TEMPO LIVRE – G26

ETAPA 3

Dado o tema proposto, Tempo Livre, fomos à campo investigar as necessidades e deficiências do Campo Limpo. No caminho, encontramos um extenso rio, o Pirajuçara, que nasce em Embu das Artes e corta o Campo Limpo em direção ao Rio Pinheiros.
Apesar da importância do rio e de todo o potencial que este tem, a relação dos que estão ao seu redor com ele é a pior possível, de modo que há uma tensão constante entre os moradores e o rio- principalmente em época de chuvas.
A negação do direito ao Rio aos moradores foi o que nos impulsionou a fazer do Pirajuçara nosso objeto de estudo. De forma que por mais que fosse tentador seguir um tema mais lúdico, foi para nós mais acertado recuperar a relação simples, porém poderosa, do contato com a água. E, óbvio, não bastaria algumas poucas estruturas ao longo do rio poluído para que essa relação mudasse. Assim, decidimo-nos pela despoluição do rio.
Como a despoluição total dos dezoito quilômetros do Pirajuçara envolveria muitas questões a mais do que poderíamos resolver no tempo disponível, investimos em um ‘projeto piloto’, despoluindo da nascente ao primeiro piscinão do nosso rio, o que nos fez pular para fora do Campo Limpo.
Esse projeto, portanto, trata-se da recuperação desde a nascente do Pirajuçara até o primeiro piscinão, o Nova República, incluindo no perímetro diferentes tipologias e problemáticas.
Para que a recuperação fosse possível, foi necessário a remoção de 8325 pessoas que estão em áreas de risco, e a realocação destas em lotes redesenhados através da quebra de quadras, com uso misto. A fim de consolidar as margens do Rio como área pública de fato, propomos áreas verdes com deques e marquises, os quais permitem inúmeros usos diferentes, misturando-se a equipamentos públicos como creches e unidades de saúde e, ainda, áreas alagáveis, as quais permitem o espraiamento natural do rio na cheia, evitando alagamentos.

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