1ª ETAPA
Entendemos o Estádio do Pacaembu como o lugar preciso para trabalhar o tema das passagens. O fato de ele ser um importante equipamento público implantado numa condição geográfica de fundo de vale revela várias oportunidades que podem ser exploradas projetualmente. Hoje, o estádio enfrenta um período de crise de identidade, por isso também seria interessante pensar num projeto que o amparasse nessa nova fase.
2ª ETAPA
Se o ponta pé inicial foi a escolha do local, agora o jogo corre para a efetivação da passagem. Ao se escolher o Estádio do Pacaembu – monumento arquitetônico e cultural importante da cidade de São Paulo – a passagem não é somente física, mas também de sua ressignificação como espaço público. No Brasil pós-copa o estádio já não é mais a casa dos grandes clubes paulistanos. Fica então a pergunta: Para onde vai o Pacaembu? Em nossa opinião as possibilidades são muitas. Desde espaço para discussão da sociedade brasileira – transformando-o em espaço para a seleção feminina brasileira – quanto retorno às raízes programáticas de Mário de Andrade – com sua tríade, esporte, educação e cultura. Sejam quais forem as formações, é claro que somente com a sua reinserção no tecido urbano e assegurando-o como espaço público que elas serão conseguidas de fato. Inserido num fundo de vale de forma precisa, coube ao projeto retirar as barreiras que ainda tornam seu uso restrito. Assim se configuram três passagens: O desfrute de seu entorno, retirando os muros periféricos, franqueando o acesso e revelando a sua geografia; A circulação interna do estado, com a criação de um segundo anel que, além de passagem contínua, contém em si uma série de programas que buscam retomar a interlocução do futebol com outras manifestações da cultura; E a transposição pública sobre o vale, já existente sob o tobogã, mas agora redesenhada com a retirada desse.
Você precisa fazer login para comentar.