GRUPO 37: Bruno Rissardo, Natalia Figueredo, João Marcelo, Rafael Miranda, Rômulo Machado e Thiago Simbol
Projeto de habitação para pessoas sozinhas
A proposta de habitação surge no momento de escolha de um critério para interpretação do tema dado pelo E.V ( adição e subtração), do primeiro semestre de 2016. A principal questão elaborada neste processo do trabalho é a problemática de áreas em São Paulo cujo seus potenciais foram abalados em consequência do crescimento desordenado da própria cidade. Assim foram identificadas 3 principais vertentes temporais, que justificam em parte, o parcelamento fundiário e as escolhas de construção e destruição de determinados lotes na cidade. Na primeira vertente, está o estabelecimento do solo como território. Na segunda está a sobreposição da malha urbana urbana no solo, isto é, a consolidação de ruas e quadras. Após esta solidificação, o tecido urbano é novamente parcelado pelas passagens das grandes avenidas em função da especulação imobiliária, o que configura a terceira camada temporal.
Tendo isso em vista, o grupo localizou lugares em São Paulo que apresentam grandes cicatrizes destes processos históricos de degradação do ambiente urbano. Curiosamente os quatros destinos de intervenção se concentraram na zona Oeste de São Paulo, região onde o mercado imobiliário tem se mostrado agressivo nas última décadas. O que mais se destacou foi um terreno que está posicionado no encontro da Av. Henrique Shaumann com a rua Cardeal Arco Verde. A praça John Graz é consequência de um lote fragmentado pelo plano de avenidas, além de dividir de maneira “desproveitosa ” o espaço público de pedestres. Estas avenidas de grande fluxo de veículos configuram travessias inseguras e espaços residuais no entorno imediato da praça, tornando-a um mero canteiro viário.
Foram identificados marcos notáveis na localidade, estes em sua maioria edifícios que caracterizam a região da Praça John Graz e também a praça Benedito Calixto (conformada paralelamente), sendo eles a Igreja do Calvário, a biblioteca pública Alceu Amoroso Lima e o edifício Hexa.
O fato de de implantar um edifício nas quadras adjacentes nas da praça John Graz obrigatoriamente insiste em um redesenho viário na região. No projeto foi removida parte
da área que separa as faixas da Henrique Schaumann para a instalação de pontos de ônibus que antes estavam nas extremidades das avenidas, agora com uma faixa exclusiva.
Também foi idealizada duas passagens subterrâneas, para facilitar a travessia do transeunte até o ponto de ônibus ou até o outro lado da avenida, que acontece através de galerias cuidadosamente implantadas sob a avenida Henrique Schaumann em duas alturas, uma próxima a rua Cardeal Arco Verde, esta aflora embaixo da biblioteca pública, formando uma entrada na frente do edifício e outra internamente. A outra deslocada mais adiante em função de um possível eixo proposto que possibilita uma conexão do outro lado da Av. Henrique Shaumann e a praça Benedito Calixto, passando por um jardim vertical que usa empenas dos muros do local. Trata-se de uma rampa subterrânea de inclinação tênue que permite a passagem de pedestres que possuem algum problema de locomoção e articula o ponto de ônibus no centro da avenida. Assim mantendo o aspecto original da Benedito Calixto como levando um pouco dela para a praça da John Graz
Em frente a Igreja do Carmo foram revelados programas menos consolidados na situação original, ou seja, serviços com uma certa fragilidade no sentido de permanência. Assim eles se concentravam na parte mais provável para ser desapropriada, nesta área foram projetados dois edifícios de uso misto com o embasamento interligado para atender funções comerciais, aproveitando o uso freqüente da praça Benedito Calixto, mas articulando uma boa relação de forma que sejam estabelecidos novos eixos usos de deslocamentos no local.
O térreo tem um papel importante na composição do edifício , tendo a maior parte sendo livre, ele conforma diversas praças de acordo com o embasamento. Neste nível são fixadas duas enormes patas triangulares estruturantes, que sustentam as duas torres de habitação localizada acima, formando abaixo, um marcante espaço de estar. Além de acomodar diversos mobiliários urbanos como, bancos, mesas, lixeiras, bicicletários e um banheiro público este nível contém dezessete Box comerciais, dois restaurantes, dois acessos ao primeiro pavimento por escadas rolantes e dois eixos de circulação vertical associada ao eixo de circulação horizontal.
No primeiro pavimento existe quatro Box comerciais, o primeiro andar do laboratório Almeida Prado, uma livraria com duas salas de cinema, que associam-se em uma única sala de teatro arena. As escadas rolantes continuam subindo e desembocam no segundo pavimento, com seis Box comerciais, duas salas de reunião, uma sala de apoio, um café, 2 banheiros e o a segunda parte do laboratório. Já no terceiro piso e cobertura, encontra-se uma área de estar publica coligada com um restaurante.
É importante mencionar que este conjunto habitacional popular foi desenvolvido para ser uma habitação para pessoas sozinhas, afinal São Paulo, assim como o resto do país, tem um serio problema de defit habitacional. Isto é, um edifício feito principalmente para o publico de jovens estudantes, idosos e para pessoas que devido o trabalho precisam de um local de repouso para uma noite ou uma semana. Pelo tipo do público, os quartos dormitórios são feitos com um plano de aluguel de até quatro anos, assim gerando uma rotatividade da população que ali reside.
As torres tem uma planta tipo em formato de “Y” , com os vinte apartamentos (suítes) distribuídos e localizados nas três extremidades para maior aproveitamento de insolação, e com um eixo de circulação enclausurado. Esta forma cria espaços três vazios entre os “blocos” de dormitórios, viabilizando uma cozinha coletiva e uma área de lazer comum que utiliza um dos três vazios, ela é gerada a partir do mesmo principio da cozinha, com usos variados, como salão de jogos, de TV e sala de estudos com sistema de wifi, esta “varanda” ocasiona pés direitos duplos de andar para andar pelo fato de que o terceiro vazio gerado pelo formato “Y” não possui uma estrutura construída. Em cada torre a cobertura também é um espaço compartilhado, próprio para festas e reuniões.
QUARTA ENTREGA
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