PARTE_01
Após uma primeira aproximação dos refugiados-imigrantes moradores da ocupação nove de julho através do GRIST (Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto), o grupo busca entender qual o uso e função do espaço público/comunitário do edifício ocupado no cotidiano destes que vieram de outros países e buscam, dentre outras coisas, uma nova sociedade para se sentir parte.
Este mapeamento irá informar como o grupo deve articular os quatro principais pilares que acreditamos potencializar a inserção destes imigrantes nesta nova sociedade, sendo eles a Habitação, Educação, Lazer e Economia.
Entendemos de suma importância a articulação destes pilares nos espaços coletivos da ocupação, possivelmente resultando em um maior engajamento entre os imigrantes-refugiados e o Movimento, a própria ocupação e seus moradores brasileiros. Acreditamos possível e importante retomar a antiga simbologia dos espaços públicos/coletivos, que já foram cenários de grandes acontecimentos e engajamento político, porém hoje dominado pelo consumo e turismo, que se tornaram padrão de uso dos espaços públicos.
PARTE_02
Esta interação considera como base uma abordagem faseada, pensando em Efêmero > Piloto > Permanente.
Essa estrutura sucessiva leva em conta o ritmo da dinâmica da ocupação, o desafio de trabalhar em espaços em disputa. O método incremental permite um ciclo de teste e calibração de estratégias de projeto para abordar condições específicas do local e preocupações dos moradores, sejam eles brasileiros ou não.
Este processo participativo irá permitir o grupo não só aferir o estado dos lugares comuns externos mas também subsidiar futuras propostas de intervenções com o objetivo de gerar ou causar maior uso do espaço, levando consequentemente a um aumento na interação entre os moradores da ocupação 9 de julho, questão que vem junta ao trabalho desde sua gênese.
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