PASSAGENS – G09

1ª ETAPA

Pierre Clastres (antropólogo e etnógrafo francês 1934-1977) em seu texto “Arco e Cesta” discorre sobre a tribo nomade Guayaki do Paraguai a fim de afirmar suas convicções anarquistas. Mas o que nos convém a esse trabalho é compreender a relação descrita pelo autor entre o índio Guayaki e o espaço em que ele habita.
Essa tribo tem uma organização fortemente marcada pela divisão sexual do trabalho, na qual os homens vão à floresta caçar e colher enquanto as mulheres se encarregam de cozinhar, fabricar cestas, cerâmicas, cordas para os arcos dos homens, cuidar das crianças e transportar os bens familiares nos processos de migração nômade. Essa divisão social gera uma dicotomia espacial, onde a floresta se configura como um espaço masculino e a aldeia um espaço feminino. A floresta e o acampamento encontram-se assim afetadas de sinais contrários para os homens e para as mulheres, ou seja, para as mulheres, o acampamento é o espaço de permanência e a floresta o espaço percorrido entre duas etapas, de passagem. Enquanto para os homens o acampamento é o espaço que migra de localização, e por onde eles apenas passam para dormir até a próxima jornada e a floresta é o espaço em que permanece.
Se trouxermos essa dicotomia espacial para a realidade das grandes cidades, podemos identificar de prima a rua como espaço de passagem e o lote como espaço de permanência, mas a situação inversa se encontra de forma desqualificada. Esse trabalho visa enfatizar essa situação inversa, trazendo à rua qualidades que a transportem para uma atmosfera de permanência, e ao lote uma atmosfera de passagem.
Analisando a cidade de São Paulo, escolhemos o Centro como espaço de intervenção, por ser um bairro fortemente habitado por moradores, trabalhadores, moradores de rua e por pessoas que apenas passam por ele para baldiar para seus destinos, sendo assim, esse bairro possui fortemente a qualidade de passagem e de estar.
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2ª ETAPA

Pierre Clastres (antropólogo e etnógrafo francês 1934-1977) em seu texto “Arco e Cesta” discorre sobre a tribo nomade Guayaki do Paraguai a fim de afirmar suas convicções anarquistas. Mas o que nos convém a esse trabalho é compreender a relação descrita pelo autor entre o índio Guayaki e o espaço em que ele habita.
Essa tribo tem uma organização fortemente marcada pela divisão sexual do trabalho, na qual os homens vão à floresta caçar e colher enquanto as mulheres se encarregam de cozinhar, fabricar cestas, cerâmicas, cordas para os arcos dos homens, cuidar das crianças e transportar os bens familiares nos processos de migração nômade. Essa divisão social gera uma dicotomia espacial, onde a floresta se configura como um espaço masculino e a aldeia um espaço feminino. A floresta e o acampamento encontram-se assim afetadas de sinais contrários para os homens e para as mulheres, ou seja, para as mulheres, o acampamento é o espaço de permanência e a floresta o espaço percorrido entre duas etapas, de passagem. Enquanto para os homens o acampamento é o espaço que migra de localização, e por onde eles apenas passam para dormir até a próxima jornada e a floresta é o espaço que permanece.
Se trouxermos essa dicotomia espacial para a realidade das grandes cidades, podemos identificar de prima a rua como espaço de passagem e o lote como espaço de permanência, mas a situação inversa se encontra de forma desqualificada. Esse trabalho visa enfatizar essa situação inversa, trazendo à rua qualidades que a transportem para uma atmosfera de permanência, e ao lote uma atmosfera de passagem.
Analisando a cidade de São Paulo, escolhemos o Centro como espaço de intervenção, por ser um bairro fortemente habitado por moradores, trabalhadores, moradores de rua e por pessoas que apenas passam por ele para baldiar para seus destinos, sendo assim, esse bairro possui fortemente a qualidade de passagem e de estar.
Com o terreno decidido, propomos usos que possam se realizar tanto em espaços de passagem como em espaços de permanência, de forma interada e coexistente, e os dividimos em duas áreas, molhada e seca, buscando a partir desses usos, criar a dimensão do lar (permanência) explodida pela cidade (passagem).

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3ª ETAPA

Pierre Clastres (antropólogo e etnógrafo francês 1934-1977) em seu texto “Arco e Cesta” discorre sobre a tribo nomade Guayaki do Paraguai a fim de afirmar suas convicções anarquistas. Mas o que nos convém a esse trabalho é compreender a relação descrita pelo autor entre o índio Guayaki e o espaço em que ele habita.
Essa tribo tem uma organização fortemente marcada pela divisão sexual do trabalho, na qual os homens vão à floresta caçar e colher enquanto as mulheres se encarregam de cozinhar, fabricar cestas, cerâmicas, cordas para os arcos dos homens, cuidar das crianças e transportar os bens familiares nos processos de migração nômade. Essa divisão social gera uma dicotomia espacial, onde a floresta se configura como um espaço masculino e a aldeia um espaço feminino. A floresta e o acampamento encontram-se assim afetadas de sinais contrários para os homens e para as mulheres, ou seja, para as mulheres, o acampamento é o espaço de permanência e a floresta o espaço percorrido entre duas etapas, de passagem. Enquanto para os homens o acampamento é o espaço que migra de localização, e por onde eles apenas passam para dormir até a próxima jornada e a floresta é o espaço em que permanece.
Se trouxermos essa dicotomia espacial para a realidade das grandes cidades, podemos identificar de prima a rua como espaço de passagem e o lote como espaço de permanência, mas a situação inversa se encontra de forma desqualificada. Esse trabalho visa enfatizar essa situação inversa, trazendo à rua qualidades que a transportem para uma atmosfera de permanência, e ao lote uma atmosfera de passagem.
Analisando a cidade de São Paulo, escolhemos o Centro como espaço de intervenção, por ser um bairro fortemente habitado por moradores, trabalhadores, moradores de rua e por pessoas que apenas passam por ele para baldiar para seus destinos, sendo assim, esse bairro possui fortemente a qualidade de passagem e de estar. Para o uso ao qual o espaço de intervenção se destina, escolhemos um balneário por entende-lo como um uso que não tem a necessidade de estar vinculado com espaços públicos ou privados, possibilitando a busca de unificar a dicotomia espacial passagem/estar criando espaços em que essas atmosferas coexistam.
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