A partir da reflexão do tema do Estúdio Vertical do semestre passado Reconhecer São Paulo, e do interesse do grupo em estudar o ramo da arqueologia fabril, levantamos possíveis temas a serem investigados. Devido à importância de dar continuidade a um trabalho já previamente desenvolvido, decidimos continuar o EV do Grupo 19 que consistia em uma análise completa da Casas Vanorden, patrimônio tombado da Mooca. Decidido nosso objeto de estudo, somadas às orientações do workshop na semana do Seminário Internacional, refletimos sobre o contexto urbano onde encontra-se o edifício e suas problemáticas. Propusemos então uma intervenção nos galpões abandonados da quadra e na área que os engloba, projetando transposições, conexão com o Rio Tamanduateí e áreas verdes.
Após esse olhar mais amplo, percebemos outras questões além da Casa Vanorden a serem estudadas e investigadas. Através de uma visita a campo, observamos novos fatores não levantados antes que seriam incluídos no projeto, como fluxos de transporte e a construção da nova sede da FAM (Faculdade das Américas), que ocuparia os galpões do Antigo Moinho Santo Antônio. Além disso, estudamos a origem e história da região e buscamos referências e estudos de caso como o arte/cidade para complementar nossa análise.
Assim, a cada banca trabalharemos com uma escala diferente, partindo da maior, passando por uma escala intermediária até chegar na menor. Da escala projetual urbana para uma escala projetual pontual levando em consideração o que foi levantado.
A apresentação da segunda banca do Grupo 22 consiste em uma análise mais detalhada e novas propostas para a área de intervenção que envolve as Casas Vanorden, na Mooca, nosso objeto de estudo inicial. A partir da primeira banca, pudemos entender e a partir daí aprofundar em alguns aspectos considerados de importância para o entendimento e proposições na gleba e seu entorno, sendo eles: as ruas, a ferrovia, os córregos e sua ligação com o rio, a necessidade de transposições, a possibilidade de percurso para pedestres, a falta de áreas verdes e a preservação do patrimônio e atribuições de novos usos aos galpões abandonados.
O estudo de todos esses tópicos possibilitou, portanto, um novo desenho e projeto para a região estudada. A escolha de apresentação é mostrar, através de diagramas que se sobrepõem, novas análises e propostas para o local. O objetivo principal é de poder observar o desenho feito na escala (1:2500) e entender, para uma apresentação final, quais serão as decisões consolidadas para um projeto proposto.
O quarteirão ilustra algumas problemáticas da região da Moóca, como a falta de transposições nos quarteirões ao longo da linha Turquesa da CPTM, a falta de áreas verdes e espaço público, além de plantas fabris e galpões sem uso.
O grupo propõe então a abertura de transposições a cada 500m para ampliar a permeabilidade da quadra. No mais, as áreas livres do quarteirão foram transformadas em área pública de lazer: o Parque Industrial da Moóca. Para o perfeito funcionamento do espaço como um grande catalisador social, é proposto que alguns galpões atualmente sem uso sejam transformados, para abrigar novos programas que funcionem de apoio para essa infraestrutura. Os galpões restantes não utilizados tem seu programa atual mantido como depósito, porém deixa-se em aberto possíveis conexões dos mesmos com o parque para a futura re-apropriação desses espaços.
planta do projeto
No mais a infraestrutura do parque conta também com o tratamento da água de um dos córregos afluentes do Tamanduateí, oferecendo para a população um espaço mais agradável junto aos corpos d’água tratados, além de duas piscinas para o lazer público. Foi proposto pelo grupo a conexão desse parque com a Av. do Estado para alcançar a população que utiliza da estação próxima do Expresso Tiradentes, além de levar, com qualidade, a água tratada no parque para desaguar no Tamanduateí. Nesse espaço absorvido antes existia uma fábrica que como muitas outras na região foi demolida e seu espaço permanece até os dias atuais inutilizado. Nesse espaço absorvido foi proposta uma praça alagável, além de um edifício-praça para o apoio do parque e apropriação do espaço público à sombra.
corte longitudinal
corte transposição trem
corte transposição da passarela
corte transposição subterrânea
isometrica de situação
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