– + | Grupo 35

Etapa Final

Nosso partido surge no momento em que decidimos escolher um critério para a interpretação do tema dado pelo E.V. (-+). Partimos do que seria a subtração e adição no contexto da cidade e desta forma identificamos áreas cujo potencial fora abalado por adversidades provindas do crescimento sem planejamento. Assim pudemos identificar várias camadas de subtração presentes nos complexos urbanos: Na primeira camada está o solo como território, sobrepondo-se a isso, na segunda camada, vem a malha urbana, onde estão as ruas e quadras. Depois de sua consolidação a segunda camada é novamente parcelada para a passagem de grandes avenidas em função da especulação imobiliária, que por sua vez é a terceira camada.

Dentre estes critérios de análises, nosso grupo procurou encontrar os lugares onde haviam os maiores enfrentamentos de tais camadas, chegando em quatro lugares de interesse. Todos da zona Oeste de São Paulo onde o mercado imobiliário tem se mostrado agressivo nas últimas décadas. O primeiro local se encontra na rua Alvares Guimarães, que é uma escadaria localizada entre a rua Cardeal Arco Verde e a Teodoro Sampaio. O local possui uma transposição inadequada e de difícil acesso aos transeuntes. Alguns lotes ali situados possuem seu único acesso para a escadaria, portanto alguns lotes avançaram em direção ao espaço público o que atribuiu ao local um aspecto negativo.

O segundo local identificado foi a travessa Tim Maia, longa passagem que corta transversalmente seis ruas e duas praças no coração da Vila Madalena, assim sendo uma das principais conexões do metrô com o bairro. Alguns trechos de escadaria apresentam más condições de conservação e a iluminação pública é insuficiente para todo o caminho. Em dias de chuva é agravada a dificuldade de passagem pois forma-se um fluxo de água considerável que pode ocasionar quedas e lesões ao pedestre. Devido as proporções irregulares da escadaria, o lugar se mostra impróprio para passagem de pessoas com mobilidade reduzida.

O terceiro local identificado foi o “Beco do aprendiz”, espaço residual provindo da retificação do Rio Verde, se localiza entre a rua Horácio Lane e a Belmiro Braga, local de grande efervescência cultural noturna paulistana. Por se configurar no miolo de quadra de maneira insalubre, o local se tornou de certa maneira marginalizado, sofre com graves problemas de saneamento, sendo constante foco de enchentes relâmpago. Assim como a maioria dos outros locais este também não possui iluminação minimamente apropriada, porém é um local de grande interesse social, por ser um vazio dentro de uma região muito densa.

O quarto e último caso foi o entroncamento da Av. Henrique Schaumann com a rua Cardeal Arco Verde, local extremamente fragmentado pela especulação imobiliária de São Paulo. A praça John Graz é consequência da pulverização de um lote que foi fragmentado pelo plano de avenidas, além de dividir de maneira “desproveitosa” em relação ao espaço público. Avenidas de constante fluxo de veículos configuram travessias inseguras e espaços residuais no entorno imediato da praça John Graz tornando-a um mero canteiro viário.

Depois de debates entre o orientador Martin Corullon e o grupo, decidimos escolher o caso com maior número de enfrentamentos entre as camadas. Escolhemos o “nó viário” sobre a praça John Graz.

 

“Entre a rua Cardeal Arco Verde e a Teodoro Sampaio localiza-se a praça John Graz, pulverizada por vias que a cortam, descaracterizando a como espaço qualificado. Desta forma duas faixas da Avenida Henrique Schaumann fragmentam o espaço se torna residual, sendo dividido em três pedaços configurados como meros canteiros viários.

A partir de tais fatos identificamos marcos notáveis na região, sendo estes em sua maioria edifícios que caracterizam, ao nosso ver, a região da Praça John Graz e também da Praça Benedito Calixto, sendo eles a Igreja do Calvário, a biblioteca pública Alceu Amoroso Lima e o edifício Hexa. Em seguida foram estabelecidas suas relações com o entorno imediato, assim traçamos possíveis eixos de comunicação e transposição.

Ao estudar de maneira mais aproximada as vias em questão, pudemos notar que o fluxo de veículos é muito intenso, devido ao calibre da avenida Henrique Schauman. Fato que dificulta a permeabilidade por parte do pedestre, assim configura sérias dificuldades de transposição em ambas as extremidades da praça. Desta forma acreditamos que a melhor solução seria o redesenho do leito carroçado e do passeio público local, de forma que una as partes da atualmente pulverizada John Graz. Possibilidade viável somente com o rebaixamento da Avenida Henrique Schaumann e o total remanejo de seus equipamentos urbanos tais como pontos de ônibus, canteiros e iluminação.

