etapa 00: seminário internacional – carnaval de são paulo
O trabalho que teve início no seminário internacional “Ainda o direito à cidade” com a discussão e olhar para o carnaval de são paulo, como apropriação da rua num contexto em que esta é cada vez mais difusa e apreendida, desde o começo o teve presente uma tendência a enfatizar, pensar, e refletir sobre um postura política na cidade.
etapa 01 – apropriação da noite em foco
Num segundo momento, um enfoque para a noite, através do mesmo olhar de apropriação. Foram estudados fotógrafos , artistas, e pessoas que através do seu trabalho trazem questões à tona, como o tempo próprio da noite em contraste com o tempo da vida do trabalho – o seu modus operandi próprio, que engloba desde um imaginário boêmio e alternativo até a questões de segurança, olhando já para são paulo e tendo em vista já o centro antigo da cidade.
” The abundance of information available on a portable screen – telling us where to go, what to do and who to meet – mediates our relationship to the city, distancing us from its physical and, to some degree, psychological realities.
To reclaim some of what is being lost, I propose walking in the night. This is not the chest-beating, public declaration of protest as commonly understood, but a gently recalcitrant act against the confines of the daily grind. To venture into the “thickness” of the night is to experience, in a powerful and visceral way, a much broader world than that which exists during the daytime. ”
Dark Matters: A Manifesto for the Nocturnal City by Nick Dunn Dark Matters: A Manifesto for the Nocturnal City by Nick Dunn
etapa 02 – recortes de locais específicos e análise
Desta maneira, já no que consideramos a terceira etapa do trabalho foram determinados 2 recortes no centro de são paulo para estudo: o largo do arouche e o largo do paissandú. Sob uma ótica de entender quais os componentes que contribuem para a dinâmica desses locais. Foram portanto mapeados os meios de transporte mais próximos, os usos do solo do entorno imediato, e como eles se relacionam com os seus tempos de funcionamento.
etapa 3 – caracterizando o arouche através das mulheres
A partir deste estudo fez-se um recorte nas mulheres do largo do arouche. Tendo em vista o tema da apropriação da rua como postura política desde o início, à medida que o grupo foi se aproximando das dinâmicas do largo e conforme as ações realizadas notou-se uma demanda de coletividade das mulheres que vivem experienciam este local. Percebendo uma comunidade LGBT mais forte e consolidada no largo, as mulheres não tinham um coletivo para chamar de seu, ou uma rede de pessoas da qual se sentissem parte. Foram realizadas vivências em que o grupo entrevistou as mulheres do largo do arouche, em que se procurou uma maior aproximação com quem são as mulheres que frequentam, e qual a sua relação com o largo. Produziu-se um livreto consolidando esta etapa do trabalho.
etapa 4 – consolidação do manifesto
Após as entrevistas e questionário, perceberam-se narrativas que se repetiam e nos faziam questionar mais enfaticamente a segurança das mulheres no espaço público, como construção social, e também física. Começou-se assim a pensar em possíveis ferramentas, que fizessem o papel de questionar o cenário e a sociedade da qual fazemos parte através da ação de dar voz às mulheres em relação ao que experienciam no seu dia a dia.
Assim surgiram as películas espelhadas produzidas pelo grupo. Películas espelhadas maiores, onde o próprio grupo as instalou em barreiras físicas mais imponentes, e também foi criado um modelo de película, que foi distribuído pelas mulheres, onde na sua parte autocolante há um manual que contém uma explicação de quem somos, da intenção do manifesto, assim como instruções de como aplicá-las, os critérios, e a conta no instagram criada para difusão das intervenções , como parte do manifesto.
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