Ocupação Reconhecer São Paulo
Sao Paulo é uma cidade humana. Com 12,04 milhões de habitantes, 2139 km2 urbanizados e dividida em 146 mil quarteirões, se encontram e desencontram diversas culturas e perfis diferentes. Estes se aglomeram em espaços e formam micro cosmos próprios. Dentro deles procuramos estudar outra parte muito humana dessa cidade: suas contradições relacionadas as diferentes maneiras de habitar dentro dos perfis consolidados nos bairros.
O IBGE classifica os domicílios de SP em 6 categorias: Casa isolada ou de condomínio, Casa de conjunto popular aglomerado, Casa em aglomerado subnormal, Apartamento isolado ou de condomínio, Apartamento em conjunto residencial popular, Apartamento aglomerado subnormal. Nenhuma dessas coabita o mesmo bairro.
Pretendemos traçar um perfil do morador e da habitação predominante em bairros que encontramos uma situação que contradiz o mesmo. A metodologia inicial para fazer o mesmo seria a partir de imagem, texto, desenho, entrevista, etnografia, vivenciar os espaços, e tentar compreender a relação
entre os dois lados.
Foram coletadas algumas novidades sobre o andamento do trabalho em relação a situação atual da ocupação da Oscar Freire com a Peixoto Gomide e sobre a reintegração de posse que presenciamos no dia 22/09.
Estamos em um processo de levantamento do edifício, de sua historia, do processo jurídico e das pessoas que fizeram parte dessa ocupação. O contexto dessa ocupação é muito relevante para entendermos esse fenômeno urbano. Queremos reunir e organizar o máximo de informações possíveis num primeiro momento, já com uma proposição expográfica para na ultima etapa desenvolver a produção desse material.
Durante a orientação discutimos algumas maneiras de representar todo esse material. Algumas ideias iniciais foram colocadas: linha do tempo, historia em quadrinhos, infografia etc.
Para isso, acompanhamos o processo judicial que está em curso para entender o a situação que opõem os moradores, os ocupantes e o proprietário da Santa Alice Hotelaria e Construtora. Além disso mantivemos contato com alguns moradores que estiveram na ocupação do Edifício Peixoto Gomide e se encontram agora em uma escola ocupada no Guarapiranga.
Atualmente há 10 famílias morando na escola abandonada, na Av. Atlântica, 3031.
Fora as pessoas com quem conversamos, outros moradores são: o Piauí, a Cleide, o André com sua esposa e seus dois filhos, e o Fernando com sua esposa e seus nove filhos.
Eles já receberam notificação de reintegração e tem apenas mais 15 dias para ficar lá. Provavelmente vão voltar pra um edifício que já foi ocupado por eles nas redondezas do Aeroporto de Congonhas.
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