G25_ Operação Urbana Consorciada Água espraida (OUCAE), Vila campestre- Jabaquara

 

A Operação Urbana Consorciada espraiada (OUCAE) foi aprovada pelo governo em dezembro de 2001 na gestão da prefeita Marta Suplicy (PT) porém vem sendo estudada desde 1990 no mandato do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
Entre o recorte geral do projeto, nas regiões Americanópolis-Jabaquara- Brooklin-Berrini, foi proposto uma extensão da Avenida Roberto Marinho até a Rodovia dos Imigrantes. Inicialmente pensado para ser subterrânea; porém em 3 de julho de 2013 a obra foi suspensa pelo prefeito Fernando Haddad justificando que o mesmo tinha um custo muito alto para um benefício social muito pequeno.
A paralisação do túnel afetou as moradias regulares e irregulares, que por sua vez fez com que a área sofresse uma forte desocupação para a construção dos desemboques e poços de ventilação dos túneis.
O lugar que o grupo escolheu para análise fica na Rua Camilo Carrera,Vila Campestre no Jabaquara, Zona sul de São Paulo, onde foram desapropriados 12 imóveis irregulares para ser utilizada na construção do Parque Linear (parte da OUCAE), que ocuparia 4 km ao longo do córrego Jabaquara, atualmente poluído e margeado por submoradias consideradas de risco geológico e/ou inadequadas a ocupação. Foi prevista a remoção das mesmas com o reassentamento dessas famílias para projetos de HIS.
Os 12 imóveis foram desocupados em 05/2018. Posterior a isso, houve uma re-ocupação de outras pessoas nos mesmos imóveis. O governo cadastrou os novos ocupantes do local no HIS. Esses foram obrigados a desocupar. Logo em seguida por volta do mês de julho de 2018 o governo iniciou a destruição das casas, para que não houvesse uma nova ocupação por parte de outros. Há um TAC (termo de ajuste de conduta) assinado da secretaria com o ministério público que diz que se a área está congelada e alguém invadiu, esse alguém não tem direito a nada no que se refere aos benefícios que poderia ser oferecidos de aluguel social ou de moradia definitiva.
Vagarosamente estão sendo construídos conjuntos habitacionais que em cada um serão abrigadas cerca de 250 famílias na região, que são para onde as famílias desabrigadas por conta do parque estão destinadas a ir. Quando o conjunto não é construído e a família precisa sair da área elas recebem o auxílio aluguel de aproximadamente 400 reais, que com esse valor só da para morar nos extremos da cidade desconfigurando toda a vida da família que já mora a muito tempo no local.
O entorno do córrego sofreu intensas transformações . Era ocupado com chácaras e pequenas casas além do riacho ser limpo. No ano de 1964, quando o prefeito Prestes Maia determinou a construção de uma avenida que ligasse a marginal do rio Pinheiros ao Jabaquara (nas margens do córrego), muitos terrenos de sítios foram desapropriados e entregues ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem), no entanto, a avenida não foi construída e as terras ”sem dono” e sem uso tornaram-se um atrativo para a ocupação de famílias pobres e de imigrantes do interior paulista, de cidades mineiras e da região nordeste.
Em relação à urbanização dos bairros também Foi proposto, paralelo ao túnel o projeto de um parque linear que segue ao longo do córrego que nasce no Jabaquara (Via Parque) e deságua no rio Pinheiros.
Dispõe intervenções que incluem ruas, avenidas, transporte, habitações e criação de espaços públicos para lazer e esportes. A mesma é dividida em setores que abrange no mapa, parte do Brooklin, Jabaquara, Berrini, Marginal Pinheiros, Avenida Chucri Zaidan e Americanópolis.
A integração entre a SP Obras, responsável pelo canteiro de obras e a Secretaria de Habitação, responsável pelo levantamento social e remoção das famílias precisam andar lado a lado para o decorrer do projeto,explica o entrevistado Aguinaldo Firmino ( Chefe do gabinete: Subprefeitura do Jabaquara.)
Com o desalinhamento e a demora de tanto tempo por causa do envolvimento da operação com a lava a jato, oas e odebrecht, afetaram a relação entre a SP Obras e a Secretaria de Habitação. Como solução secundária foi aprovado na câmara a pouquíssimo tempo a venda de CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construção) , assim as empresas participam contruindo do seu jeito, com comércio embaixo. Para então conseguir voltar a velocidade de construção que estava.