1ª ETAPA
Entre escalas
Escada rolante como meio de passagem. O pedestre pode se dedicar a contemplação da vista sem se preocupar com o movimento físico de subir uma escada ou rampa. Ocorre, assim, um deslize entre escalas: do naufrágio entre-prédios à emersão urbana, quando se atinge o topo do mar edificado. Seria a escada, então, um link entre duas escalas: a do indivíduo (escala cujo centro é o homem) e a urbana (na qual, em relação ao tamanho dos prédios, o homem nem formiga é).
A escada rolante como calçada que se eleva, torna, a cobertura, cidade. Para se sustentar, porém, se finca à estrutura de um prédio, se apropria do privado para torná-lo público: seria essa uma escada parasita? Há quem diga que possa ser também comensalista, mutualista, ou mesmo inquilinista.
Se implantada no centro de São Paulo (cruzamento os entre eixos norte-sul e leste-oeste) sobe-se o coração da cidade:o objetivo é tornar pública a dimensão da cidade.
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2ª ETAPA
Entre escalas 02 _ pra cima de um banco.
A escada rolante como meio de passagem e a dimensão da cidade como objeto público.
A continuação do projeto de criar uma passagem entre a escala do indivíduo e a escala urbana por meio de uma escada rolante parasita, se concretiza com a escolha do edifício do Banco Safra. Sua localização -esquina da Rua Augusta com a Avenida Paulista- tem como objetivo um ponto central da mancha urbana de São Paulo, e também ser um ponto de altura relevante, por isso a Avenida Paulista, espigão central da cidade.
Além da importância do local de implantação da escada, o edifício do Banco Safra também possibilita duas visões diferentes da cidade por conta de suas coberturas em níveis diferentes (uma a 25m e outra a 70m de altura). Assim, a transição entre escalas se afirma com a chegada a cobertura mais alta, porém com a interrupção obrigatória e contemplação de duas vistas diferentes, uma entre e uma sobre a cidade.
As diversas possibilidades de implantação da escada também interferiram no objeto escolhido. A sede do Banco Safra tem grande área livre no térreo do edifício, além da importância de sua localização no cruzamento de grandes vias de circulação de pedestres.
Por fim, um banco. O valor simbólico de tornar pública a cobertura de um edifício privado, ainda mais com o caráter de um banco, visto seu poder e influência no mundo do ‘particular’. Assim, o topo do edifício é ainda mais inacessível do que qualquer outro – residencial ou comercial.
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