TEMPO LIVRE – G20

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

A área de estudo proposto para o Estúdio Vertical do semestre é a região do Campo Limpo, cujo tema a ser abordado é o tempo livre. A partir da analise do grupo, foi identificado como principal característica do bairro as barreiras proporcionadas pelas grandes avenidas, pelas diversas infraestruturas, como elétrica e esgoto, pelos muros dos condomínios e pelo próprio desnível do terreno. Com isso, foi possível identificar a carência que esta região tinha de uma transposição mais qualificada que permitiria às pessoas de usufruírem desse tempo livre.
A partir desta analise o projeto foi direcionado para as favelas próximas, por estas terem uma maior carência, mais especificamente, para as suas escadas, elemento conector dos grandes desníveis enfrentados, que também exerce a função dos espaços públicos desses locais. O projeto toma partido desse elemento e tem como intenção fazer com que a escada seja além de um elemento conector de espaços, mas se torne um eixo infra estruturador e que possibilite maiores espaços de lazer criando possibilidades de permanências para a população.
As escadas trabalhadas foram divididas em três categorias, uma que é entre os muros e o vazio, entre muros e, uma ultima, entre casas. Para qualificar estes espaços a parte elétrica foi enterrada e os postes de iluminação foram trocados para balizadores, proporcionando uma passagem mais fluida. Foram feitas calhas que ligam a bolsões da água permitindo um retardamento desta para chegar ao rio, diminuindo assim os riscos de enchente. Estes bolsões na parte superior criam espaços qualificados utilizados como bancos, canteiros e pequenas praças. Foi feito uma tubulação que retira o esgoto do rio e passa a leva-lo para Barueri, a estação mais próxima de tratamento de esgoto.
Por causa da falta de lugar para o lixo, este é muitas vezes encontrado na rua. Para subverter esta situação é pensado dois tipos de lixo o reciclável e o orgânico, este sofre a compostagem transformando-se em adubo que será utilizado nos canteiros da própria escada e pela comunidade.
Eles se localizam nos extremos das escadas para facilitar sua retirada.
A escada em si também foi restruturada com a relação de piso e espelho mais adequada e com uma distribuição de patamar mais qualificada para o transeunte. Na escada entre casas os patamares foram tratados para qualificar a transição de espaço publico para o privado, o qual é muitas vezes difuso nas favelas.
Para o pedestre foi pensado um sistema variável de composição do espaço livre por meio de a implantação de arquibancadas, pequenas praças, espaços planos, mirantes, arvores e lugares onde a agua que passa seja visível, criando um sistema de som e cores que define uma qualidade do percurso. Para as casas que possuem as entradas ao longo das escadas, foi desenvolvido um desenho da área de acesso, a definir um espaço entre a casa privada e percurso público. Tudo neste sistema esconde uma funcionalidade tecnológica à melhoria do ecossistema urbano.
A escada é a infraestrutura, o percurso é opção para andar em Campo Limpo e parar, livremente.