_ocupação dos espaços da cidades a partir do tato_
As ocupações da cidade, intencionadas ou não, se dão e consistem de diversas maneiras ao longo do cotidiano. E desta maneira, pela correria do dia-a-dia, algumas sensações, como a questão do tato é passado como despercebido por grande parcela da sociedade. No entanto outra à utiliza como forma de locomoção e entendimento do espaço da cidade e do entorno, consequentemente de leitura e reconhecimento.
O tato além de ser o sentido mais longo do corpo já que percorre toda a nossa pele, o maior órgão do ser humano, nos proporciona as sensações de frio, calor, texturas, rigidez, maciez entre outros.
Assim com estas perspectivas procuramos proporcionar algo que consiste na ocupação do espaço da cidade a partir da sensação do tato e da materialidade, visto que a arquitetura que vem sendo feita até os dias de hoje e que muitas vezes a mesma que produzimos e reproduzimos é extremamente visual.
Como início à pesquisa e interesse em compreender melhor a ideia da questão sensorial do tato na cidades, surgiu a ideia de buscar contato com deficientes visuais e instituições, para nos aproximarmos de uma diferente visão de São Paulo e nos aprofundar quanto às dificuldades e experiências diárias da ocupação do deficiente visual na cidade.
A partir destes estudos das diferentes percepções do espaço que o tato nos fornece, seja no deslocar na cidade ou seja na própria arquitetura e a maneira de provocar diferentes relações, procuraremos propor alguma intervenção na região central da cidade, local de grande infraestrutura porém que existe a falta de acesso para deficientes devido as ruas esburacadas e falta de sinalização.
A questão da intervenção será toda embasada em um percurso de inclusão dos deficientes visuais na cidade com uma percepção lúdica para os mesmos e para aqueles com a visão completa levantando o tato com sensor de conexão, para que mais uma vezes não crie estes espaços de separação porém sim completa inclusão destes grupos.