Primeira Etapa
Partindo do extenso trabalho de pesquisa e mapeamento da Guarapiranga realizado no semestre passado, majoritariamente pautado por uma experiência sensorial de deriva que culminou em um livro de retratos fotográficos e mapeamentos de nossas idas à represa, surgiu a vontade de realizar um projeto para represa que contemplasse as principais carências e necessidades da área. Para isso, dividimos nosso semestre em três diferentes etapas; a primeira, apresentada agora, de escala metropolitana e de análise dos equipamentos urbanos pré existentes, a segunda, de análise de possibilidades de intervenção e formulação de novos equipamentos, e a terceira do desenho do projeto.
Iniciamos essa etapa com uma análise do sistema de transporte público metropolitano e das ciclofaixas, os sobrepondo com o mapa do entorno da represa. Analisamos também a temporalidade e distâncias percorridas por transporte público do norte da represa para diversos outros pontos, e assim, foi possível confirmar o que já haviamos notado com as nossas incursões na Guarapiranga; o quão pouco abrangente o sistema de transporte é nessa zona da cidade. Com a intenção de caracterizar as áreas estudadas nas etapas anteriores de pesquisa, partimos para uma pesquisa mais aprofundada do zoneamento da borda da represa, que nos proporcionou uma compreensão da dimensão das áreas de preservação ambiental, cultural e das zonas especiais de interesse social.
Sobrepondo todas as informações obtidas, demarcamos pontos de interesse para intervenção, os dividindo em áreas de partida (portos para embarcações) e de lazer (estruturas que contenham equipamentos públicos de esporte, bem estar e cultura) e calculamos as distâncias dos pontos de lazer às ocupações irregulares mais próximas. Dividindo a imagem em quatro quadrantes, aproximamos o olhar às pré-existências de cada um dos pontos elencados, e, a partir de suas demandas, começamos a pensar nos tipos de equipamento urbano necessários em cada ponto, afim de aprofundá-los na próxima etapa.
Etapa Final
Partindo do extenso trabalho de pesquisa e mapeamento da Guarapiranga realizado no semestre passado, majoritariamente pautado por uma experiência sensorial de deriva que culminou em um livro de retratos fotográficos e mapeamentos de nossas idas à represa, observou-se a necessidade de realizar um projeto para represa que contemplasse as principais carências e necessidades da área, revertendo a lógica atual de acesso restrito à agua, na tentativa de reconstruir o ideal perdido de “praia paulista”Para isso, dividimos o trabalho em três etapas; a primeira, de escala metropolitana e de análise dos equipamentos urbanos pré existentes, a segunda, de análise de possibilidades de intervenção e definição de um recorte de borda para a criação da nova margem de lazer, e a terceira do desenho do projeto.
Através do estudo do sistema de transporte e dos equipamentos públicos no entorno da represa estabelecemos os pontos de maior carência de espaços urbanos e conexões e com a cidade, e assim, reestruturamos a área com uma nova malha de transporte viário e aquático, interligando tais pontos a novos equipamentos de lazer projetados.
Aproximando a escala afim de chegar no detalhamento de um desses pontos, escolhemos a península ao oeste da represa, com o entorno composto por uma grande concentração de ocupações irregulares. O terreno de 2.000.000m2 que atualmente abriga algumas residências, cumpre a função de pasto e tem maioria de sua vasta área subutilizada, além de um grande heliponto. Projetamos então uma nova frente de lazer na represa, com quadras, piscina, e espaços verdes de convivência, junto à chegada de barcos, a interligando com os outros pontos de lazer da represa.
Ao estabelecermos a nova rede de modais no entorno, a interligando com uma estrutura consistente de lazer térreo e aquático, a água se torna acessível à população e a represa integrada ao tecido urbano da cidade, configurando a estimada praia paulista.
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