G29 – Direito do pedestre na General Jardim

ETAPA 04

A partir da conversa com os estabelecimentos comerciais e taxistas, apesar da intenção original de alargamento da calçada em diferentes momentos da rua General Jardim, conseguimos realizar uma intervenção teste na frente do Xangô em uma quinta de chorinho, quando há grande concentração de pessoas. Percebemos que a sinalização e os cones limitaram a dispersão das pessoas, e que também seria interessante refazer a intervenção em uma situação mais cotidiana, sem a aglomeração de pessoas.

Depois, passada a burocracia da aprovação da CET para a realização de um evento durante o horário de almoço (12h00 às 16h00) num sábado, realizamos o projeto completo: alargamento da calçada sobre algumas vagas de Zona Azul e táxi, que foram sinalizada com fitas no chão, vasos, cones e mobiliário efêmero, além de novas faixas de travessia, com o intuito de se registrar a forma de utilização desses novos espaços. O trabalho realizado foi uma experiência que faz parte de um processo, um teste para o possível desenho urbano a ser implementado no futuro, mais seguro e confortável para o pedestre.

De acordo com a ideologia da Escola da Cidade, o evento possui notório caráter cívico por ser uma experiência espacial que transforma a percepção das pessoas sobre o potencial de uso do espaço público, em defesa de uma lógica de cidade mais voltada para as pessoas do que para os carros. Além disso, apesar de contido a um quarteirão, o evento aprovado pela CET servirá de exemplo para um desenho de readaptação das vias da cidade que considere novas demandas da comunidade.

ETAPA 03

Após feito o levantamento do quarteirão e analisado o respeito às normas, seus fluxos e permanências, feitas as entrevistas com os comerciantes, edifícios e transeuntes, foram levantadas questões sobre a implantação de um projeto de extensão das calçadas, visando melhor qualidade e segurança para os pedestres.

Com caráter experimental, para investigar a apropriação desses espaços que, antes reservados ao carro, serão convertidos em espaços para o pedestre, propomos intervenções temporárias utilizando dos preceitos do urbanismo tático: através de elementos de barreira, tratamento de piso, mobiliário efêmero, sinalização e paisagismo que conseguirmos obter facilmente.

Essas investigações servirão de base para um projeto definitivo, com o objetivo de obter uma aprovação pela CET para sua implantação. Além de transformar a percepção das pessoas sobre outras possibilidades de uso do espaço público o projeto, apesar de contido a um quarteirão, servirá de exemplo para um desenho de readaptação das vias da cidade que considere novas demandas da comunidade.

ETAPA 02

O objetivo desse trabalho é avaliar, a partir da ótica da segurança do pedestre, como é utilizada a Rua General Jardim no quarteirão da Escola da Cidade, analisando a partir de entrevistas e do levantamento da rua, o respeito às normas (Estatuto do Pedestre e Decreto das Calçadas) e também seus fluxos e permanências.

Para isso, foi estabelecida uma metodologia de estudo, que consiste na definição de pontos de medição (esquina JK+Xangô; Escola da Cidade; Jazz B+SMS SP; esquina Casa do Porco) em 4 períodos do dia (8h, 12h, 18h, 22h). Foram feitas contagens em intervalos de 5 minutos cujos dados serão extrapolados para uma média por hora e representados em plantas de fluxo e permanência, que são como uma foto do momento da medição.
Para os fluxos, a contagem do número de pedestres que passam pela via e pela calçada, o local das travessias e a quantidade de veículos que transitam. Quanto às permanências, a contagem por tipo de atividade (em pé, sentado ou deitado) e de veículos estacionados.
Essa base comparativa com grande variedade de resultados servirá para a concepção de um partido de projeto que vise a qualidade do espaço público.

ETAPA 01

Em uma cidade como São Paulo, consolidada sem planejamento a partir de interesses diversos, a lógica do espaço privado e do rodoviarismo acaba muitas vezes por negar o espaço público às pessoas. Apesar de iniciativas como o Centro Aberto, a Virada Cultural e o Carnaval, ainda sentimos a carência de momentos de ocupação da cidade por atividades de lazer, um dos direitos fundamentais a todos os cidadãos. 

Nesse sentido, lançamos o olhar para o termo urbanismo tático, que consiste na reapropriação do espaço público através de experiências lúdicas, de baixo custo e temporárias que no entanto visam efeitos de longo prazo, levantando questões sobre o potencial de desenvolvimento, a qualidade e a funcionalidade desses espaços, sempre levando em consideração a importância de um processo participativo.

Decidimos então estudar a região do centro, onde a pluralidade de atividades não é acompanhada por espaços públicos de qualidade. O trabalho se organizará portanto a partir do estudo, levantamento de necessidades e posteriormente, a proposta de uma intervenção que teste os resultados da pesquisa.