G29_Estética do Apocalipse

subtema I – continuidade / adaptação

ETAPA I. a estética do apocalipse

com as modificações antrópicas no meio ambiente, vivemos em condições cada vez mais extremas no planeta terra. a quais delas o trabalho proposto pretende se adaptar? a que parte da experiência humana a arquitetura proposta dá continuidade?

Como o capitalismo se apropria da vinda iminente do Apocalipse a fim de criar uma nova estética ligada à adaptação e continuidade da humanidade?

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ETAPA II.  + é +

introdução

entendendo a sociedade do futuro como um aumentativo da presente, buscamos explorar as noções que já presenciamos para desenvolver em nosso trabalhos os contextos hipervisuais e espaciais de um futuro apocalíptico.

vivemos em tempo de exposição exacerbada. nunca antes foram produzidas tantas imagens e registros como no presente. além de materializar nossa visão a todo temp3o, materializamos nossos pensamentos e ações em milhões de dados no campo virtual. a luta pelo anonimato surgiu como uma resposta a essas condições.

“ O espaço-lixo (…) [é] o produto de um encontro entre a escada rolante e o ar condicionado, concebido numa incubadora de pladur (as três coisas faltam nos livros de história). Aproveita qualquer invenção que permita a expansão, incorpora qualquer recurso que fomente a desorientação (os espelhos, as superfícies polidas, o eco), estende uma infra-estrutura de continuidade: escadas rolantes, elevadores, áreas cercadas, cortinas de ar quente, ar condicionado, etc. O espaço-lixo é fechado, mantém-se unido pela estrutura, ou por uma pele, como uma bolha.”   JUNKSPACE Rem Koolhaas, 2011

contextualização

vivemos em tempo de exposição exacerbada. nunca antes foram produzidas tantas imagens e registros como no presente. além de materializar nossa visão a todo temp3o, materializamos nossos pensamentos e ações em milhões de dados no campo virtual. a luta pelo anonimato surgiu como uma resposta a essas condições.

da discussão habitando a barriga do monstro, foi escolhido o subtema 1 “continuidade e adaptação” para nortear o estudo da estética no contexto apocalíptico. para tanto, nos aproximamos do conceito em seu significado literal da palavra, que nos dias de hoje está mais atrelada à destruição e o fim da humanidade. Este é: com origem no termo grego apokálypsis que significa “revelação” ou “ação de descobrir”, é narrado como uma série de episódios profetizados que culminarão no fim da vida terrestre como é atualmente conhecida.

assim, adotamos como uma premissa fundamental que o apocalipse seria uma soma de mudanças climáticas e sociais que alteram o cenário em que vivemos, algo processual e contínuo, por mais que dramático e efetivo, em contrapartida com a ideia de ser um evento pontual de destruição da humanidade. 

esse novo cenário imaginado pelo grupo aponta novas necessidades, tanto físicas como sociais. ou seja, o surgimento de uma nova ética social, e das necessárias adaptações do modo como nos relacionamos com o ambiente, espacialidades habitáveis, e novos artefatos para uma sobrevivência confortável, são elementos a serem explorados nesse processo.  

adotando que esse panorama imaginado foi derivado de um processo gradual de mudanças na organização da sociedade, o grupo pretende não só levantar que novas formas arquitetônicas surgem desse processo adaptativo, mas também sua estética. a expandir esse questionamento para o corpo, que objetos de adaptação surgem dessa terra apocalíptica?