1ª ENTREGA
“A cidade é feita disso: transporte mecânico horizontal, o trem e o metrô; e transporte mecânico vertical, o elevador” (Paulo Mendes da Rocha)
Ao depararmos com as problemáticas que tecem o nosso cotidiano, inevitavelmente nos confrontamos com elementos que compõe e intermedeiam essas situações. Esses elementos, de alguma forma, são capazes de reger dinâmicas sociais em escalas, por vezes, globais. Seja a roda, a vela, o relógio, a máquina, o computador, ao longo da história a aparição desses elementos inseriram uma nova lógica no rumo da humanidade.
Nos confrontamos com essas mudanças que, em pouco tempo, são inseridas no nosso cotidiano até se tornarem corriqueiras a ponto de serem banalizadas. Alimentado por uma inquietação, dada pela normatização desses elementos que compõe a nossa contemporaneidade, o presente trabalho busca enfatizar essas possibilidades ao lançar um olhar sobre um desses elementos específicos, o ELEVADOR.
A necessidade de transporte vertical é tão velha quanto a civilização. Durante os séculos, o homem empregou formas engenhosas de erguer coisas. Os elevadores mais antigos usaram o homem, animal e a força da água para elevar a carga. Este padrão simplório de içamento foi utilizado pelas sociedades agrícolas até o início da Revolução Industrial. O momento que marca a principal transformação nesse sentido, veio com o norte americano Elisha Graves Otis que inventou um sistema de segurança que permitia frear esse equipamento em caso de rompimento dos cabos e, com isso, viabilizá-lo em edificações.
A partir desse momento as cidades começam a mudar sua configuração e se verticalizar, com edifícios e grandes arranha-céus. O elevador, como componente intrínseco a essa nova configuração, surge como novo elemento do cotidiano nas metrópoles e rapidamente torna-se fundamental para a existência delas, presente não apenas como um espaço físico, mas sobretudo temporal.
Como um espaço temporal, o elevador suscita diferentes situações. Ele pode ir de um espaço de pausa e relaxamento até um momento de interação ou constrangimento. Se olharmos para as mudanças que o elevador como equipamento possibilitaram, veremos que espaços antes restritos ao chão das cidades, passam a poder também se concretizar no alto, em topos de edifícios, ou em suas fachadas por exemplo.
Através destes questionamentos, o trabalho pretende explorar os limites que tencionam as possibilidades pensadas e convencionadas até então a respeito deste advento, confrontando o que entendemos como espaços públicos, possibilidades de expansão e rupturas quanto as dimensões simbólicas e metafóricas daquilo que nos permeia, repensando seus limites no cotidiano, sua inserção na metrópole e suas possibilidades ainda inexploradas.
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2ª ENTREGA
“A cidade é feita disso: transporte mecânico horizontal, o trem e o metrô; e transporte mecânico vertical, o elevador” (Paulo Mendes da Rocha)
Ao refletirmos sobre a condição da existência da metrópole contemporânea nos deparamos inevitavelmente com questões ligadas ao deslocamento e a mobilidade. São esses fatores fundamentais e decisivos para a possibilidade de sua existência. Essas afirmações nortearam este trabalho que nasce, em um primeiro momento, da tentativa de esboçar algo sobre o elevador como um elemento de deslocamento vertical rigorosamente presente no cotidiano de grande parte dos que se relacionam com a cidade.
A necessidade de transporte vertical é tão velha quanto a civilização. Durante os séculos, o homem empregou formas engenhosas de erguer coisas. Os elevadores mais antigos usaram o homem, animal e a força da água para elevar a carga. Este padrão simplório de içamento foi utilizado pelas sociedades agrícolas até o início da Revolução Industrial. O momento que marca a principal transformação nesse sentido, veio com o norte americano Elisha Graves Otis que inventou um sistema de segurança que permitiu frear esse equipamento em caso de rompimento dos cabos e, com isso, viabilizá-lo em edificações.
Os trens foram um dos principais elementos estruturantes para a formação das cidades e foi um fator decisivo para a formação e consolidação da cidade de São Paulo como uma metrópole urbana que hoje toma uma escala mundial. A partir de 1867, com a inauguração da São Paulo Railway, ferrovia Santos-Jundiaí, a cidade tornou se passagem obrigatória para o trânsito de mercadorias, com isso, nota-se um acentuado crescimento demográfico na região que passa de pouco mais de 30 mil habitantes em 1872 (primeira análise demográfica na região) para pouco mais de 240 mil habitantes em 1890 segundo o IBGE.
