G28_FRONTEIRA_TCEV

A partir da breve noção de fronteira compreendida pelo grupo, propomos entender como a ENERGIA ELÉTRICA atua -ou não em diferentes escalas no TERRITÓRIO e como ela se manifesta como BARREIRA ou FRONTEIRA. Sendo assim entender a rede de distribuição da energia elétrica, desde ITAIPU até esse projetor (por exemplo).

Origem do nome:

Palavra de origem Tupi-Guarani que significa “pedra que canta”

É a junção das palavras ‘itá’ (pedra) e ‘ipoú’ (cantora) – pedra na qual a água faz barulho.

Itá (pedra) + Y (água,rio) + Pu (barulho)

Era o nome da pequena ilha que havia no atual local da usina, antes da obra.
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Localização:

Foz do Iguaçu – Brasil  / Hernandarias – Paraguai / Bacia do Rio da Prata – Rio Paraná.

Ano:

construção 1975-1982 / inauguração 1984

Custo da obra:

US$ 16 milhões – fonte de financiamento em bancos privado e bancos estatais internacionais

Operários / Maquinarios :

40.000  ápice de trabalhadores em turnos de 12 horas de trabalho

20.114 caminhões 6.648 vagões de trem

6 usinas de concreto e 2 usinas de resfriamento de concreto (concreto resfriado até 4 graus celsius, e na concretagem chegava a 7 graus) = 50.000 freezers domésticos

Área alagada:

1350km² e 8.519 propriedades urbanas e rurais desapropriadas em troca por terras da união ou reembolso financeiro, nenhuma morte registrada de moradores destas áreas.

Eletricidade gerada:

103,1 MWh/ano (2016)

Vida Útil:

minimo 200 anos

Dimensões da Barragem:

7919m de extensão por 196m de altura

diagrama de caminho da eletricidade

Diferenças de padrão monetário, regime político, etnias, língua e religião levam a que, em certos pontos da fronteira, estabeleçam-se postos de controle daquilo que atravessa de um lado para o outro. (Corrêa, 2004, p.319)

(…) essencialmente o lugar da alteridade. É isso que faz dela um lugar singular. À primeira vista é o lugar de encontro dos que, por diferentes razões, são diferentes entre si, como o índio de um lado e os civilizados do outro; como os grandes proprietários de terra, de um lado e os camponeses pobres, de outro. Mas o conflito faz com que a fronteira seja essencialmente, a um só tempo, um lugar de descoberta do outro e de desencontro. (Martins, 1997, p.150)
mudança de percurso do Rio Paraná para a construção e funcionamento da usina de itaipu – essa, por sua vez, além de fornecer a energia que abastece a cidade de são paulo, representa simboicamente conflitos e acordos políticos e a separação ou/e união de três países.

A pesquisa parte do entendimento do conceito de fronteira no sentido social, político, econômico e geográfico, compreendendo-a desde um elemento físico e territorial à questões políticas e abstratas. Entendemos que a fronteira constitui a divisão de realidades sociais, políticas e culturais, sendo também o limite entre conflitos culturais e identitários.

Desse modo, buscamos compreender como as fronteiras se manifestam em suas diversas escalas, propondo análises do território à cidade e da cidade ao edifício.
Partimos então para o estudo da energia elétrica, da produção ao consumo, como o elemento através do qual se faz possível pensar as fronteiras em diversas escalas: desde facetas invisíveis à brutais intervenções. Vislumbra-se por esse meio, relações e agentes que tornam as fronteiras ao mesmo tempo simbólicas e reais, pontuais ou extensas, mas não necessariamente rígidas.
Ao reconhecer as linhas de transmissão, o poste, e as subestações como exemplos de elementos de possíveis manifestações de fronteira na cidade, no estado e no país, propõe-se entender como funciona a rede de infraestrutura e distribuição da energia elétrica, seus impactos políticos, sociais e territoriais. Além disso, compreender analogamente, como outras instâncias da energia elétrica podem atuar também como impactos físicos no território. Sendo assim, buscamos compreender quando e como a energia elétrica se manifesta como uma barreira, fronteira ou limite, entendendo-a também como infraestrutura e conexão, trazendo à luz suas manifestações no território a partir do trajeto de Itaipu até São Paulo.