Uma vez rebaixada a avenida, pudemos de forma racional, seguindo as relações estabelecidas anteriormente, redesenhar o passeio público local de forma mais justa para pedestres e carros coexistirem. Devido à falta de conexões entre os diferentes ambientes das praças John Graz e Benedito Calixto, sentimos a necessidade de um espaço para realizar tais transposições. Assim identificamos edifícios menos consolidados que foram removidos para dar espaço ao projeto de um edifício misto, que em seu embasamento tem espaço comercial para a conhecida feira da Benedito, da mesma forma abriga novamente aqueles programas que foram removidos no processo de desapropriação. Com vinte andares, este edifício assume também um papel articulador da região, interligando a praça John Graz com a Benedito Calixto. Propomos que a cota onde se encontra o largo da igreja se conecte ao nosso edifício por uma passarela, o que transformaria as relações do largo da igreja do Calvário com a cidade.

Nossa ação sobre o local engloba operações de subtração a elementos que julgamos desnecessários e injustos para a forma com que a cidade vem crescendo, e desta maneira adicionamos outros elementos que julgamos mais coerentes para tais problemas, assim tentamos desenhar uma cidade mais justa em relação a acessibilidade e valorizamos espaços que possuem características ideais.”                                                                                                                       Trecho retirado do texto síntese da segunda entrega de E.V. do primeiro semestre de 2016.

Após a segunda entrega, em conjunto com nosso orientador chegamos em consenso de que o fato de implantar um edifício misto nas quadras adjacentes a praça John Graz obrigatoriamente insistiria em um redesenho viário da região assim alterando características fundamentais da já consolidada Benedito Calixto.

Outro ponto abordado nesse momento foi a maneira de como seriam feitas as transposições da Henrique Schaumann, uma vez que suas atuais faixas de travessia são muito extensas tornando o deslocamento de um lado para o outro da avenida muito perigoso em ambos os lados da quadra. Chegamos a considerar a implantação de passarelas semelhantes as feitas pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) em Salvador que conectam as calçadas com terminais em meio a grandes avenidas. Não nos pareceu coerente inserir elementos muito elevados na paisagem, estaríamos dessa forma fragmentando ainda mais a situação da John Graz. Consideramos então a ideia de fazer galerias subterrâneas que interligassem os dois lados da avenida, e para facilitar isso deslocamos os pontos de ônibus que se encontram atualmente nos cantos da Henrique Schaumann para o centro numa espécie de “rampa subterrânea” que aflora conforme segue a avenida.

No sentido transversal, próximo ao edifício Hexa, onde havia um estacionamento aproveitamos o “dente” formado pelo desenho do lote e possibilitamos uma passagem que articula o outro lado da Henrrique Schaumann com a praça Benedito Calixto, passando por um jardim vertical que se usa das empenas e muros do local. Trata-se de uma longa rampa subterrânea de inclinação bem tênue que permite a passagem de transeuntes que possuam problemas de locomoção e articula o terminal no centro da avenida. Acreditamos desta maneira não só manter o aspecto original da Benedito Calixto como levar um pouco dela para a quadra da John Graz.

Na rua Cardeal Arco Verde a passagem se dá da mesma maneira, porém esta aflora embaixo da biblioteca pública Alceu Amoroso formando um entrada na frente do edifício e outra internamente. Redesenhamos nossos edifícios afim de devolver o espaço que foi desapropriado para os moradores e para o comercio que ali existe.

Apresentação


 


 

3ª Etapa

 

Entre a rua Cardeal Arco Verde e a Teodoro Sampaio localiza-se a praça John Graz, pulverizada por vias que a cortam descaracterizando a como espaço qualificado, desta forma duas faixas da Avenida Henrique Schaumann fragmentam o espaço que agora se torna residual sendo dividido em três pedaços configurados como meros canteiros viários.

Nesta etapa do trabalho nosso grupo está em processo de consolidação e finalização de alguns conceitos desenvolvidos em outros momentos do curso como a transposição da barreira criada pela avenida Henrrique Schaumann que graças a seu constante fluxo de veículos configura travessias inseguras e espaços residuais no entorno imediato da praça John Graz configurando-a como mero canteiro viário. Removemos parte da área que separa as faixas da Henrrique Schaumann e agora ali são realocados os pontos de ônibus que antes estavam nas extremidades da avenida.