Pensando nesses dois vetores como principais elementos, que possibilitaram a condição e a escala metropolitana que temos hoje, o trabalho pretende resgatar a memória da já extinta SP Railway, primeira ferrovia que trouxe a modernização para a cidade, através de um gesto de verticalização que contemple e resgate uma memória sobre a formação da cidade de São Paulo.
Nossa proposta é um ensaio que sugere a implantação de uma série de mirantes justapostos que nos lugares que abrigavam as antigas estações da SP Railway e criam um marco visual que redesenha a paisagem urbana da metrópole. Esses equipamentos reestabeleceriam uma relação visual entre os pontos além de retomar um momento histórico extinto e decisivo para a formação da cidade, estabeleceriam uma cota não existente e autônoma e possibilitaria a criação de um espaço de suspensão, através do deslocamento de níveis, em lugares em que o cotidiano se intensifica por meio da dinâmica do movimento.
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3ª ENTREGA
“A cidade é feita disso: transporte mecânico horizontal, o trem e o metrô; e transporte mecânico vertical, o elevador” (Paulo Mendes da Rocha)
Ao refletirmos sobrea condição da existência da metrópole contemporânea nos deparamos comquestões ligadas ao deslocamento e a mobilidade. São esses fatores fundamentais e decisivos para sua possibilidade de existência. Essas afirmações nortearam este trabalho que nasce, em um primeiro momento, da tentativa de esboçaralgo sobre o elevador como um elemento de deslocamento vertical rigorosamente presente no cotidiano de grande parte dos que se relacionam com a cidade.
A necessidade de transporte vertical é tão velha quanto a civilização. Durante os séculos, o homem empregou formas engenhosas de erguer coisas. Os elevadores mais antigos usaram o homem, animal e a força da água para elevar a carga. Este padrão simplório de içamento foi utilizado pelas sociedades agrícolas até o início da Revolução Industrial. O momento que marca a principal transformação nesse sentido, veio com o norte americano Elisha Graves Otis que inventou um sistema de segurança que permitia frear esse equipamento em caso de rompimento dos cabos e, com isso, viabilizá-lo em edificações.
Os trens foram um dos principais elementos estruturantes para a formação das cidadese foi um fator decisivo para a consolidação da cidade de São Paulo como uma metrópole que hoje toma uma escala mundial. A partir de 1867, com a inauguração da São Paulo Railway, ferroviaSantos-Jundiai, a cidade tornou-se passagem obrigatória para o transito de mercadorias, com isso, nota-se um acentuado crescimento demográfico na região que passa de cerca de 30 mil habitantes em 1872 (primeira análise demográfica na região) para pouco mais de 240 mil habitantes em 1890 segundo o IBGE.
Pensando nesses dois vetores como principais elementos que possibilitaram a condição e a escala metropolitana que temos hoje o trabalho pretende resgatar a memória da já extinta SP Railway, primeira ferrovia que trouxe a modernização para a cidade, através de um gesto de verticalização que contemple e retome uma memória decisiva para a formação da cidade de São Paulo.
Nossa proposta é um ensaio sobre a implantação de um mirante anexo a estação Palmeiras-Barra Funda, fundada em 1892como uma parada da ferrovia Sorocabana e posteriormente inserida a SPRailway.
Este equipamento estabelece um novo marco estético para a paisagem urbana de São Paulo; resgata a memória das extintas ferrovias Sorocabana e SPRailway; inaugura um ponto turístico e arquitetônico inexistente na cidade. Com aproximadamente 400m de altura, o elevador alinhado ao pico do Jaraguá, tem um percurso onde o público interage simultaneamente com a história, transmitida através de projeções, e a vista que se revela gradativamente por conta das vedações parciais que acompanham verticalmente essa estrutura.
3ª ENTREGA
Já se imaginou olhando a cidade como apenas os pássaros podem ver?
São Paulo inaugura seu novo edifício, um marco de modernidade, que alinha a trajetória das ferrovias que construíram a metrópole com o elevador, que a constrói até hoje. Localizado do Terminal Palmeiras-Barra Funda o MIRANTE 400 nos transporta ao mesmo nível do Pico do Jaraguá e nos presenteia com uma das vistas mais lindas da capital paulista.
