grupo10 – ferrete da memória

ENTREGA 1 ev G10

Na primeira etapa o grupo discutiu a pixação do monumento das bandeiras e como essa intervenção é importante para fomentar a discussão dos valores passados pela nossa história “oficial” versus o que é passado pelos movimentos de resistência. 

 

ENTREGA 2

Ferrete da memória

A partir do tema do E.V., modos de fazer modos de pensar, questionamos a memória presente na cidade. Tomando o exemplo do monumento das bandeiras, que foi pixado em 2016, iniciamos uma discussão sobre as histórias narradas pela cidade. Notamos o como a história “oficial” vai enraizando na memória das pessoas, e como esses elementos que legitimam essa narrativa “oficial” são facilmente subvertidos quando intervenções artísticas interagem com eles.

Partindo desse princípio, decidimos escolher um tema da narrativa histórica para analisarmos seus rastros na cidade. Escolhemos o período da Ditadura Militar; entendemos que mesmo recente, devido ao seu caráter, possui diversas marcas na cidade que não são associadas às ações do período. E, devido á uma ascensão de uma extrema direita que regozija esse período, decidimos repensar essa memória mudando os modos já perpetrados, ou esquecidos. Por meio de uma intervenção pretendemos evidenciar os lugares dispersos em São Paulo que fizeram parte deste período histórico, e assim suscitar discussões que reverberam na contemporaneidade.

Voltando ao tema, propusemos uma intervenção que mina o símbolo do soldado militar forçando seu significado a abordar uma parte da realidade que julgamos ter sido esquecida. Escolhemos minar aquilo em que se apoia, seu chão e suporte legitimante; o cavalo. Agora, o que antes se fazia imponente e repressor em cima de um animal forte, está montado numa lenda, uma estoria  um folclore. É incerto, não tem glória, e tudo aquilo que conquistou é mal assombrado pelo como foi conquistado. Seu fim, independentemente de suas conquistas, é assombrado pelas atrocidades geradas nesse modo de fazer. A figura da Mula sem cabeça, portanto, vem questionar com os modos de pensar esse mal que foi feito.

EV G10 – Entrega 2

ENTREGA 3

CARTILHA DE INTERVENÇÃO URBANA

“O guerrilheiro urbano não é um homem de negócios em uma empresa comercial, nem é um artista numa obra. A guerrilha urbana, assim como a guerrilha rural, é uma promessa que o guerrilheiro se faz a si mesmo. Quando já não pode fazer frente às di culdades, ou reconhece que lhe falta paciência para esperar, então é melhor entregar seu posto antes de trair sua promessa, já que lhe faltam as qualidades básicas necessárias para ser um guerrilheiro” (MARIGHELLA, Carlos,1969)

As intervenções urbanas podem ser uma alternativa para aqueles que procu- ram contestar ou se manifestar no cotidiano na cidade, seja em um contexto de instabilidade política ou não, mas valendo sempre como ato político. As intervenções seriam uma maneira de contestar algo com métodos não bu- rocráticos ou convencionais- modi car algo no cotidiano: seja de maneira mais contida, ou seja de maneira agressiva, dependendo da sua área de inter- venção. O importante é causar uma ruptura, surpresa no dia a dia das pes- soas chamando atenção para a questão que um grupo ou uma pessoa quer exaltar/contestar. A idéia é que todos possam intervir democraticamente na cidade acompanhado dessas dicas do guia- que não buscam engessar a forma da intervenção, mas sim estimular e auxiliar na sua escolha nal. Logo, a cartilha indica alternativas mas a resposta nunca é determinante, a pessoa que a pratica que vai escolher a maneira que julga mais adequada.

As intervenções podem ter caráter artísticos e grá cos, mas mais do que isso, quem a pratica é qualquer pessoa que conviva com o cotidiano da ci- dade e queria questioná-lo ou ressaltar alguma questão de alguma forma. É importante para quem for intervir se ater as características do local, sendo atento para suas particularidades, e caso não queira ser percebido fazendo a intervenção – deixando apenas o resultado nal exposto no espaço – é preciso cautela para fazê-la. Essa cartilha pode ser executada em grupos ou individualmente depende do tamanho da intervenção.

“O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate. Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta.” (MARIGHELLA, Carlos,1969)

A ação direta na cidade é um caminho muito curto para quem vive nela e quer modi cá-la.

SUPERFÍCIE

Qual é a superfície que você vai intervir?

– empenas, muros
-pilares- cartazes, desenhos, escritos em pilares. É em uma menor escala, e tem a ver
-coberturas
-pisos/ – escala em que a intervenção está na altura do chão: pode ser no piso – pintura, projeção, etc – ou sobre o piso

-no caso de uma intervenção artística corporal. Pode ter uma grande escala/ou pequena

VISIBILIDADE

d) Deve-se observar as barreiras visuais:
– mutáveis: como vegetações, que podem ser modi cadas com o tempo
– não mutáveis: outras construções que são xas.

e) dia/noite: dependendo do momento do dia,a visibilidade sobre o objeto muda. A noite é possível usar iluminação arti- cial para chamar atenção.

f) traçar visuais: de que lugares você consegue ver o local que está intervindo

TRÂNSITO

c) Deve-se observar a predominância dos uxos no entorno do local escolhido:
– automóvel: carros ou/e ônibus: quanto maior a quantidade de gente no veículo, mais pessoas poderão interagir simulta- neamente com a intervenção, que pode ser de maior escala.

– pedestre: locais de passagem ou de permanência. Nos lo- cais de permanência, a intervenção tem que ser mais estática, podendo ser mais contida – na intenção ou em um mesmo espaço. Nos locais de passagem, a intervenção precisa ser algo mais dinâmico e chamativo para desviar a atenção dos transeuntes no seu caminho.

– vias: expressas ou locais. Nas expressas a velocidade dos automóveis é maior e geralmente o uxo é contínuo então a intervenção tem que ser mais dinâmica. Nas vias locais exis- tem mais momentos de pausas (como semáforos e faixas de pedestres) e a velocidade geralmente é menor, podendo ter um maior momento de contemplação pra intervenção.

ENTORNO

a) Deve-se observar qual a predominância de usos no entor- no do local escolhido:
– residencial : muitas habitações em volta. Nesse caso, o local não se mostra tão movitado e então a intervenção pode ser mais sutil no sentido de ser mais na escala do dia-a-dia das pessoas.

– comercial/serviços/misto: nessas situações há um grande uxo de pessoas em diferentes horários e portanto a inter- venção deve destacar-se mais entre as pessoas

b) Deve-se observar quais são os marcos/referências do en- torno do local escolhido :
– saúde: hospital, UBS, posto de saúde, etc
– educação: colégios, creches, faculdades,etc

– transporte público: corredores de ônibus, pontos de ônibus, estação de metrô, etc
– centros comerciais: galerias, shoppings, etc
– áreas abertas que podem ou não ser arborizadas: parques ou praças

A grandeza da intervenção tem a ver com a quantidade de marcos no seu entorno, pois elas determinam o fluxo de pessoas que transitam naquele espaço. Quanto maior o fluxo, maior deve ser a abrangência da intervenção.

ENTREGA 4 FINAL

apresentaocao CARTAZ_2

CARTAZ