ETAPA 01:
O protagonismo da mulher nos movimentos de moradia Após o trágico incêndio que consumiu e provocou a queda do edifício Wilson Paes de Almeida, no largo do Paissandu, na qual deixou diversas pessoas que ocupavam o prédio desabrigadas, uma nova onda de perseguição e criminalização das ocupações no centro tomou cena. Dentro deste contexto, a grande mídia e o poder público se encarregaram de passar uma imagem distorcida das ocupações, contribuindo para a desinformação da população sobre a vida e a luta das pessoas que ocupam as casas e prédios subutilizados da cidade. Discutir como estão sendo geridas as políticas habitacionais atualmente é um ato de extrema importância, assim como passar uma mensagem criativa de unidade na luta pelo direito á cultura e moradia, desmistificando discursos comuns e trazendo luz aos trabalhos sociais e artísticos desenvolvidos dentro de todo o campo das ocupações. Questionar os padrões de vida estabelecidos e vivenciar outros mundos possíveis, são práticas fundamentais para se transformar a realidade e entender melhor o que é a desigualdade em uma cidade como São Paulo. O protagonismo da mulher no âmbito das discussões das políticas habitacionais está aos poucos conquistando lugares de maior reconhecimento. Em uma primeira investigação sobre esse tema, foi possível perceber uma grande presença de mulheres organizando, participando e liderando os movimentos sociais que reivindicam moradia digna e reformas urbanas. A partir disso, nos deparamos com o seguinte questionamento: Porque há tantas mulheres nos movimentos de moradia?
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