G11: Do Nada, Algum Lugar

Grupo: Carolina Moraes, Catarina Calil, Giovana Campiotto, Gregory Phiso, Manoella Cabrera.

Etapa 1

O grupo inicia o semestre com uma reflexão sobre o vazio. Durante o workshop internacional, analisamos o vazio no espaço público através do Masp, Memorial da América Latina e Minhocão. Questões como o vazio gerado pela ausência de uso e a ausência de construção ou a diferença entre espaços livres e espaços vazios foram discutidas e nos levaram a próxima etapa. 

Indo de encontro com o tema geral do ev, ainda o direito a cidade, o espaço vazio se torna um enigma. Porque está vazio? Seria um espaço residual? E a principal pergunta: como reativa-lo. 

Dessa maneira, chegamos no mote do semestre, devolver o espaço público para o público, transformar espaços não valorizados pela população através de demonstrações das possibilidades.

A ideia seria produzir uma serie de intervenções que utilizasse diversas metodologias com estímulos visuais, táteis, sonoros além de performances e outras atividades que mostrasse diversas possibilidades para um lugar onde nada acontece. A intenção do grupo é que no final do processo, a população local desperte o interesse pelo vazio e use o seu direito de ocupar. 

Etapa 2

Nessa segunda fase do trabalho, iniciamos o contato com o lugar. Após algumas observações do lugar, em diferentes dias e horários, conseguimos obter alguns dados importantes como a intensidade de transeuntes no local, horários de pico, principais escolhas de percurso entre outros, para afinarmos detalhes das intervenções.

Dividimos as intervenções em duas partes, a princípio. A primeira fase é nomeada ATIVAR. Com ela, pretendemos com que as pessoas notem o local, percebam as atuais funções dele, para que mais para frente, consigam se questionar se ele realmente precisa ser só isso.

Essa etapa é composta por três intervenções, inicialmente. A primeira é a SETA, onde uma seta de 3 metros de largura e 2 metros de altura foi colocada no meio da ilha para atrair o olhar das pessoas para aquele lugar. Aos pés da seta, uma frase bem pequena questiona, você já reparou nesse espaço?

A segunda intervenção é a faixa de pedestres. Onde as faixas existentes ao redor foram estendidas para dentro da ilha, fazendo o percurso que as pessoas costumam fazer naquele lugar. É como um grande questionamento sobre a função exclusivamente de passagem daquele lugar.

Etapa 3

Na terceira etapa do trabalho, continuamos na fase OCUPAR, com as intervenções que já estavam previstas. Ao realizarmos a intervenção faixa de pedestres, ela durou o período de 1 semana e gerou várias discussões entre a comunidade. A intervenção atraiu a atenção da mídia, sendo destaque no jornal SPTV bom dia São Paulo.

Com todas as discussões, fomos procurados por um membro da comunidade para entrarmos em dialogo e esclarecer nossas ideias. As próximas etapas da fase ATIVAR , serão remodeladas de acordo com as demandas e vontades dos moradores da região. Até alcançarmos nossa ideia inicial de realizar uma praça no local.

Faixa de pedestres
Não é só para passar é para ficar

Etapa 4 – Final

Na fase final, fomos procurados pelo grupo Renova Centro, formado majoritariamente por moradores do Copan, para ouvir-los sobre as vontades e desejos para aquele lugar e por fim formular uma proposta de ocupação. 

Após a conversa com os moradores, decidimos que uma saída para a ocupação daquele espaço se daria por meio do projeto de uma praça. Um desenho que respeitasse o fluxo existente mas que ao mesmo tempo viabilizasse outras atividades, como o estar e o lazer. Para isso, os grupos dividiram as tarefas ficando o G41 responsável pelo desenho do piso e o G11 pela elaboração dos canteiros e mobiliários. Construimos em madeira, uma vez que era o material disponível e principalmente por ser uma ocupação temporária devido a autorização concedida pela CET.