4ª Etapa
O projeto se insere em um quarteirão vizinho à um cruzamento intenso de fluxos de transporte da cidade de São Paulo, o Terminal Bandeira. E se dá na medida em que lidamos com este quarteirão, composto pela lógica usual de lotes, de modo à dissolvê-lo: eliminando seus lotes subutilizados. Analisa-se que grande parte da ocupação desses lotes se dá hoje por estacionamentos – principalmente nos miolos da quadra, assim como também a existência de muitos vazios residuais nos fundos de lotes. Será esta, então, a nossa área de trabalho:
Ocupamos este território agora livre – e bastante acidentado –, com um projeto paisagístico sugestivo na testada da rua e que se adentra, revelando-se. O perímetro do quarteirão é conformado agora não somente por seus edifícios pré-existentes, mas também por uma densa mata atlântica que substitui o que seriam os volumes construídos ali e anuncia, para quem transita na rua, um inesperado elemento entre os prédios. Há quem gerar curiosidade e adentrar a floresta, imergindo à esta nova e antagônica paisagem, logo terá a percepção de “fuga” da metrópole.
Ao longo dos caminhos a floresta fica cada vez mais dispersa e uma vegetação de altura mediana composta por capinzais e vegetações rasteiras tomam conta do paisagismo, já podendo ser visualmente perceptível sua estadia em uma grande clareira delimitada pelas costas dos prédios pré-existentes e pela vegetação densa dos volumes de florestas propostos.
Ao chegar no coração dessa clareira, encontra-se uma praça e o elemento água. Além da praça central, espaço do encontro e do coletivo, outros estares menores propiciam outro encontro, o da própria individualidade e introspecção.
3ª Etapa
“Uma obra de arquitetura não é experimentada como uma série de imagens isolada na retina, e sim em sua essência material, corpórea e espiritual totalmente integrada. Ela oferece formas e superfícies agradáveis e configuradas para o toque dos olhos e dos demais sentidos, mas também incorpora e integra as estruturas físicas e mentais, dando maior coerências e significado à nossa experiência existencial.” – Juhani Pallasmaa “Os Olhos da Pele”
Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Dentre os possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagens mentais, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de ideias).
2ª Etapa
Link para Intenções/ Referências
1ª Etapa
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