G10_no meio do caminho tinha uma banca

ana luiza corrêa | bruna cardoso | camila ungaro | fernanda galloni | maia levinbuk

ETAPA 04

A partir das propostas sugeridas na etapa anterior, o grupo entendeu as qualidades e problemáticas de cada uma das propostas, para assim, chegar em um único projeto mais definido e mais aprofundado.

A melhor situação, entre todas as estudadas, foi a que a banca de jornal extrapola o limite da calçada e acontece na rua, em uma faixa de estacionamento onde era um antigo ponto de táxi. A partir de diretrizes que poderiam melhorar a qualidade do espaço público daquele lugar, o grupo chegou na proposta de uma banca que pudesse se espalhar pelo espaço, criando espaços de estar e convívio e permitindo a permeabilidade dos pedestres

Essa dispersão da banca ocorre através de expositores cilíndricos que variam de acordo com o tipo de produto que será exposto, mas que, quando se fecham, podem assumir outras funções que continuam dando uso àquele espaço.

implantação geral da proposta
expositor flexível

O estudo das bancas de jornal deixou claro a falta de qualidade das calçadas na cidade de São Paulo e, o entendimento desse dispositivo como um possível ativador do espaço público, incentivou a proposta apresentada, na qual a própria banca de jornal poderia melhorar o ambiente urbano.

ETAPA 03

O conhecimento das situações problemáticas em que se inserem muitas das bancas de jornal na cidade de São Paulo impulsionou a terceira etapa do trabalho. Tal etapa consistiu na proposição de melhoria do espaço publico através da modificação de uma banca conflituosa situada na Rua da Consolação, esquina com a Avenida Paulista.


A situação desagradável causada pela banca se dá pelo fato da mesma estar implantada bem em frente à saída da passagem subterrânea que atravessa a Consolação, em uma calçada estreita e pouco iluminada, atrapalhando o fluxo intenso de pedestres que passam pela região diariamente.

A partir do desafio de melhorar o espaço sem apenas retirar a banca dali, o grupo propôs quatro novas formas de pensar a banca de jornal e a sua relação com a cidade, de modo a pensar na interação da mesma com elementos pré existentes no local. Seja pela sua mudança de nível para liberar a passagem para os pedestres, ou pelo seu reposicionamento em locais mais propícios para sua implantação, o intuito das intervenções é fazer com que a presença da banca de jornal não mais interfira negativamente no espaço, mas sim, seja um elemento que qualifique-o ainda mais.

ETAPA 02

A partir do mapeamento das bancas de jornal existentes em um percurso que contempla três diferentes regiões da cidade de São Paulo, a segunda etapa do trabalho se propõe a aprofundar a analise do objeto de estudo, de modo a qualifica-lo e entender melhor sua relação com o espaço público.

O percurso, que vai do Caixa Belas Artes até o Banespa, é marcado por inúmeras bancas de jornal que apesar de muitas vezes conterem tipologias similares, são capazes de criar diversas situações espaciais diferentes. Essas situações correspondem não só ao elemento da banca em si, mas no contexto e espaço em que se insere, visto que cada uma das regiões percorridas caracterizam diferentes “cidades” contidas na cidade de São Paulo.

A banca de jornal, é um elemento essencialmente urbano e está inserida no espaço público nem sempre de maneira harmoniosa. Por isso, foi necessária a analise geral de cada uma das bancas contidas no percurso estabelecido, avaliando suas características físicas, implantação, relação com a calçada, com a rua e com o entorno, bem como os fluxos e iluminação. A documentação de tais informações serão fundamentais para o desenvolvimento da etapa seguinte do trabalho, que visa propor a melhoria desses espaços públicos através da modificação das bancas preexistentes

ETAPA 01

Na discussão sobre o direito à cidade o tema do espaço público surge como uma problemática, em São Paulo. Resultada de um desenho que priorizou a ideia do “progresso advindo do automóvel”, o espaço público não foi o seu foco: era preciso se deslocar com motores.

A falta de um desenho generoso para o pedestre, de segurança, a perda de espaços de encontros e a própria degeneração do espaço público, provoca ainda mais a luta pela sua ativação, pelo direito de usá-lo de outras formas. A pergunta “para quem é a cidade, afinal?” tendo como resposta “e se fosse para o pedestre?”, levou o grupo a motivar-se com a ideia de direito ao espaço público.

Assim, pensando no pedestre e nas condições de seu passeio em São Paulo, um elemento nos chamou a atenção: a banca de jornal. Esta é uma estrutura comercial que se encontra solta, que existe em grande quantidade espalhada pela cidade, desacoplada dos edifícios da quadra, “no meio do caminho”, tornando-a parte indissociável do passeio público. Considerando, então essa estrutura existente, e assumindo a possibilidade de que cada vez menos elas sejam “necessárias” para o fim a qual foram inicialmente pensadas – já que os meios de comunicação vêm se utilizando mais da plataforma virtual –  a discussão se torna: como essa estrutura preexistente pode ser aproveitada para melhorar as condições do espaço público?

O trabalho então ganha forma, e entender essa estrutura desde seu surgimento, implantação e sistemas estruturais é o ponto de partida para pensar como transformá-la e assim então transformar os espaços da cidade, dando mais possibilidades de uso para eles.