Os desdobramuros são mobiliários que usam do suporte de murais de grafite para se reafirmar como apropriação do espaço. São propostos como um desdobramento da própria lógica e intervenção do grafite e nessa parceria entre arte periférica e mobiliário reivindica qualidades espaciais até então negligenciadas. Tem um design simples onde o que é gerado são planos articulados capazes de suportar peso, a partir da inserção desses planos as apropriações são diversas e dependentes da imaginação, ou mesmo necessidade, dos transeuntes que por ali passarem.
O projeto acontece no bairro Lajeado, na zona sul da cidade de São Paulo, através do diálogo entre os moradores desse bairro com um coletivo de grafiteiros chamado Luz33, o Ê.arquitetura e a Escola da Cidade – trazendo uma discussão feita no cotidiano desta região periférica para o cotidiano que se discute na Bienal. Até então o coletivo Luz33 já desenvolveu 20 painéis de grafite ao longo de três ruas. Esses três eixos possuem tipologias diferentes de topografias, ruas e calçadas. Conectando uma via com acesso à linha de ônibus até o córrego do rio Tietê.
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