadora em questão, Fernanda Barbara, coordenar a Plataforma Plus, projeto que pode viabilizar um intercambio de analises, tornando mais rica a pesquisa de ambos os lados.
- Quadra da Escola da Cidade. Rua Araujo, Rua General Jardim, Rua Bento Freitas e Rua Major Sertório.
- Quadra IAB. Rua General Jardim, Rua Marques de Itu, Rua Bento Freitas e RuaRego Freitas. Existe um interesse em especial por essa quadra, já que uma integrante do grupo a reside.
- Quadra Minhocão. Rua General Jardim, Rua Major Sertório, Rua Dr. Cesario Mota e Rua Dr. Amaral Gurgel.
ETAPA 2
Escolhemos o som como meio de reconhecer Sao Paulo. O local para analise escolhido foi a quadra onde se localiza edifícios como IAB, no coração da cidade e local presente no nosso dia a dia.
Parte do resultado para essa entrega baseou-se no estudo da analise sonora técnica para áreas urbanas (com destaque em São Paulo). Outra etapa, foi a pesquisa de dados específicos para a quadra em questão, como levantamento de usos, altura dos edifícios e fluxos viários. Mas a parte mais significativa até agora foi a busca de dados na investigação perceptiva de cada integrante dentro do perímetro analisado. Muito diferentes e individuais, os registros dessa etapa representam a infinidade de maneiras de representar o som.
Quadra em questão em planta com gráfico de valores em decibéis colhidos dia 15.09.2017 às 12:00
Levantamento de usos da quadra
Levantamento sonoro aluno 01
Levantamento sonoro aluno 02
Levantamento sonoro aluno 03
ETAPA 3
Nesta fase, nos concentramos em estudar e mapear o som em planta, usando como objeto de estudo o edifício do IAB, o qual, além de termos um contato direto e diário, esta localizado em uma quadra onde a diversidade e ampla e notável. Escolhemos três diferentes andares do prédio (2º, 4 º /5 º e 8 º respectivamente) para trabalhar. Visitamos o local em diferentes horários para assim obtermos um maior entendimento sobre o som e sobrepormos nossas percepções em planta. Além disso, produzimos dois cortes para podermos representar e entender o som de melhor maneira.
Metodologia e medição de sons internos
Metodologia e medição de sons externos
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