“A cidade é feita disso: transporte mecânico horizontal, o trem e o metrô; e transporte mecânico vertical, o elevador” (Paulo Mendes da Rocha)
Ao refletirmos sobrea condição da existência da metrópole contemporânea nos deparamos com questões ligadas ao deslocamento e a mobilidade. São esses fatores fundamentais e decisivos para sua possibilidade de existência. Essas afirmações nortearam este trabalho que nasce, em um primeiro momento, da tentativa de esboçar algo sobre o elevador como um elemento de deslocamento vertical rigorosamente presente no cotidiano de grande parte dos que se relacionam com a cidade.
A necessidade de transporte vertical é tão velha quanto a civilização. Durante os séculos, o homem empregou formas engenhosas de erguer coisas. Os elevadores mais antigos usaram o homem, animal e a força da água para elevar a carga. Este padrão simplório de içamento foi utilizado pelas sociedades agrícolas até o início da Revolução Industrial. O momento que marca a principal transformação nesse sentido, veio com o norte americano Elisha Graves Otis que inventou um sistema de segurança que permitia frear esse equipamento em caso de rompimento dos cabos e, com isso, viabilizá-lo em edificações.
Os trens foram um dos principais elementos estruturantes para a formação das cidades e foi um fator decisivo para a consolidação da cidade de São Paulo como uma metrópole que hoje toma uma escala mundial. A partir de 1867, com a inauguração da São Paulo Railway, ferrovia Santos-Jundiai, a cidade tornou-se passagem obrigatória para o transito de mercadorias, com isso, nota-se um acentuado crescimento demográfico na região que passa de cerca de 30 mil habitantes em 1872 (primeira análise demográfica na região) para pouco mais de 240 mil habitantes em 1890 segundo o IBGE.
Pensando nesses dois vetores como principais elementos que possibilitaram a condição e a escala metropolitana que temos hoje o trabalho pretende resgatar a memória da já extinta SP Railway, primeira ferrovia que trouxe a modernização para a cidade, através de um gesto de verticalização que contemple e retome uma memória da formação da cidade de São Paulo.
Nossa proposta é um ensaio sobre a implantação de um mirante anexo a estação Palmeiras-Barra Funda, fundada em 1892 como uma parada da ferrovia Sorocabana e posteriormente inserida a SPRailway. Trata-se de um ponto importantíssimo para a compreensão da cidade em diversas facetas:
- REGIÃO: A Barra Funda tem sido palco de diversas transformações urbanas nos últimos tempo, por conta de uma predominância histórica de tipologias industriais esta região presencia hoje o avanço voraz do mercado imobiliário, que vem se apropriando daquele espaço para consolidar empreendimentos que, em vários aspectos, nega a urbanidade do contexto.
- ENTORNO: A presença da estação estimula uma ocupação significativa do entorno, dada pela escala de mobilidade que este equipamento proporciona. Nota-se uma série de empresas, espaços de eventos e universidades que demandam um fluxo significativo diariamente. Além disso, no seu entorno imediato esta implantado o Memorial da América Latina, projeto realizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1989, um complexo que reúne uma serie de edifícios com uma poética muito expressiva em torno de uma praça que recebe muitos eventos com frequência.
- ESTAÇÃO: Trata-se da estação com maior fluxo de passageiros do país. Sua implantação, no contexto em que esta inserida, revela o descaso e a incompreensão da importância deste equipamento urbano e o cuidado com que ele deveria ser pensado. O entorno é extremamente árido, o que implica em uma dinâmica de fluxos mal planejada e sem qualidade para os pedestres.
Atento a essas condições e buscando uma interação respeitosa com o entorno, este equipamento estabelece um novo marco estético para a paisagem urbana de São Paulo; resgata a memória das extintas ferrovias Sorocabana e SPRailway; inaugura um ponto turístico e arquitetônico inexistente na cidade. Com aproximadamente 400m de altura, o elevador alinhado ao pico do Jaraguá, tem um percurso onde o público interage simultaneamente com a história, transmitida através de projeções, e a vista que se revela gradativamente por conta das vedações parciais que acompanham verticalmente essa estrutura.
4ª ENTREGA
beatriz dias | camille zuckmeyer | laís martins | pedro feris
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