ETAPA 01 | 09.03.2017
Somos colaboradores e fazedores. Projetamos e colocamos em prática arquiteturas que nascem a partir de nossas experiências no ambiente peculiar da 25 de Março.
Juntos – ou quase – tivemos uma experiência de 3 meses registrando aquele local, quando produzimos o “Arquivo de Perambulações”, hoje disponível num site de formato tal qual a rua: suas informações devem ser exploradas clicando nos desenhos e palavras que surgem nas páginas.
Tal arquivo – em sua página inicial – possui 3 sessões que refletem os tipos de perambulação realizadas: Em Campo, Ambulantes e Econômicas. Ao entrar em cada uma delas, novos estudos podem ser descobertos, num exercício de descamação do território da Rua 25 de Março.
Este arquivo também se materializou numa caixa expositiva que possui mecanismos que aludem às atividades dos camelôs da região. Apresentando os produtos de estudos de maneira quase performática numa linguagem de venda, confusões e desatenção.
Terminamos reconhecendo a Rua 25 de Março como um mercado em sua plenitude: das ruas, calçadas, às fachadas dos prédios e de suas lojas térreo acima. Uma parte de São Paulo que cidade e mercado se confundem. Seja ambulante, ilegal, falso, exprimido ou dentro de um prédio, é a atividade comercial que há anos dá a vida para a Rua 25 de Março.
A partir destas últimas constatações e a luz do ensaio “Commonalities” do Atelier Bow-Wow, surge uma questão quanto a apropriação da Rua 25 de Março: num lugar de tanta ação e interação, há espaço para isso acontecer sem se submeter à nenhuma atividade comercial? Nos fascinou pensar como e sobre quais condições isso poderia se configurar, utilizando o tempo e a lógica de funcionamento da rua como ponto de partida, propondo arquiteturas resultantes de nossas reflexões.
Isso posto e frente as temáticas e questões diversas daquele lugar, desenvolvemos um método para projetarmos as ideias que surgem sobre este tema, criando assim um sistema para documenta-las: o Dossiê de Intervenções. Tal dossiê viabiliza as discussões em grupo, pois uma vez individualmente documentadas estas propostas de intervenções podem ser discutidas num mesmo patamar, respeitando sempre quatro etapas divididas em abas: a da introdução que descreve os objetivos e o caráter da intervenção, a do objeto explicando seu desenho e construção, a do projeto de registro desenhando um plano de como este processo sera registrado e finalmente a aba de conclusões que refletimos sobre o resultado da experiência nos levando para uma próxima.
Neste primeiro momento nos organizamos em quatro ideias – ou conceitos? – de intervenções que partem de temas que centralizam a discussão do grupo, e que interagem com os imprevisíveis elementos da paisagem que lá existem, de transeuntes e ambulantes à janelas e postes. O passo seguinte é fazer, só fazer e ir em frente com novas percepções.
Quatro Ideias (conceitos) de Intervenções e Seus Estudos:
– CONTRATEMPO [DOSSIE COMPLETO] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ]
– A SOMBRA [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ]
– BANCO [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ]
– O MÓDULO DE PROGRAMA IDEAL [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ]
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