Em afronta aos problemas de transposição identificados no local estudamos algumas opções para “desfazer” este “nó viário” gerado por décadas de hegemonia automobilística afim de possibilitar a coexistência entre pedestres e carros. Assim propomos duas passagens subterrâneas que acontecem através de galerias cuidadosamente implantadas sob a avenida Henrrique Schaumann em duas alturas: uma próxima a rua Cardeal Arcoverde e a outra deslocada mais adiante em função de um possível eixo proposto que passa por dentro do estacionamento ao lado do edifício Hexa.

Em frente a Igreja do Carmo identificamos programas menos consolidados na situação original, portanto decidimos desapropria-los para que fosse possível projetar três edifícios em suma horizontais e de uso misto (comercial no térreo e habitacional nos andares acima) não somente aproveitando o frequente uso presente da praça Benedito Calixto, mas articulando a região de forma que sejam estabelecidos novos usos e eixos de deslocamento no local.

perspec 1 perspec 2


2ª Etapa

        Entre a rua Cardeal Arco Verde e a Teodoro Sampaio localiza-se a praça John Graz, pulverizada por vias que a cortam descaracterizando a como espaço qualificado, desta forma duas faixas da Avenida Henrique Schaumann fragmentam o espaço que agora por sua vez se torna residual sendo dividido em três pedaços configurados como meros canteiros viários.

         A partir de tais fatos identificamos marcos notáveis na região sendo estes em sua maioria edifícios que caracterizam, ao nosso ver, a região da Praça John Graz e também da Praça Benedito Calixto, sendo eles a Igreja do Calvário, a biblioteca pública Alceu Amoroso Lima e o edifício Hexa. Em seguida foram estabelecidas suas relações com o entorno imediato e assim traçamos possíveis eixos de comunicação e transposição.

        Ao estudar de maneira mais aproximada as vias em questão pudemos notar que o fluxo de veículos é muito intensificado devido ao calibre da avenida Henrique Schaumann, fato que dificulta a permeabilidade por parte do pedestre, assim configurando sérias dificuldades de transposição em ambas as extremidades da praça. Desta forma acreditamos que a melhor solução seria o redesenho do leito carroçável e do passeio público local de forma que una as partes da atualmente pulverizada John Graz, possibilidade viável somente com o rebaixamento da Avenida Henrique Schaumann e o total remanejo de seus equipamentos urbanos tais como pontos de ônibus, canteiros e iluminação.

         Uma vez rebaixada a avenida, pudemos de forma racional, seguindo as relações estabelecidas anteriormente, redesenhar o passeio público local de forma mais justa para pedestres e carros coexistirem. Devido a falta de conexões entre os diferentes ambientes das praças John Graz e Benedito Calixto sentimos a necessidade de espaço afim de realizar tais conexões. Assim identificamos edifícios menos consolidados que foram removidos para dar espaço ao projeto de um edifício misto que em seu embasamento tem espaço comercial para a conhecida feira da Benedito e da mesma forma abriga novamente aqueles que foram removidos no processo anterior. Com vinte andares este edifício assume também um papel articulador da região interligando a praça John Graz com a Benedito Calixto e no patamar de oito metros disponibiliza uma conexão em passarela para o pátio da Igreja do Calvário.

      Nossa ação sobre o local engloba operações de subtração a elementos que julgamos desnecessários e injustos para a forma com que a cidade vem crescendo, e desta maneira adicionamos outros elementos que julgamos mais coerentes para tais locais, assim tentamos desenhar uma cidade mais justa em relação a acessibilidade para os pedestres e valorizamos espaços que possuem características adequadas.

 

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Situação AtualLayout2

 

Relações Visuais Atuaisvistageralatual

 

Fluxo de Pedestres Atualpedestresatual

Fluxo de Carros AtualLayout2

Situação PropostaLayout2

IMPLANTAÇÃO

TERREO

Fluxo de Carros PropostoLayout2

Fluxo de Pedestres Proposto:Layout2

 

Relações Visuais PropostasLayout2

Situação Atual1

Situação Propostafinal

1ª Etapa


 

prancha

 

Grupo35 – Antonio Prado – Bruno Rissardo – Rafael Miranda – Rômulo Cabral